segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Fim de feira: déficit em 2016 será de R$ 30,5 bilhões

Enquanto o dólar bate nos R$ 3,60 e a Bolsa cai quase 2%, o governo petista de Dilma Rousseff apresenta um orçamento para 2016 com um déficit de R$ 30,5 bilhões. O dólar subir e a Bolsa cair não são fatos inéditos no Brasil nem no mundo, mas um governo apresentar um orçamento com, um buraco e mais de 30 bilhões de reais não é apenas a confissão de um fracasso, mas uma afronta à lei que só pode ser punida com impedimento desse governo continuar governando, pois não sabe fazer outra coisa a não ser gastar muito mais que o dinheiro dos impostos sem que o cidadão que paga tais impostos receba de volta uma aplicação adequada desses recursos que ele coloca nas mãos do governo.

Se o orçamento previsto é menor do que as despesas, qualquer gerente de padaria sabe que precisa cortar as despesas para que elas se encaixem nos recursos a receber. Ou se você fatura 5 mil reais por mês, não pode gastar 7 ou 8 sem que tome prejuízo e que apele a empréstimos para sobreviver, aumentando seu endividamento todo mês.

No caso do governo, para fazer frentes às despesas que somam, por enquanto, R$ 30 bilhões a mais do que a previsão de arrecadação em 2016, o governo terá de emitir papéis com juros atraentes, ou seja, contrair mais dívida e aumentar o total de mais que R$ 2,5 trilhões que já deve. O governo petista recebeu de FHC, em 2003, o Brasil com uma dívida de R$ 800 bilhões. E, depois de Lula mentir para todo o Brasil e para o mundo que havia quitado a “dívida externa”, foi aumentando dívida interna até atingir esse patamar inacreditável de R$ 2,5 trilhões. 

O governo petista jamais pagou a dívida externa (houve só um acerto com o FMI, danoso para o Brasil, por sinal) e aumentou extraordinariamente a dívida interna. Só de junho de 2015 a junho de 2015, o aumento da dívida pública foi de 17%, o que equivale a uns R$ 340 bilhões emprestados apenas em 12 meses. Isso dá para imaginar o tamanho da irresponsabilidade desse governo.

O que deveria ser feito agora seria uma enorme economia – cortando os bilhões e bilhões de gastos supérfluos que esse governo comete – para conseguir fazer frente às despesas com o que se vai arrecadar sem ter de recorrer a empréstimos. Mas economia não é forte de governos demagogos, desonestos e corruptos.

Só que acontece que presentar um orçamento com um rombo não significa apenas que a previsão de arrecadação vai ficar aquém das necessidades atuais e que o governo terá de tomar empréstimos para saldar seus compromissos, mas também que o governo está, deliberadamente, afrontando a Lei da Responsabilidade Fiscal, que impede que haja despesas sem que haja devida receita para pagá-la. Quem afronta a lei, comete um crime. E quem comete crime não pode governar um país.

Cabe ao Congresso, para onde o criminoso orçamento foi envidado, dar a devida resposta ao governo petista e ao país. Ao não conseguir realizar o superávit primário no ano passado, o governo Dilma afrontou a LRF, mas, ainda com maioria no Congresso, conseguiu mudar – vergonhosamente, diga-se – a lei e se safou de um processo penal. Agora, pela segunda vez, Dilma quer transformar uma das leias mais importantes do país em letra morta. Se o Congresso aceitar novamente, terá dado provas de sua covardia e submissão ante ao governo mais corrupto da história da humanidade. 

sábado, 29 de agosto de 2015

Atentado à liberdade


Só uma “socialista” mesmo poderia ter tentado matar o Pixuleko, bonecão inflável de Lula vestido como o grande maioria do povo brasileiro gostaria de ver: com roupas de presidiário levando no peito os simbólicos números 13 (do seu partido) e 171, famosa centena que remete a artigo do Código Penal cujo caput diz o seguinte: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.

É o famoso “estelionato” que, no caso, tem sido eleitoral há muitos anos. Claro que o PT, Lula, Dilma e a quadrilha toda incorreram em muitos outros artigos do Código Penal como vem sendo provado desde o Mensalão e comprovado com o Petrolão, além de outros escândalos já descobertos e mais outros que estão por ser descobertos, com certeza.

Mas eu dizia que só uma socialista para querer matar o Pixuleko. O “atentado”, que lhe causou um corte, sem sangramento ou ferimento que o invalide – ele será consertado e voltará a flutuar pelo Brasil, para terror das hordas esquerdistas – foi cometido por uma estudante de Direito (?) e que pertence a uma tal de União Juventude Socialista, chamada Emmanuelle (seu pai não deve ter sido fã de um famoso filme francês – Emmanuelle – que causou, na década de 1970, impacto muito maior do que hoje causa esse tal de 50 Tons de Cinza e que teve várias sequências). Pois a filha não saiu ao pai (a esquerda odiava o filme à época) e enveredou-se pelo caminho do obscurantismo político, coisa comum em jovens estudantes da classe média.

É a esquerda com suas matizes – socialismo, comunismo, bolivarianismo, maoísmo,  trotskismo, stalinismo, leninismo... – que impõe a censura, o fim das liberdades todas, desde a de expressão, até a de reunião, envolvendo agremiações políticas, sindicais e talvez até de condomínio. A esquerda odeia qualquer grupo que se forme que não seja sob as asas do partido único.

Vai daí, se um grupo de junta e banca um bonecão contra o ícone maior das esquerdas brasileiras vestido como deveria se vestir, já que vem cometendo estelionato eleitoral há mais de uma década e promovendo a maior corrupção que o mundo já assistiu, as esquerdas, que encontram sempre justificativas, as mais absurdas, para a roubalheira e a enganação, só poderiam tentar destruir um símbolo da indignação brasileira.

E o ataque se deu com uma faca, sinal de que foram ao local da exibição do Pixuleco com a intenção de danificá-lo, talvez de forma definitiva, o que obrigaria o movimento que o sustenta a novos gastos com a confecção de um novo bonecão.

O caminho certo para punir quem cometeu o atentado a faca, tentando, ao mesmo tempo, matar o boneco e a liberdade de expressão (o que deve ter feito brilhar os olhos da socialista Emmanuelle) seria a queixa à polícia – a autora já estava detida – para a instauração de inquérito com as devidas consequências.

Só que a polícia alegou que, para registrar a queixa, teria que deter também o objeto do delito, ou seja, o Pixuleco teria de ficar na Delegacia, talvez como prova material. Aí o líder do Movimento Revoltados On Line, Marcelo Reis, responsável pelo Pixuleko, saiu-se com aquela que considero a frase da semana: “Querem prender o Pixuleko e deixar o Lula solto? Sacanagem”.

Sim, quem deve ficar frente à frente com um delegado para ser identificado e comunicado da prisão não é o boneco: é quem ele representa.

PS em 01 de setembro:
Quando escrevi esse post, sexta-feira passada, 28 de agosto, a notícia era de que a moça "socialista" que cometeu o "atentado" era estudante de Direito. Mas não era. Como a esquerda gosta mesmo de falsear títulos (vide Dilma Rousseff com sua falsa biografia sobre pós na Unicamp), a moça não tem nem segundo grau completo, como atesta o Boletim de Ocorrência registrado contra ela. Quem será que eles querem enganar?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Refém da bandidagem

Dois fatos ocorridos em Campinas, ontem e hoje, mostram bem como a cidade – e o país, pois se tratam de fatos tristes e ruins, mas praticamente corriqueiros –  já não têm mais controle algum dos acontecimentos, que vivemos sob  uma frágil concepção de sociedade, cujos pilares parecem feitos de areia e podem desmoronar a qualquer vento mais forte.

