quarta-feira, 8 de julho de 2015

Golpe contra Dilma? Não precisa

Dizer que a oposição quer dar um  golpe para tirar Dilma do poder é uma das maiores desonestidades intelectuais que já existiram no Brasil. E olha que a concorrência é grande, porque o que não falta é desonestidades na atrasada esquerda do Brasil. 

Até agora ninguém da oposição falou em passar por cima das leis que é o que caracterizaria o chamado “golpe”. O que se tem é um país à deriva na economia e a sobressaltos diários com denúncias de corrupção cada vez maiores. O que se diz por aí é que esse governo não tem mais condições de governar, já que a confiança também entrou em crise, que só tem 9% de aprovação – o que significa que milhões de pessoas que votaram na Dilma já se arrependeram e que só um novo governo, com nova composição ministerial seria capaz de fazer o Brasil trilhar o caminho da volta para o desenvolvimento. O que se diz por aí é que a corrupção atingiu nível tão alto que as próprias instituições encarregadas de investigá-la e de punir os corruptos correm risco de não ter condições de cumprirem suas missões.

Mas ninguém diz por aí para derrubar o governo simplesmente. Até aqueles poucos que andavam pedindo a volta dos militares se acalmaram, talvez percebendo que a solução não passa por aí.
O que se quer é o fim adiantado de um governo que já acabou e não conseguirá se reerguer, já que os métodos são os mesmos que o levaram à derrocada, o ministério está do mesmo tamanho e a presidente – imbecilizada ao extremo – está mais perdida que cego em tiroteio, não percebendo a gravidade da situação, fazendo discursos desconexos e terceirizando funções que deveria exercer com todo rigor. Ou seja: é preciso trocar o nada que existe hoje no Planalto por alguma coisa pelo menos parecida com um governo.

E dentro da lei. Ninguém, nenhum deputado ou senador, nenhum líder político ou juiz falou até agora em descumprir o que manda a Constituição no caso das irregularidades constatadas pelo governo.
O PT e seus governos patrocinaram a maior corrupção que o Brasil – e, bem provável, o mundo – já viu. O PT e seus governos aplicaram medidas econômicas que, todos sabiam, não resistiriam à primeira crise no primeiro mundo. O PT e seus governos usaram e abusaram da máquina pública, aparelhando-a e fazendo com que ela trabalhasse para o partido nas eleições. O PT e seus governos burlaram a lei fazendo empréstimos irregulares cujos contratos eles se recusam a publicar, ferindo a lei, para que não se descubra os favorecimentos que não deveriam ser feitos com o dinheiro público. O PT e seus governos desobedeceram à Lei de Responsabilidade Fiscal, usando bancos públicos para pagar contas que não podiam  pagar e maquiando balanços oficiais para que ninguém descobrisse os rombos nas contas públicas. O PT e seus governos fizeram a dívida pública saltar de R$ 800 bilhões em 2003, para mais de R$ 2 trilhões em 2015. O PT e seus governos produziram propagandas enganosas o tempo todo, gastando fortunas do dinheiro público para contar mentiras em rede nacional.

Como se vê, não é necessário nenhum golpe: há motivos de sobra pra que o país se livre legalmente dessa quadrilha que está no poder desde 2003.

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