terça-feira, 31 de março de 2015

Um manifesto mentiroso


Depois de inovar nos métodos de corrupção, fazendo-a aumentar absurdamente e bater recordes mundiais, o PT inova agora num campo que, durante muito tempo, foi considerado sagrado pelas esquerdas: o do manifesto. Sempre tido como uma palavra de ordem mais complexa, mais elucidativa, mais abrangente e, por isso mesmo, mais sério do que qualquer pronunciamento, o manifesto nas mãos do PT se tornou uma peça de humor e de desonestidade tantas são as mentiras nele contidas. O partido que conseguiu destruir a própria reputação parte agora para destruir a credibilidade dos manifestos.

Pois a reunião de ontem, 30/03, produziu a peça que corrobora a triste inovação petista. Vamos a alguns trechos dele, com comentários onde a mentira abunda.

“Nunca como antes, porém, a ofensiva de agora é uma campanha de cerco e aniquilamento. Como já propuseram no passado, é preciso acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive, criminalizar o PT — quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais.”

O “porém” na primeira linha sem que nada o justifique, já é uma inovação e tanto. Mas não é esse tipo de inovação, que agride a língua, a que me refiro. Ela vem logo a seguir, quando o partido acusa seus “inimigos” de criminalizar PT. 

Não, quem criminalizou o PT foi o Ministério Público, foi a Polícia Federal, foi a Justiça. Essas entidades costumam investigar, prender e julgar quem age fora da lei. Quem rouba, por exemplo. Se toda a esquerda roubar, ela toda será criminalizada e todos os brasileiros honestos vão pedir justiça. É assim que funcionam as democracias.

“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades."

Mais mentiras descaradas. As condenações já transitadas em julgado contra o PT se deram por crimes cometidos por sua cúpula, julgados pela mais alta corte do país com amplo direito à defesa. Para muita gente as penas foram até leves demais diante do tamanho do crime. As investigações atuais apontam crimes muito maiores, uma corrupção jamais vista no planeta e o PT está no centro dela. Mas o partido diz que é perseguido por suas virtudes...

O Plano Real tirou mais de 40 milhões de brasileiros da miséria só com o fim da inflação. Seria o caso de pensarmos, então, que o PT jamais suportou esse fato? O PT se faz de vítima para angariar simpatias dos desinformados.

“Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de País tenha sido vitorioso nas urnas. Primeiro com um operário, rompendo um preconceito ideológico secular; em seguida, com uma mulher, que jogou sua vida contra a ditadura para devolver a democracia ao Brasil.”

As vitórias do PT nas eleições presidenciais podem ter sido justas do ponto de vista numérico, mas elas não ocorreriam não fosse a desonesta campanha feita em cima do Bolsa Família, só para citar um exemplo. Projeto de país? O PT jamais teve um. Ele só teve – e tem – projeto de poder, como demonstra a atual situação do Brasil no campo econômico.

Na última campanha de Dilma, o uso da máquina pública foi vergonhoso e já há decisões caminhando para a constatação do uso dos Correios para favorecer a candidata. De resto, hoje, a rejeição ao governo petista, mesmo daqueles que nele votaram, atingem patamares estratosféricos. Se a eleição fosse hoje nenhum candidato petista conseguiria chegar sequer ao segundo turno.

E o parágrafo é completado com uma mentira que segue a estratégia nazista de repeti-la ao máximo para que se torne verdade: a de que Dilma lutou para devolver a democracia ao Brasil. Mentira total! Ela e seu grupo terrorista queriam implantar uma ditadura comunista no Brasil, como provam documentos do próprio grupo. Jamais pensaram sequer num regime democrático, com eleições gerais. O PT mente descaradamente sobre esse fato.

"Maus perdedores no jogo democrático, tentam agora reverter, sem eleições, o resultado eleitoral. Em função dos escândalos da Petrobrás, denunciados e investigados sob nosso governo -– algo que não ocorria em governos anteriores –, querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia, em um contexto adverso de crise mundial prolongada.”

Não, ninguém quer reverter o resultado das eleições. O Brasil em sua grande maioria só quer que os corruptos e incompetentes sejam democraticamente afastados do poder para que o país possa retomar seu rumo de desenvolvimento sem roubalheiras.

A PF e o MP sempre investigaram corrupção. E teriam investigado muito mais agora se o PT não tivesse impedido muitas investigações.

O "contexto adverso da crise mundial" já passou faz tempo. Foram os erros do PT na época das vacas gordas, que provocaram a atual crise brasileira. Não há um analista de economia sério que não tenha previsto que aquilo ia dar nisso. 

Agora a joia maior dessa estrovenga produzida pelo PT:

"Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores, nos marcos do Estado Democrático de Direito. E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.”

A única verdade está na primeira frase:“Como já reiteramos em outras ocasiões...”. Sim o PT já falou a mesma coisa durante o mensalão e não cumpriu.  Zé Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio Soares – todos condenados como corruptos pelo STF – não foram expulsos do partido e são tratados como heróis, recebidos com festa onde aparecem. Os petistas  lambem os sacos desses bandidos como sabujos e depois se dizem perseguidos.


Com nem eu - que estou acostumado com políticos - estou aguentando tanta mentira, vou parar por aqui. O resto do “manifesto” segue o mesmo padrão da farsa e da desonestidade, mantos sob os quais esse moribundo partido hoje se abriga. 

