A imprensa, aquela que vale e não a que ainda puxa o saco do
PT e reproduz frases de Lula sem atentar para a tremenda cara de pau do
ex-presidente, neste fim de semana se debruçou sobre as alternativas para o
lugar de Dilma Rousseff. Isso equivale a dizer que a era PT acabou.
E para comprovar mais ainda que não há saída, a Folha
publica reportagem, que provavelmente será desmentida, mas tem toda pinta de
ser verdadeira, sobre a “fritura” a que Joaquim Levy está sendo submetido no
Planalto. Ora, fritar o único ministro que avalia o plano econômico em curso é
sinal inequívoco que o PT está apostando na ruptura – vai tentar na base do
desespero, se manter no poder bajulando alas do partido que pregam medidas
radicais à esquerda. Claro que não vai dar certo.
Na verdade, a alternativa mais discutida é uma só: Dilma
cai, legalmente, e Michel Temer assume. É isso que se discute por aí, tanto nos
meios políticos quanto no meio empresarial.
A alternativa com Temer sendo cassado junto com a
presidente, não está sendo discutida, pelo menos a ponto de vazarem para a
imprensa. O bravo e bom Ronaldo Caiado considera que as eleições têm de ser
anuladas e tem argumentos sólidos para tanto. Mas já se diz por aí que Temer
teve tesoureiro próprio em campanha, o que o livraria dos malfeitos do
tesoureiro do PT. Só que ninguém votou em Temer separadamente: a irregularidade
que beneficiou Dilma também beneficiou Temer.
Mas é provável que Dilma seja cassada sozinha e Temer assuma
a presidência, até com direito a reeleição em 2018. Afinal, ele é do PMDB que,
aliado a outros partidos que não o PT (PSDB, DEM, PSB mais os adesistas ao
poder de sempre) continuará comandando a maioria no Congresso. E o PT vai pra
oposição.
Motivos para cassar Dilma abundam. A corrupção na Petrobras,
da qual ela foi partícipe em posição de comando, pois mandava na empresa mais
que o próprio presidente; as pedaladas fiscais que o TCU deve reprovar por
unanimidade (outro sinal de que o PT não manda mais) e as irregularidades na
campanha, como o uso da máquina pública de maneira descarada até e o
abastecimento da campanha não só com o dinheiro sujo da corrupção, como também com
dinheiro sujo da corrução vindo do exterior, o que configura dois crimes num
só. A oposição pode escolher qual caminho vai apoiar e todos eles podem
defenestrar Dilma e o PT do poder.
Um governo Temer, com apoio do PSDB e outros partidos liberais,
pode não ser o ideal, mas, com certeza, será muito melhor que o atual. Claro
que as condições atuais do Brasil não mudam da noite por dia, mas com o PT fora
do poder, o governo poderá tomar outras medidas que, se não aliviam a situação
de imediato, mostrarão o caminho certo para a recuperação, cimentando novamente
uma confiança que o brasileiro já não tem mais.
Diminuição dos ministérios, abertura dos contratos secretos de
empréstimos do BNDES com os necessários processos na Justiça para as
irregularidades, fim do apoio a ditaduras não só das Américas do Sul e Central,
mas de todo mundo; todo apoio à Operação Lava Jato; sair do Mercosul ou exigir que o regulamento seja cumprido e a
Venezuela expulsa; privatização de portos, aeroportos e rodovias para que a
iniciativa privada faça as obras de infraestrutura que o governo não consegue
fazer; livrar a Petrobras do peso do governo e deixá-la trabalhar como empresa
que compete com gigantes mundiais (o ideal seria privatizá-la, mas acho que
seria pedir muito para um governo do PMDB); acabar com o aparelhamento das
agências fazendo-as voltarem ao seu papel que é o de fiscalizar as concessões
todas dadas à iniciativa privada como telefonia, saúde suplementar, energia
elétrica etc. E, claro, combater com eficiência a corrupção.
Com essas medidas e outras mais que apontam para a confiança
na economia liberal, o Brasil voltaria a ser um porto seguro para investidores
do mundo todo. E poderia sair da atual crise num tempo menor do que o previsto
e sem exigir tanto sacrifício do povo.
O fim da malfadada aventura petista pode ser o começo de um novo
Brasil. Mas se não for, o negócio é continuar atento, bater panelas e sair às
ruas sempre que necessário.
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