O primeiro foi, segundo diz a polícia, oriundo de um boato que se espalhou pelas redes sociais. Falava em “toque de recolher” eu teria sido ordenado por uma facção criminosa, o PCC ou algum congênere, ou por traficantes, ligados ou não à facção, enfim, bandidos que mandam em vastas regiões da periferia da cidade e contra os quais a polícia é impotente.

O boato se alastrou e os comerciantes, acostumados a serem as primeiras vítimas da violência, não tiveram dúvidas: fecharam as portas, não todos, mas talvez aqueles que mais têm sofrido nas mãos dos bandidos, inclusive de bandidos fardados. Pior: o boato surgiu ontem, não houve violência alguma, mas hoje ele se espalhou, segundo noticia o Correio Popular, para Valinhos, Americana, Sumaré, Vinhedo, Louveira, Limeira e Santa Bárbara. É a RMC com medo. É o Brasil refém da bandidagem.

A violência tem várias causas, mas a maior delas não é a pobreza, caso contrário ela não teria crescido mais no Brasil, nos últimos anos, nos estados do Nordeste, onde muita gente saiu da miséria por conta de algum desenvolvimento do país e, principalmente, por conta dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O tráfico de drogas e a impunidade é que andam de mãos dadas no Brasil como causas maiores da violência. Estamos cansados de ver traficantes presos com dezenas e até centenas de quilos de drogas sendo soltos por um juiz corrupto ou mesmo por conta de uma legislação feita à medida para proteger gente graúda, mas que acaba protegendo também a bandidos.

O tráfico entra no Brasil à vontade, com drogas muitas vezes produzidas por gente ligada a governos amigos dessa súcia que hoje comanda o país e é responsável por cuidar das nossas fronteiras. Não cuida. Na sua primeira campanha eleitora, Dilma Rousseff prometeu comprar uns 70 drones que iriam vigiar as fronteiras, denunciando o tráfico. Comprou apenas dois que só levantaram voo dois anos depois, por falta de combustível. Depois, um quebrou e não se sabe dos serviços prestados pelo outro.

Num cenário de impunidade, incompetência e até de incentivo ao crime, boatos como os de ontem encontram campo fértil para progredirem e serem levados a sério. É o Brasil.

Outro fato, esse ocorrido hoje de manhã, foi em consequência do cumprimento da lei, vejam, só. A Polícia Civil realizou batida, de madrugada, num dos camelódromos de Campinas atrás de produtos piratas. Abriu oito lojas e encontrou roupas que pareciam originais, tinham até selo (a TV mostra uma camisa da Dudalina, grife brasileira, que custa mais de 300 reais na loja da marca), brinquedos piratas e cigarros contrabandeados e outros provavelmente roubados.

Pois por causa dessa batida, que reprimiu crimes notórios, cerca de 200 camelôs fizeram uma passeata de protesto e obrigaram os comerciantes legais da 13 de Maio a fecharem suas portas. Foi outro toque de recolher, ao qual a polícia assistiu passivamente.

Por essas e outras, o Brasil está ficando cada vez mais difícil de suportar. Não bastasse a lamentável a crise política, não bastasse o PT e seus asseclas terem causado esse mar de lama com sua gigantesca corrupção, a crise econômica roendo os bolsos dos brasileiros, uma presidente que não consegue discursar sem dizer absurdos e mentiras, temos ainda de suportar um domínio de bandidos que se aproveitam das fracas autoridade para fazer desse país uma terra de ninguém, propícia ao terror dos desonestos e violentos.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Totalmente sem rumo



Primeiro foi o superávit nas contas públicas, anunciado como a meta capaz de fazer o Brasil entrar nos rumos novamente, ganhar a confiança internacional, fazer os investimentos voltarem. Era pra ser de 1,1% do PIB, mas logo depois, percebendo que a meta, apesar de pequena, não iria ser alcançada, foi diminuída para 0,15%, ou seja, cerca de sete vezes menos. E já se fala que não vai haver superávit algum, com certo risco de que o déficit do ano passado se repita em 2015.

Depois foi a tal Agenda Brasil, anunciada com grande alarde pelo governo Dilma e que unia o senador Renan Calheiros (PMDB) aos programas e projetos do governo petista. Em menos de dez dias ela desapareceu no ar, se desmanchou e ninguém fala mais dela. Aliás, bastou uma entrevista de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara e a quem esqueceram de avisar e de convidar para a nova trama, para que a tal Agenda Brasil perdesse toda credibilidade e caísse no fosso escuro destinado a factoides governamentais.

A saída de Michel Temer (PMDB) da articulação política foi uma tragédia para o PT e para o governo, mas o discurso oficial foi de que a saída dele foi para melhorar seu papel de avalista do governo, cuidando da macropolítica. Ora, quem cuida da macropolítica é o presidente da República, deixando as miudezas para os auxiliares. Poucos perceberam que Temer declarou em alto e bom som que saía do governo para tratar das ações que o levarão a ser o próximo presidente.

Para tentar ofuscar as manchetes provocadas pelo abandono do principal nome do PMDB, o governo petista tentou duas ações que, como as últimas do governo, foram verdadeiros tiros no pé.

A primeira foi anunciar, de repente, a diminuição do enorme ministério. Serão cortados 10 ministérios, anunciou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardes. Mas não disse quais nem quanto o corte vai significar de economia. E sabem por que ele não disse? Porque ele não tem a mínima ideia de qual ministério vai ser cortado e, obviamente, nem de quanto vai gerar de economia. Isso porque nada foi planejado, foi um anúncio repentino para tentar ganhar o noticiário. A reação dos pequenos partidos que têm ministérios inócuos já começou e, provavelmente, o corte nem será aplicado ou será bem menor do que o anunciado.

A segunda ação para tentar uma agenda positiva foi arriscada demais. Botaram a Dilma para dar uma entrevista coletiva. E sua fala realmente ganhou as manchetes: “Dilma admite que o governo demorou para perceber a crise”. Pois é, foi a confissão da incompetência. Do mesmo modo que Dilma jamais percebeu a corrupção na Petrobras e na Eletrobrás, os desvios todos nos fundos de pensões ocorrendo debaixo do seu nariz, só pra ficar nos crimes mais famosos cometidos pelos petistas, ela, como presidente, não percebeu também que o país se afundava numa crise brava, consequência direta das medidas todas que seu governo adotou na área econômica. Ela não percebeu, apesar dos milhares de artigos publicados alertando que aquele caminho não era bom, que podia render votos agora, mas a cobrança da gastança ia ser forte ocorreria em breve.

Resumindo: o governo petista de Dilma Rousseff está totalmente perdido, não sabe o que fazer na economia e muito menos na política. E as investigações da gigantesca corrupção patrocinada pelo PT chegam cada vez mais perto das figuras coroadas do poder.

Por muito menos presidentes já renunciaram ou sofreram processos de impeachment, primeiros-ministros já convocaram novas eleições, ditadores caíram. Aqui, continuamos a suportar o governo da “mulher sapiens” que, na coletiva de ontem saiu-se com essa: “Eu espero uma situação melhor. Mas não tenho como garantir que a situação em 2016 vai ser maravilhosa, não vai ser, muito provavelmente não será. Agora também não será a dificuldade imensa que muitos pintam. Vamos continuar tendo dificuldades, até porque não sabemos a repercussão de tudo o que está acontecendo na economia internacional”. E que o blog O Antagonista traduziu corretamente assim: “2016 será melhor do que 2015, mas talvez não seja, aliás, não será, será ainda pior, talvez sim, talvez não, e o fato é que sou a pessoa menos recomendada para fazer previsões, porque não entendo nada de economia".

