Então fica assim: a Sanasa quer que o consumidor campineiro
pague 15% a mais na tarifa de água a partir de agosto, mas isso não é aumento
da tarifa. Segundo o eufemismo usado, trata-se de readequação tarifária para
reequilibrar as contas afetadas pela crise hídrica e pelo aumento da energia
elétrica.
Que maravilha! Acontece uma crise hídrica e o consumidor, a
pedido da empresa, economiza para haver água para todo mundo; o governo Dilma
faz uma tremenda sacanagem com a população e segura os preços da energia
elétrica, dos combustíveis, maquia o orçamento e vende na tevê um Brasil que
não existe, tudo isso para aplicar um enorme estelionato eleitoral.
Todo mundo fala que está tudo errado, que a realidade vai
cobrar a irresponsabilidade eleitoreira, mas a Sanasa não se prepara para os
tempos mais difíceis. Mantém um exército de assessores, mantém salários
elevados para diretores e gerentes, gasta rios de dinheiro em publicidade,
inventa mais uma propagandazinha besta para dizer que tá tudo bem e que todo
mundo pode usar água à vontade (“mas com consciência...”) e quando o caixa começa
a baixar por culpa exclusiva do governo federal, da própria Sanasa e de uma
crise hídrica que o consumidor, fazendo economia, ajudou a atenuar, ela vem com
essa história de “readequação tarifária”.
Ou seja, como resultado das
incompetências governamentais o consumidor tem de pagar mais caro pela água que
consome e sofrer o segundo aumento em menos de oito meses, o que, diga-se, é
proibido por lei?
Ora, a Sanasa que se adeque à realidade, diminua seus
elevados custos, enxugue a folha de pagamentos, socorra menos o caixa da
Prefeitura, cancele patrocínios e propagandas desnecessárias já que ninguém
concorre com ela e as contas se acertarão sem que o consumidor precise ser
assaltado.
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