terça-feira, 14 de julho de 2015

A propaganda enganosa continua firme


Ouvi uma propaganda do BNDES no rádio. Banco de fomento do desenvolvimento pertencente ao governo fazendo propaganda já é uma aberração: deve haver filas de clientes pedindo os empréstimos de pai para filho que o banco dá, por isso o banco não precisa cativar público algum com propaganda. 

Mas é pior: a propaganda tem a cara de pau de dizer que há muitos brasileiros querendo saber o que o BNDES faz com o dinheiro público. Claro que tem! Só que a propaganda não diz que banco esconde muitos de seus negócios!

E para coroar o festival de enganações, a propaganda se encerra dizendo que o BNDES prima pela transparência. É muita cara de pau! O banco se notabilizou nos governos petistas em tornar segredo inúmeros empréstimos, principalmente – mas não só eles – os realizados para governos estrangeiros ou empreiteiras brasileiras para obras no exterior. Mas há também, guardado pelo segredo, empréstimos à JBS, dona do Friboi, não por acaso a maior doadora de dinheiro para as campanhas eleitorais do PT.

O fato é que exatamente no momento em que o BNDES é mais questionado pela oposição e pela imprensa séria do Brasil sobre os negócios todos que ele mantem em segredo, surge essa propaganda mais que enganosa, típica de regimes autoritários que não precisam prestar contas de seus atos a ninguém.

O governo petista já se tornou notório pela propaganda mentirosa que tem feito nos últimos anos e que culminou com a campanha eleitoral, onde não só peças de publicidade como também o próprio discurso da candidata eram totalmente fantasiosas, mostrando um Brasil que não existia e, pior, um Brasil que iria crescer nos próximos anos quando, antes mesmo da posse, os números indicavam o contrário, a ponto de, aos sete meses de mandato, o país já estar numa recessão brava.

A prática de mentir descaradamente, de dizer o contrário do que se faz continua existindo no governo petista. Os organismos de controle publicitário no rádio e na televisão deveriam impedir que o governo continuasse contando lorotas, tentando enganar o público e ainda por cima usando dinheiro público. 

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