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Orquestra desafinada

Primeiro foi o falso índio que governa a Bolívia que fez a bravata do ano e ameaçou proteger o “governo” Dilma com seu exército. A ameaça de Evo Morales ao Brasil tem o mesmo efeito que mijar em incêndio. No fundo, como disse um blogueiro, se Dilma cair, o falso índio pode perder as mamatas do BNDES e pode ter as fronteiras com o Brasil vigiadas, o que poderia prejudicar certo comércio que dá muito lucro por lá, principalmente para alguns ministros.

Logo em seguida, foi a vez da perua que governa a Argentina, Cristina Kirchner, declarar que os protestos no Brasil contra o PT e o “governo” Dilma “têm o dedo da CIA”, numa frase que tem de cafona o que tem de absurda. Há muito tempo eu não ouvia falar um treco tão imbecil como esse. Mas, vindo de quem veio, não surpreende. Afinal, todo ditadorzinho, por mais merda que seja, sempre inventa um inimigo para justificar a própria incompetência. A situação da Argentina, um país a caminho da ruína, é bem o retrato do que essa perua anda fazendo por lá. E ainda completa sua “obra” dizendo uma besteira desse tamanho.

Agora, foi a vez de Rafael Correa, outro protótipo da imbecilidade que desgoverna o Equador, dizer, conforme revela Clóvis Rossi na Folha, que os protestos atuais foram inspirados num livro de um tal de Gene Sharp. Assinala o livro que o protesto “começa com a mobilização nas redes sociais, passa para as ruas, e o governo acaba caindo. O suposto ‘golpe brando’ inclui, ainda, a difusão de boatos nas redes sociais. ”

Diz Rossi no artigo: “Segundo o relato da revista América 21, porta-voz do bolivarianismo, Correa pôs como exemplo "o que está ocorrendo na Bolívia, Brasil, Venezuela e Argentina, onde setores da oposição tratam de desconhecer governos que contam com respaldo popular provocando mal-estar com o apoio de meios de comunicação de massa".

Rossi tem certeza – e eu também – que ninguém dos que protestaram nas três gigantescas passeatas realizadas até agora conhece Gene Sharp ou seu livro “Da Ditadura à Democracia”.

O fato é que essas ações são orquestradas. O falso índio boliviano, a perua argentina e o equatoriano boquirroto perceberam que a situação em seus países está mudando e que a sociedade que conta – aquele que trabalha e sustenta o país e o governo – não está mais disposta a dar boa vida para um bando de facínoras que, eleitos pelo voto popular, se apoderaram o governo para nele se enriquecer e se perpetuar, pouco ligando para as desastrosas consequências que provocam.

O quadro social no Brasil se deteriora rapidamente. O da Argentina já está próximo ao ponto de fusão e vai explodir a qualquer momento. O Equador enfrenta um protesto de povos de origem indígena que vem crescendo no país e a Bolívia tem 40% de sua população abaixo da linha da pobreza. Ou seja, os governos bolivarianos ou simpáticos a eles (como é o caso do Brasil) não conseguiram dar ao povo o “paraíso” prometido nas coloridas propagandas da TV. Sem contar o inferno em que se transformou a Venezuela, onde essa nova onda esquerdista, que vem desgraçando a América Latina, começou.

Com a água batendo no queixo, era de se esperar que esses rascunhos de governantes começassem uma ação mais ou menos conjunta para tentar mostrar força e impedir a queda iminente. Não conseguirão, porque são falsos, corruptos, incompetentes e bravateiros.

domingo, 23 de agosto de 2015

Governo de Campinas se entrega: “Dengue veio para ficar”

Aedes aegypti: o novo cidadão campineiro

“A dengue veio para ficar, vai ter sazonalidade e essa coisa cíclica. As ações de prevenção são as mais importantes”.

A frase acima é de ninguém menos que o secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, e mostra que o governo de Jonas Donizette (PSB) jogou a toalha, desistiu de combater a doença como ela deveria ser combatida.

Depois de quebrar por dois anos consecutivos os recordes em número de casos na cidade, o secretário de Jonas se entrega à sua incompetência e afirma que a doença – que matou 19 pessoas na Região Metropolitana de Campinas, a maior parte na sede – vai acompanhar a vida do campineiro por muito tempo ainda.

Em 2014, a cidade viu, atônita, mais de 40 mil pessoas contraírem a doença que deixa o cidadão prostrado, com febre, sem poder sair de casa para trabalhar por vários dias. E, em alguns casos, mata.

Se fosse uma doença incurável ou da qual não se soubesse a origem, vá lá. Mas a dengue é transmitida por um mosquito que todo mundo conhece e cujo combate não é difícil de fazer. Exige competência para a logística de combate e, claro, recursos financeiros. Mas, numa cidade onde o governo consegue ser incompetente em quase todos os setores, não seria no combate à dengue que ele iria se mostrar competente.

E um governo que gasta rios de dinheiro com publicidade, ocupando espaços nobres nos jornais, rádios e televisão para dizer ao cidadão gastar mais água, que anuncia projetos que não começam nunca, que não consegue trazer verba federal para implantar um sistema de transporte mais moderno, não vai fazer jamais um remanejamento orçamentário e dirigir para o combate à dengue a soma necessária de recursos.

O resultado não poderia ser outro: em 2015 a dengue explodiu em Campinas e chegou a inacreditáveis 57.759 casos, mais de 16 mil a mais que no ano anterior. E 11 pessoas morreram em consequência da doença.

Agora, com a declaração do secretário de Saúde estampada no Correio Popular deste domingo, de que “a dengue veio para ficar”, só resta ao cidadão campineiro torcer – e muito – para que um mosquito transmissor da doença não o escolha como fornecedor de sua cota de sangue. A picada vai deixá-lo num estado bem pior do que uma gripe brava o deixaria, por vários dias. Ou matá-lo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Samba do crioulo doido

As variáveis da política brasileira – e do próprio futuro do país – que hoje se apresentam é de deixar qualquer um doido. Vivemos num país que, há pouco mais de 12 anos, no que se refere à economia, navega ao sabor do momento, planeja no máximo a semana seguinte, tem picos de euforia econômica e fases de depressões profundas como a atual.  

Já no que se refere à política, o quadro é muito pior. Depois do processo do Mensalão, esperava-se um recrudescimento dos ladrões dos cofres públicos. Mas, como diz a moça desiludida com o amante, “qual o quê!” A roubalheira aumentou e fez-se dela instituição nacional. A corrupção que já era monstruosa no Brasil, nos últimos 12 anos se tornou epidêmica. 

Do Mensalão ao Petrolão, vai-se descobrindo que a turma não deixou passar um orçamento em branco, uma verba que, destinada a fosse lá o que fosse, nela não deixassem as impressões digitais políticos de vários partidos, surrupiando o percentual máximo possível e formando quadrilhas em todos os recantos do país, já que a impunidade era garantida. Nem poderia ser de outro modo, já que a corrupção partia da cúpula, como no Mensalão, e animava a qualquer um a estender seus tentáculos até a verbinha da ONG criada para ajudar velhinhas desamparadas e solitárias.

A operação Lava Jato deu – está dando – uma boa brecada na corrupção da cúpula. Mas a PF e o MP continuam descobrindo, quase que diariamente, novas mamatas espalhadas pelos mais distantes rincões.

E hoje, depois da denúncia de Janot contra Eduardo Cunha, o quadro se bagunçou de tal forma que qualquer analista se perde nas inúmeras e complicadas variáveis que se apresentam. Vou tentar colocar aqui algumas delas, mesmo correndo o risco de esquecer de várias.

Eduardo Cunha já disse que vai continuar na presidência da Câmara e com uma desculpa sensacional: se quiserem tirá-lo por causa da denúncia, Renan Calheiros, presidente do Senado, nem poderia tomar posse. Ele está denunciado também de crime mais que comprovado. O processo está parado há anos no STF...

Com Cunha no comando da Câmara e terceiro homem na sucessão presidencial – se Temer for cassado junto com Dilma pelo TSE, Cunha assume e convoca eleições em 90 dias –  ele continuará a ser uma espécie de mata-cavalo no caminho do Executivo, com suas pautas bombas e conspirações à sorrelfa.

Michel Temer, o vice, andou dizendo hoje através de alguns “companheiros”, que a fase dele como bombeiro do Planalto (ou negociador ou qualquer outra coisa) acabou. Acabou, aliás, sem começar. Alguns acertos que ele fez para acalmar a base aliada foram olimpicamente ignorados por Dilma. Não fosse ele o principal beneficiário da queda da “mulher sapiens” teria dado o troco em alto e bom som.  Preferiu engolir sem reclamar, mas aumentou em vários graus a temperatura da conspiração que corre solta nos bastidores.

O PT, uma sigla que cada vez mais quer dizer “perda total”, tenta fazer valer qualquer coisa, desde discursos repetitivos sobre um golpe que não existe, até organizar protesto a favor do seu governo, mas sem poder conter quem é aliado, vai ao protesto, mas para protestar contra o... governo petista. A esquerda raivosa ou a que anda de fora da farra com o dinheiro público, quer porque quer o fim do ajuste fiscal e a saída de Joaquim Levy do comando da economia, ele que é o único ministro que gera alguma confiança no mercado. Sem ele – e o sucessor seria um petista, já que não há na praça nenhum liberal louco o suficiente para pegar esse enorme abacaxi – a economia degringolaria de vez e o Brasil afundaria, talvez antecipando fisicamente (moralmente ele já não existe) o fim do governo Dilma e o enterro definitivo do PT.

Sem o PT, cabe ao PMDB pensar no futuro do governo e é isso que Temer vem fazendo, já conversado com líderes da oposição para tratar da divisão do poder em caso de queda de Dilma. É uma das hipóteses e a que mais agrada boa parte do PSDB, menos aquela aliada de Aécio Neves.

O senador mineiro, que seria hoje presidente não fosse o Bolsa Família e o uso indiscriminado e criminoso da máquina pública para eleger Dilma, quer ver Temer fora também, com Cunha assumindo e convocando eleições. Ele é favorito hoje em todas as pesquisas e é por isso que a ala tucana aliada a Geraldo Alckmin não quer essa solução. Prefere Dilma governando (derretendo) até 2018, ou, vá lá, Temer assumindo para completar o mandato. Alckmin quer tempo para se projetar e ser candidato a presidente no lugar de Aécio.

Lula, cada vez mais perto de ser chamado por Sergio Moro, é hoje uma espécie de fantasma a pairar sobre o governo Dilma e o resto do Brasil. Seu prestígio se resume quase que ao PT e a distantes e pobres rincões onde as notícias não chegam. Continua a fazer discursos que nada valem e sua “carteira de palestras” não deve receber qualquer pedido faz tempo. As pesquisas indicam que hoje ele perderia para Aécio, Alckmin e Serra num eleição presidencial. Mas tem capacidade para, com suas bravata e mentiras, enganar muita gente numa campanha. Já fez isso quatro vezes e pode fazer de novo, embora hoje seja muito mais difícil.

Por essas e outras – muitas outras, aliás – é que os analistas estão perdidos nas variáveis que ora se apresentam na conturbada e confusa política brasileira. O que vai acontecer na semana que vem é algo que não dá para prever nem no próximo domingo. Com certeza, com a Justiça tentando chegar aos grandes da política (“grande” pelos cargos, não pelas qualidades) o cenário tende a mudar quase que de hora em hora. E pode acontecer de tudo nesse Brasil que ainda não aprendeu de fato a eleger, com exceção de FHC, pessoas capazes de governá-lo com sabedoria. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A passeata dos enganados

Os petistas que saíram hoje às ruas estampam várias frases que são escritas como se eles fossem da oposição ao governo Dilma. Mas não são. Votaram nela. Querem que ela continue desgovernando o Brasil até 2018. Protestam contra a política econômica do governo como se não tivessem nada a ver com isso. Têm sim: com seus votos ajudaram a manter no poder a incompetência e a corrupção que estão desgraçando o Brasil.  Em Belo horizonte, uma faixa contra o “golpe” (que não existe e jamais foi aventado pela oposição), diz “respeitem o meu voto”.

A frase deveria ser dirigida diretamente à presidente Dilma Rousseff, pois foi ela que, da forma mais descarada do mundo, fez uma campanha inteira dizendo uma coisa e, mesmo antes de tomar posse do novo mandato, desrespeitou seu próprio discurso e adotou medidas completamente opostas ao que prometia. Pior: na campanha disse que a  oposição é que faria tudo aquilo que ela passou a fazer assim que os números da eleição lhe garantiram mais um mandato.

E o PT sai às ruas pedindo respeito ao voto deles. Oras, foram eles que votaram em quem desrespeitou o voto dado. Muita gente votou na Dilma convencido pelo discurso de que com ela não haveria inflação, desemprego, juros altos e outros descalabros que estamos vivendo hoje como resultado exatamente dos governos do PT e do não cumprimentos das promessas eleitorais de Dilma.

Quem desrespeitou o voto? Exatamente aquela que os gatos pingados que saíram hoje às ruas querem defender.  Conclusão: quem faz passeata a favor de Dilma é porque gosta de ser traído, gosta de sofrer, acredita em todas as mentiras que lhe contam. Pior, muito pior que mulher de malandro, aquela que, como diz o ditado, “gosta de apanhar”. 

A coação do Bradesco sobre os servidores municipais

A mudança do banco que faz os pagamentos dos salários do funcionalismo municipal de Campinas gerou muita reclamação.  O maior beneficiado, até agora, foi o governo do prefeito Jonas Donizette (PSB) que conseguiu, com a venda da folha de pagamento para o Bradesco,  R$ 64 milhões que viabilizaram, entre outras coisas, o pagamento do 13º salário dos servidores.

Mas muita gente se sentiu e está se sentindo prejudicada. O problema é que o Bradesco quer que os servidores abram uma conta corrente comum e saiam do Banco do Brasil. E é aí que a porca entorta o rabo.

O Bradesco preparou uma grande operação, alugou um ginásio de esportes no Cambuí, encheu de funcionários do banco para recepcionar os servidores, organizou a recepção em ordem alfabética durante vários dias e orientou seus funcionários a evitar que os servidores abrissem  contas salário: o banco queria todo mundo com conta corrente. Só que a conta salário é uma opção legal nesses casos – automática até - e muita gente queria manter sua conta no banco anterior, que é o Banco do Brasil.

A orientação do Bradesco, claro, não foi divulgada, muito pelo contrário: se perguntado o banco vai negar qualquer coisa nesse sentido.

Acontece que uma servidora, após insistir muito – e conseguir – preencher um formulário de conta salário, pediu à atendente um comprovante de que ela havia aberto uma conta salário. A resposta foi que não havia esse tipo de comprovante, que ninguém jamais havia pedido. A servidora insistiu e a atendente então pegou uma folha de rascunho que estava sobre a mesa, escreveu de próprio punho o “recibo”, assinou, carimbou e entregou para a servidora. O que a atendente não viu é que nas costas do “comprovante”, estava impresso um comunicado do banco aos seus funcionários orientando-os a não perguntar aos servidores se eles queriam abrir conta salário.

Outra servidora, que ganha muito bem e tem investimentos no Banco do Brasil, pediu para abrir conta salário. A atendente lhe deu papéis para preencher, ela preencheu, assinou e só quando foi ler tudo com calma, em casa, descobriu que fora enganada: tinha aberto uma conta corrente. Inconformada, foi até a agência do Bradesco que havia escolhido para ter sua conta salário e conseguiu mudar. Ouviu pedidos de desculpa do gerente que disse que, em 25 anos de banco jamais tinha acontecido algo semelhante no Bradesco.

Esses casos chegaram até o blog, mas há muitos outras pessoas reclamando que sofreram constrangimentos, dificuldades inúmeras para abrir contra salário, demora no atendimento – um servidor levou mais de cinco horas para ser atendido – enfim, uma situação que não precisaria ter acontecido não fosse o Bradesco querer transformar – quase que na marra – os quase 20 mil servidores da ativa e inativos da Prefeitura em seus novos correntistas.

E tudo seria muito simples: um formulário para o servidor preencher onde ele declararia se queria ter conta corrente ou não. Em querendo ou não, bastava assinalar onde queria receber o salário: essa agência teria ou um novo correntista ou um novo dono de uma conta salário, que transferiria, automaticamente, todo mês, os vencimentos que ali chegassem para o banco original do servidor. Esses formulários poderiam ser digitalizados e enviados pela internet, sem necessidade da presença física do servidor no banco. Ou que ele fosse apenas uma vez à agência para assinar os papeis já prontos.

Do jeito que foi feito pegou mal para o banco que ficou com a péssima fama de tentar obrigar servidores da Prefeitura a abrirem contas correntes. Pegou mal para a Prefeitura que não exigiu que seus servidores tivessem um tratamento digno e deixou que o banco pressionasse todos eles. E ficou muito ruim para o servidor que, não tendo nada com isso, foi constrangido e perdeu tempo para fazer um negócio sobre o qual não foi consultado e, se fosse, a grande maioria não iria querer. Coisas de um governinho safado.  

Aliás, ficou ruim para os cupinchas do prefeito na Câmara de Vereadores também. Um vereador da oposição fez um requerimento de convocação do secretário de Administração da Prefeitura, para que ele explicasse, no plenário, essa confusão toda que está havendo com os servidores e a transferência da folha de pagamentos para o Bradesco.

Na hora de votar o requerimento, a tal de “base aliada” fugiu do plenário, impedindo que houvesse quórum para a votação. Depois, quando havia quórum, os cupinchas votaram contra a convocação, num total desrespeito aos servidores municipais. A rejeição do requerimento aconteceu como nos tempos em que Hélio de Oliveira comandava a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.   

E para encerrar a sessão constrangimento do episódio todo, no mesmo dia em que o requerimento foi rejeitado, o Sindicato dos Servidores Municipais obteve liminar judicial que obriga o Bradesco a se restringir à abertura de contas para recebimento dos salários pelos servidores, sem tentar convencê-los a nada. Bem feito. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O PT de Campinas debocha do povo

O PT insiste em seu discurso de desvirtuamento da realidade. Aqui em Campinas, a coisa é pior ainda. O presidente do partido, Casemiro Reis, teve a coragem de dizer que a manifestação de domingo passado foi feita por gente ligada ao PSDB, de classe média e de bairros como Cambuí e Guanabara.  É muito cara de pau o moço. Insiste na divisão da sociedade entre ricos e pobres, para tirar vantagem de seu próprio preconceito expondo sua ignorância política.

E ainda mostra uma enorme cegueira ao desprezar uma manifestação que teve um número de participantes que o PT não pode nem sonhar em levar para as ruas, mesmo pagando condução, dando camisetas, confeccionando cartazes, dando sanduíche e uma “ajuda de custo”, geralmente surrupiada dos cofres públicos.

O PT hoje é um fantasma que insiste em tentar assustar os brasileiros e não sabe como. Então se aconchega a jornalistas amigos para que estes reproduzam suas ameaças e “análises” completamente furadas sem qualquer contestação. É o que está hoje na coluna Xeque Mate do Correio Popular. Nem a assessoria de imprensa do PT faria melhor.

Colocar o obscuro presidente do partido soltando uma frase completamente tola, afirmando que o movimento que eles vão realizar não é uma “domingueira”, é desprezar a manifestação que levou mais de 30 mil pessoas domingo passado às ruas exigindo um governo decente para o Brasil, coisa que o PT não pode dar. É desprezar uma manifestação que ocorreu, com presença significativa de manifestantes, em todas as capitais do país e em mais de 200 grandes cidades.

Nenhuma palavra na coluna sobre a realização de passeata chapa branca em plena quinta-feira, com concentração às 17h, saída às 18h30, justamente na hora de maior movimento do trânsito, o que pode complicar bastante a ida para casa dos que trabalham, já que, mesmo com pouca gente, ruas e avenidas serão fechadas.

O PT hoje debocha do povo e, despreza a classe média que sustenta o país e, por incrível que pareça, encontra apoio num jornal cuja maior circulação se dá exatamente no meio da classe média, do Cambuí, do Guanabara, vítimas do deboche desse vazio dirigente partidário. O PT já teve presidente melhores em Campinas.  

Sem contar que o partido levanta bandeiras que vão contra atos do governo que é do seu partido, como algumas já aprovadas no Congresso e as anunciadas pelo novo aliado de Dilma, o honrado Renan Calheiros (PMDB). Ou seja, o PT parece mais perdido que cachorro que caiu de caminhão de mudança. 

Defender o governo petista é apostar na desgraça do Brasil. Hoje mesmo, a imprensa anuncia medidas para conter a crise econômica que são as mesmas adotadas no governo anterior, de nefasto Guido Mantega, o ministro mais mentiroso e incompetente que o Brasil já teve. Ampliar o crédito dos bancos oficiais para a indústria é jogar dinheiro podre na praça, pois será comido pela inflação. Em passado recente a medida produziu euforia curta e resultados sofríveis para os números da economia. A inadimplência hoje bate recordes. O Brasil está entrando numa recessão e o governo petista insiste em aplicar as mesmas medidas que provocaram essa recessão.

E dar espaço nobre para os que defendem esse governo e ainda por cima zombam do maior movimento popular que o Brasil teve desde as “diretas já” sem contestar os absurdos proferidos, é apostar no suicídio econômico. 

A crise atinge também o setor da imprensa no Brasil, como todos sabemos, e a situação do Correio Popular, pelas inúmeras demissões ocorridas neste ano, não deve ser boa. Pois esse tipo de comportamento editorial, por destoar da realidade e agredir o bom senso, afugenta ainda mais leitores e anunciantes. Lamentável. 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

FHC muda discurso e apoia impeachment


A nova postura de Fernando Henrique Cardoso diante da crise política e econômica por que passa o Brasil é importante elemento para a concretização de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Para a mudança de opinião de FHC contribuiu, e muito, o protesto de domingo passado em todas as grandes cidades brasileiras. Mas não deve ter sido só isso. O site O Antagonista revela que FHC conversou com pessoas que mostraram a ele que a situação das finanças do país está se deteriorando diariamente. E que militares disseram ao ex-presidente que a queda de Dilma através da cassação pelo TSE da chapa eleita, colocaria Eduardo Cunha para uma transição de 90 dias que poderia piorar em muito a situação do país.

Diante do quadro, FHC, inteligente que é, não teve dúvidas em mudar sua posição: chamou Alckmin e Aécio e enquadrou os dois no novo discurso do partido: o PSDB votará a favor do impeachment de Dilma, o que colocará Michel Temer (PMDB) no poder. O ex-presidente já deve ter conversado com Temer e acertado um apoio do PSDB ao seu governo, desde que, é óbvio, o PT seja afastado.

Com Temer, algumas reformas urgentes poderiam ser realizadas, como a diminuição do número de ministérios, o aprofundamento das investigações com apoio total às CPIs do BNDES e dos fundos de pensão, o apoio às investigações da Lava Jata (se bem que o juiz Sérgio Moro está se virando bem apesar da pressão que sofre do governo), o redirecionamento de investimentos e outras medidas que trariam o apoio do povo em geral e dos investidores internacionais.

Com isso a sangria do real poderia estancar, a inflação começaria a ser novamente dominada e, apesar dos sacrifícios que o país terá de fazer para sair do buraco em que o PT o meteu, o caminho para um futuro melhor em curto prazo (um ano mais ou menos) estaria traçado e teria apoio popular, com certeza.

O PT iria para a oposição totalmente desacreditado, pois seria o principal responsável pela situação do país e dificilmente teria força para impedir as reformas necessárias. E se houvesse algum tipo de reação violenta como já sugeriram o chefe do MST e o presidente da CUT, o Exército está aí para garantir a paz constitucional que o país e seu povo necessitam para se desenvolver.

O fato é que só com a saída de Dilma e do PT do poder o Brasil conseguirá traçar um rumo confiável. E com uma vantagem extra: vamos parar de sentir vergonha pelos discursos desconexos, pelas frases sem sentido e pelos absurdos que Dilma profere quando fala de improviso. Temer sabe discursar sem ofender a língua portuguesa, a lógica e o pensamento linear. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Campinas: mais um vergonhoso recorde?

Além da vergonhosa epidemia de dengue em Campinas que chegou a quase 60 mil casos, recorde brasileiro, o governo Jonas Donizette (PSB) parece estar querendo quebrar outro recorde para a cidade: o de ser o governo que teve o maior número de editais de licitação questionados, cancelados e refeitos por conterem erros que levantavam inúmeras suspeitas sobre a possibilidade da obra e a lisura da disputa.

Já ocorreram inúmeros casos no atual governo. O mais recente é o edital para a escolha da empresa que vai construir o malfadado teatro de ópera, lá no Parque Ecológico, às custas do Tesouro estadual. Serão 78 milhões de reais gastos com um teatro para ter uma ou duas óperas por ano.

Independente da quase inutilidade do equipamento, já é a segunda vez que o edital para a escolha da empresa é cancelado. Na primeira vez, em março deste ano, o cancelamento foi pedido pela Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura  que alegou que precisava rever as especificações técnicas para, se necessário, fazer alterações no edital. Na época, a previsão de início das obras era para junho passado.

Pois bem, a Secretaria deve ter revisto as especificações técnicas, feito as alterações necessárias e o edital foi colocado de novo na praça. Os envelopes com as propostas das empresas iam ser abertos nesta terça-feira, dia 18. Mas o que aconteceu foi uma avalanche de questionamentos: nada menos que 10 empresas fizeram 120 questionamentos para os itens do edital. E olha que eles já haviam sido revistos e alterados pela Secretaria de Infraestrutura.

Como não foi possível responder a todos os questionamentos, foi anunciado, na sexta-feira passada, que o edital estava novamente suspenso. E o início das obras, de julho junho passado, agora está previsto para, no mínimo, outubro desse ano. Se começar, a previsão é que em outubro de 2017 inaugurem o treco. Isso se a Prefeitura conseguir fazer um edital correto, o que, parece, está cada vez mais difícil lá pelas bandas do Palácio dos Jequitibás.

O que resta à agonizante esquerda


Vejo numa página do Correio Popular de Campinas que grupelhos de esquerda apelam a pichações em muros da cidade para externar seus pontos de vista contra as manifestações que estão ocorrendo em todo país e que visam tirar do poder, democraticamente, o PT que, desde 2003, vem praticando uma série de crimes contra os cofres públicos e contra inúmeras leis do país.

Antes de falar do “conteúdo” dessas pichações, cabe um comentário paralelo, mas muito a propósito. Recentemente, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), na sua ânsia de produzir uma agenda positiva, plagiou uma lei já existente – do vereador Artur Orsi – para tentar ganhar pontos junto à opinião pública. A lei é exatamente contra as pichações às quais agora um grupelho de esquerda apela para tentar se fazer ouvir.

Curiosamente, o prefeito que reforçou com seu plágio a lei contra as pichações é do Partido Socialista Brasileiro. E a “juventude” que burlou a lei é a União da Juventude Socialista...

Como confessaram ação, a Justiça poderia indiciá-los para que respondam pelo ato. Fica a sugestão. Alias, se a Prefeitura não tomar alguma iniciativa para denunciá-los à Justiça, estará desmoralizando, logo de cara, o “empenho” do prefeito em acabar com as pichações na cidade.

Dado o aviso, resta dizer que as fotos estampadas no jornal não deixam dúvida: não resta a essa esquerda retrógrada senão  manifestar-se ilegalmente contra um movimento legal. É mais uma tentativa de enganar o povo, como eles sempre fizeram na história recente do mundo.

Em segundo lugar, a “mensagem” que tentam passar é da mais absoluta ignorância: não há qualquer tentativa de golpe no país e nem há qualquer fascismo nas manifestações. Aliás, chamar alguém de fascista é moda entre a esquerda desde quando ela descobriu que não há diferença nos métodos fascistas, comunistas ou socialistas. Ou seja, é a prática de esquerda que se assemelha às práticas fascistas é e muitas vezes são muito piores. Vai daí, obedecendo cegamente a um dos “ensinamentos” de Lênin, a esquerda acusa seus adversários de ser o que ela é. Simples assim.

E, ademais, não representam ninguém. Aliás, nunca representaram. O único partido de esquerda que teve votos no Brasil foi o PT e deu no que deu. O resto é fantasia.

Uma historinha real ilustra bem essa insignificância. Quando a ditadura militar estava no fim e a lei da anistia ampla, geral e irrestrita foi aprovada, um grupelho ligado ao PC do B andou pichando paredes em Campinas, principalmente do Cambuí, com a frase “João Amazonas vem aí” e, abaixo da frase, o nome do aeroporto (Viracopos) e a data do desembarque. Ninguém, a não ser o grupelho do partido, conhecia João Amazonas por aqui, mas as frases acabaram intrigando algumas pessoas.

Uns dois meses depois da data pichada, passei numa rua do Cambuí e li uma frase também pichada num muro: “Cadê o João Amazonas?”. Pois é, ele tinha chagado em Viracopos, tinha sido recebido talvez só pelos antigos pichadores e desaparecido por aí. Depois chegou a ter algum destaque, não sei se foi eleito para algum cargo, mas a influência dele no Brasil, ou na política brasileira, foi zero.

É mais ou menos o que acontece com esse grupelho de esquerda: não representa ninguém, não tem voz ativa em nada, se tiver votos não elege um vereador em Campinas e ainda suja as paredes da já suja Campinas com frases que não têm nada a ver com a realidade. É o que resta à agonizante esquerda brasileira.

sábado, 15 de agosto de 2015

Uber: vereadores de Campinas optam pelo atraso

Campinas, um dos centros tecnológicos mais avançados do país, está em vias, quem diria, de proibir totalmente o Uber na cidade. Um projeto de lei impedindo a adoção do sistema por aqui foi aprovado em primeira instância na Câmara e tudo indica que será aprovado definitivamente.

A proibição é a mesma coisa que querer tapar o sol com a peneira. Os vereadores assumiram a defesa dos taxistas usando os mesmos argumentos que os países atrasados usam diante de uma realidade que modifica – no caso para melhor – um serviço. De uma Câmara como a nossa, onde a grande maioria faz papel de despachante das vontades do prefeito, não se podia esperar outra coisa mesmo.

Mas acho que a posição dos vereadores apenas adia a implantação de um serviço como o Uber na cidade. Até porque, segundo um dirigente da categoria, há, em Campinas, cerca de 200 carros fazendo o papel de táxis, clandestinamente e, geralmente, de luxo. Ora, então já existe uma espécie de Uber por aí, mas contra esses, estranhamente, os vereadores nunca se levantaram.

A questão, contudo, envolve valores bem mais importantes do que a simples disputa entre taxistas e um serviço maios moderno, mais barato e melhor. Ela envolve importante questão do capitalismo, como explica o livro “Salvando o Capitalismo dos Capitalistas”, de Raghuram G. Rajan e Luigi Zingales, Trecho desse livro, que aborda a questão dos táxis nas grandes cidades, foi publicado recentemente no blog do jornalista Fernão de Lara Mesquita. A leitura do capítulo, que publico abaixo, explica muita coisa que está acontecendo no episódio taxistas X Uber.

Dois economistas, Mancur Olsen e George Stigler, argumentaram em trabalhos separados que pequenos grupos de interesse concentrados têm poder desproporcional nas democracias. Esta ideia, que firmou raízes na Universidade de Chicago, é simples e poderosa. Um exemplo pode esclarecer a lógica do argumento.

Em muitas cidades do mundo desenvolvido, o numero de táxis em circulação é rigorosamente regulamentado. A maioria das cidades distribui licenças que dão ao proprietário o direito de conduzir um táxi. Em Nova York esse numero é exatamente 11.787 e nos últimos cinco anos não foram emitidas quaisquer novas autorizações. Quem desejar operar um táxi precisa adquirir a licença de um taxista já licenciado. Os preços das licenças podem chegar a patamares extremamente altos (mais de US$ 200 mil no caso de Nova York na época que o livro foi escrito) sugerindo que a demanda excede amplamente a oferta.

Do ponto de vista de um economista isso é uma aberração. O alto preço das licenças sugere que há entrantes em potencial que desejariam dirigir táxis mas não podem fazê-lo. Essa restrição à operação do mercado parece inadequada. Contudo o público raramente protesta, mesmo quando a grande dificuldade de conseguir um táxi lhe causa inconvenientes.

Quando se pergunta à prefeitura, a explicação habitual é que as restrições à concessão de novas licenças resultam de alguma combinação de motivos estéticos, ambientais e de qualidade de serviço. Maior número de licenças implicaria ruas mais congestionadas e motoristas menos polidos. Além disso, uma concorrência acirrada entre taxistas não favoreceria o público em geral porque haveria menos incentivo à manutenção da frota ou à contratação de motoristas mais educados e competentes.

Esses argumentos são falaciosos. A maioria das cidades não impõe qualificações mínimas para motoristas de táxi. Os proprietários de licenças não têm maiores incentivos para contratar melhores motoristas (ou para a manutenção de veículos) simplesmente porque há barreiras à concorrência; na realidade eles têm menos incentivo do que se vigorasse a concorrência. A razão verdadeira para a restrição à concorrência é a óbvia: os detentores de licenças se beneficiam.

Como é que eles conseguem isso? A resposta é simples. Os governos de países democráticos reagem a pressões. Grupos organizados podem exercer mais pressão do que os desorganizados: podem pagar anúncios na televisão; podem falar com funcionários da prefeitura, podem contribuir generosamente para campanhas eleitorais … quais os grupos mais fáceis de organizar? Um pequeno grupo como os de proprietários de licenças para dirigir táxis tem interesses comuns e se reúne regularmente em eventos ligados ao ramo. Pode elaborar rapidamente uma pauta consensual. Já o público em geral é formado por pessoas com motivações e gostos muito diferentes. Todos partem de diferentes locais. É difícil organizar qualquer encontro, quanto mais falar com a mesma voz.

Os clientes se beneficiam de um mercado de táxis concorrencial. Mas cada um deles é pouco beneficiado pelo aumento no número de táxis, em geral demasiado pouco para justificar qualquer envolvimento político. Além disso, os clientes estão dispersos, muitos deles moram fora da cidade, de modo que o custo de ações coordenadas se torna proibitivo. Também é oneroso para qualquer um deles se informar a respeito dos pormenores do problema, se os taxistas e a prefeitura estão certos do ponto de vista econômico ou se estão escondendo a ganância por trás de argumentos falaciosos. 

Essa ignorância racional é exacerbada pela facilidade com que cada cliente individualmente pode se esconder atrás do grande número de outros clientes e tentar pegar uma carona em suas atividades políticas.

Já cada um dos donos de táxi é muito afetado pela concessão de novas licenças e tem incentivos para se informar de suas opções políticas. Portanto, os proprietários formam um pequeno grupo bem identificado, que pode facilmente atuar de forma coordenada. Em consequência, mesmo numa democracia, seus interesses muitas vezes prevalecem, apesar da ineficiência das restrições que defendem.

Os economistas não podem ver ineficiências sem perguntar se não haveria uma maneira melhor de fazer. Se os proprietários de táxi têm tanto poder político, não poderiam aceitar abrir mão de seus privilégios em troca de um pagamento por parte dos clientes? Afinal, todos ficariam em melhor situação.

Infelizmente essas trocas não ocorrem. A falácia dos argumentos dos taxistas em favor das restrições seria revelada (afinal eles estariam dispostos a abrir mão da restrição em troca de dinheiro e aí ficaria claro que a sociedade não estaria no caminho da perdição com o aumento do número de licenças). E ao deixar de ser ignorante o público poderia votar pela expansão do número de licenças deixando taxistas em pior situação do que antes.

De modo mais geral, os privilégios políticos são às vezes tão tênues que não podem ser negociados porque o ato de negociá-los os destruiria. 

Agora podemos ver como este marco de referência pode explicar por que é possível atrasar o desenvolvimento financeiro.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Campinas é notícia em O Antagonista

Um antigo, pero no mucho, personagem do malfadado governo do “doutor” Hélio em Campinas foi citado, na noite desta sexta-feira, no blog O Antagonista. E foi citado num mesmo post em que suspeitas idas a Portugal de Lula e Zé Dirceu são mais ou menos detalhadas.

O personagem é Luis Carlos da Rocha Gaspar que, durante quase nove anos, presidiu meio anonimamente (explico mais adiante) o Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec). Leiam o que saiu em O Antagonista. Eu volto depois.

Em julho de 2010, o superconsultor José Dirceu integrou uma missão oficial liderada por Lula a Cascais. O Antagonista já mencionou aqui o interesse de Lula pelo balneário português e a menção no caderno vermelho da JD Consultoria a uma certa "Quinta" na freguesia de Parede, lá mesmo, em Cascais. A viagem tinha como objetivo "internacionalizar o Polo de Alta Tecnologia de Campinas", conhecido como CIATEC, então dirigido por um velho amigo de Dirceu de seu exílio cubano, o ex-guerrilheiro Luis Carlos da Rocha Gaspar. Campinas era administrada por outro amigo de Dirceu, o Dr. Hélio, depois condenado por improbidade administrativa - um legado petista.

A programação do evento previa uma palestra de Dirceu: "Brasil e sua estratégia na área de Alta Tecnologia, Integração Brasil e Comunidade Europeia, em especial Portugal". Não se tem notícia dos frutos dessa viagem e Gaspar desapareceu do noticiário após deixar o Ciatec e ser citado a devolver honorários indevidos que embolsou enquanto estava lá.

O Antagonista gostaria de saber o paradeiro de Gaspar e se ele sabe algo sobre a tal "Quinta".

Por onde andas, Gaspar?

Pois é, as intenções de Lula e Zé Dirceu não foram anunciadas nem em Campinas à época, talvez por que Gaspar, sem trocadilho, era um espécie de funcionário fantasma. Se deu uma entrevista durante os quase 8 anos que permaneceu na Ciatec foi muito. Eu mesmo, que escrevia o Xeque Mate no Correio até 2007, consegui falar com ele apenas uma vez, numa entrevista de rádio, curta e sem muita possibilidade de entrar em detalhes.

E a história desse amigão de Zé Dirceu em Campinas começou – segundo fontes que me informaram à época, mas sem que eu conseguisse comprovar – entre o primeiro e o segundo turno da campanha eleitoral de 2004. Hélio e Carlos Sampaio disputavam um segundo turno que tinha o tucano como franco favorito. Hélio, sem recursos para continuar a campanha – ele não esperava chegar ao segundo turno – chegou a pensar em desistir. Mas, de repente, apareceu uma ajuda milagrosa de Brasília.

O então todo-poderoso Zé Dirceu, ao perceber uma possibilidade de derrotar o PSDB numa cidade muito importante, mandou recursos para Hélio. E quem os trouxe foi exatamente Gaspar. Nenhum personagem envolvido na campanha de Hélio confirma a quantia que chegou. Os números, sempre ditos à boca pequena, variavam entre três e cinco milhões de reais. In cash, em malas. Caixa 2, naturalmente.

Hélio ganhou de Carlão, numa virada histórica e o desconhecido Gaspar foi nomeado para a Ciatec. E por lá ficou, calado e mudo.

Mas o fato é que Campinas talvez tenha sido uma das cidades que mais receberam recursos federais durante o governo de Hélio. O então secretário de Comunicação municipal, Francisco de Lagos, me disse que foram R$ 500 milhões que Lula despejou aqui entre 2005 e 2008. Hélio foi reeleito no primeiro turno em 2008, dando uma surra histórica no PSDB que teve novamente Carlos Sampaio como candidato.

Na curta entrevista que Gaspar deu à Rádio Cultura AM (então reproduzindo a programação da Rádio Globo de São Paulo), num programa comandado por Angelo Barione, onde eu participava, por telefone, por uns 15 minutos, perguntei a Gaspar se era verdade a grande amizade com Zé Dirceu. Ele confirmou e disse que a amizade vinha de longe, “desde Cuba”. Sobre recursos para a campanha de Hélio que ele teria trazido, disse que jamais se prestou a tal serviço, o que era uma resposta mais que óbvia.

Em dezembro de 2005, bem antes dessa entrevista, Dirceu foi cassado, na esteira do Mensalão, ele que já havia perdido o cargo de principal ministro de Lula. Mas continuava influente, como sabemos hoje, já que continuou mandando em muita coisa, recebendo dinheiro de propina e fazendo “consultorias” de interesse tanto de empresas quanto do governo, principalmente do chefe Lula, como essa noticiada por O Antagonista – uma viagem a Portugal que grandes empresas estavam negociando no Brasil, acompanhado de Lula.

E o poder de Dirceu foi suficiente para manter seu amigo no cargo aqui em Campinas até depois que Hélio foi cassado. Gaspar só foi demitido em dezembro de 2013, por Jonas Donizette (PSB) que havia assumido em janeiro daquele ano, substituindo Pedro Serafim (PDT) que havia substituído os dois cassados por corrupção: o “doutor” Hélio (PDT) e seu vice Demétrio Vilagra (PT).

Hoje, com a nota do blog de Diogo Mainardi, Mario Sabino e Claudio Dantas, ficamos sabendo a Ciatec foi usada como desculpa para “estreitar laços” entre a cúpula petista (Lula e Zé Dirceu) e empresários portugueses interessados em expandir suas empresas comprando ativos no Brasil. E como esses negócios dependiam do governo  brasileiro, nada melhor do que palestras sobre tecnologia de um centro localizado em uma cidade com fama no setor para encobrir as verdadeiras intenções de Lula e Zé Dirceu.

Não sei responder à pergunta que O Antagonista faz no final (Por onde andas, Gaspar?), pois depois que foi exonerado do cargo na Ciatec, ele sumiu mais ainda do noticiário. Se alguém souber do paradeiro do moço, pode informar ao O Antagonista.

Rabo de lagartixa

Corte o rabo de uma lagartixa. Ele vai ficar se mexendo freneticamente por alguns segundos ou minutos até descobrir que não tem mais um corpo para sustentá-lo e enfraquecerá  de vez até a “morte”. É assim que estão o governo Dilma e o PT: como rabos de lagartixa perderam a moral para exercer o poder, traíram o voto que receberam nas urnas, mentiram diuturnamente, maquiaram contas, esperneiam agora, moribundos, procurando um corpo para sustentá-los.

Apelam à procura de um corpo a movimentos sociais movidos a dinheiro público; apelam a centrais sindicais movidas a dinheiro público; apelam a grupelhos violentos movidos a dinheiro público; apelam a jornalistas e blogueiros movidos a dinheiro público e, por fim, apelam a um presidente do Senado e a outros políticos movidos a propina. É o que resta nesta agonia louca cujos principais chefes hoje desfilam sua ignorância e arrogância por palcos com plateias compradas com dinheiro público e com ordens de aplaudir até um arroto qualquer que escape dessa mulher sapiens ou do boquirroto ambulante.

Domingo que vem, a resposta ao calamitoso país em que transformaram o Brasil estará nas ruas. Serão milhões novamente a mostrar que isso tem de parar, que já não dá mais pra suportar a substituição do povo brasileiro por “movimentos” sociais criados por líderes que querem implantar por aqui uma ditadura de esquerda.

Não dá pra suportar mais a corrupção generalizada que o PT instalou em todos os setores do país. Não dá pra suportar mais a roubalheira constante, a violência gritante, a falta de projetos sérios, as obras inacabadas, os mentirosos PACs e a mentira oficializada em forma de propaganda na televisão.
Não dá pra suportar mais discursos desconexos, próprios de débeis mentais a fazer corar os cidadãos de bem desse país nem as bravatas de um líder que já foi operário e hoje é um milionário a desfilar sua ignorância e a usufruir de caros bens materiais frutos da corrupção generalizada que ele implantou e chefiou no Brasil.

O grito das ruas deste domingo é pra mostrar que não dá mais pra viver sem futuro. A saída do PT do poder, de modo legal, é a única forma para que o Brasil comece a enxergar alguma luz no fim do túnel.

E se pegarem em armas para proteger os ladrões da Pátria, como ameaçou um dos fanfarrões mantido pelo dinheiro público, eles verão que os filhos desse país generoso não fugirão à luta e saberão  defender a democracia e a liberdade.