Sanasa paga R$ 17,6 milhões em indenizações trabalhistas e tem prejuízo de R$ 18,7 milhões em 2014

A Sanasa – empresa pública de Campinas responsável pelo saneamento básico (água e esgoto)  publicou hoje seu balanço anual, relativo a 2014, onde se constata que ela teve um prejuízo de R$ 18,7 milhões. Um prejuízo considerável, pois o faturamento total da empresa não chegou a R$ 570 milhões em todo ano. 

Entre os problemas apontados pela empresa – crise hídrica, economia no consumo por parte da população acarretando faturamento menor, mais gastos com o tratamento, pois com menos água no rio, a poluição aumenta – teve um, informado pelo Blog da Rose (ele não consta das explicações oficiais) que fugiu do padrão de uma empresa pública: nada menos que R$ 17,6 milhões pagos em indenizações trabalhistas. Só esse valor atinge 95% do total do prejuízo operacional em 2014. Ou seja, mesmo com a crise hídrica e todas as suas consequências, caso não houvesse esse inacreditável valor em indenizações trabalhistas, a Sanasa teria um prejuízo de apenas R$ 1,1 milhão, 95% menor do que o que teve.

O fato chama atenção porque, durante todo o ano, não houve notícia de que a Sanasa tenha efetuado uma demissão em massa, o que justificaria um grande valor em indenizações. Se não houve demissão em massa, como e a quem a empresa pagou indenizações desse tamanho?

Como se trata de uma empresa pública, é necessário que a população que a sustenta, tenha conhecimento do que ocorre na Gerência de Recursos Humanos da empresa para se chegar ao ponto de, em um ano, a empresa desembolsar R$ 17,6 milhões para indenizações trabalhistas, valor esse responsável por quase todo o prejuízo da Sanasa em 2014.


Os vereadores de oposição – são bem poucos, infelizmente – bem que poderiam exigir que a Sanasa demonstre por que e com quem gastou tanto dinheiro assim. Se ela se recusar, é bem provável que estejamos diante de algum fato que mereça uma investigação mais apurada do Ministério Público. 

Mais um motivo

Maria do Rosário, aquela petista que era secretária de Direitos Humanos, mas que só defendia os direitos humanos se o governo que os desrespeitasse não fosse de esquerda, tano que nada fez contra as barbaridades que Cuba faz com seus médicos aqui no Brasil, escreveu artigo na Folha hoje contra a reforma política que o Congresso pretende realizar. Ela é contra o voto facultativo, contra o voto distrital e é ser a favor do financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. A esquerda é assim mesmo: é a favor de tudo que lhe dê vantagem. Se amanhã essas “bandeiras” pudessem prejudicar o partido, ela se posicionaria contra todas elas, sem problemas éticos ou morais.

Eu sou a favor do financiamento privado com regras claras, do voto facultativo e do voto distrital. E agora tenho mais um motivo par continuar sendo a favor de tudo isso: a Maria do Rosário é contra. 

O moribundo PT


Depois de ler o manifesto divulgado na noite de ontem, conclui que o moribundo PT se faz de vítima para ver se consegue fazer mais vítimas. 



segunda-feira, 30 de março de 2015

O BNDES e sua caixa preta

O BNDES perdeu uma grana preta com os investimentos que fez na Petrobras. Tentou disfarçar no balanço, mas não deu muito certo. Anunciou lucro líquido de R$ 8,59 bilhões, mas uma auditoria independente assinalou que o lucro está inflado em R$ 1,6 bilhão. Ou seja, o lucro real é de R$ 6,99 bilhões. É, claro, lucro considerável, mas perde bastante consistência quando se olha para o ativo do banco na praça: R$ 877,21 bilhões. Ou seja, o banco lucrou menos de 1% sobre seu ativo.

Tudo bem, não teve prejuízo e como se trata de um banco público e só existe para investir no desenvolvimento do país, um lucro mínimo já estaria de bom tamanho se ele cumprisse à risca o objetivo para o qual foi criado.

Só que há um problema que costuma ser esquecido na hora do balanço anual do BNDES. O dinheiro que ele empresta é, em sua grande maioria, oriundo do Tesouro. E como o governo não produz bens que resultem em dinheiro, o que o governo repassa para o BNDES é dinheiro tomado na praça pelo qual paga o juro previsto na taxa Selic, que está atualmente na casa dos 12,75% ao ano. Para pagar esses juros ou o governo faz outros empréstimos ou aumenta os impostos. Ou ambos. Nós pagamos de qualquer jeito.  

Mas o BNDES empresta dinheiro a empresas com juros muito menores que a taxa Selic. Coisa de 4%, 5% ao ano, não mais que isso.  A diferença entre o que o governo paga de juros e o que o BNDES recebe de juros pelo mesmo dinheiro deveria ser coberta pelos impostos que as empresas passam a pagar com o crescimento proporcionado pelo dinheiro barato do banco.

Aí é que mora o perigo, pois como todos sabemos, a “política” de empréstimos a juros baratos do BNDES é contaminada por uma visão distorcida da economia, onde a “ajuda” a empresários amigos e/ou países ideologicamente alinhados com o viés esquerdista do governo petista têm preferência.

Assim, bilhões foram gastos com financiamentos a países africanos, governados por cruéis ditaduras, desde que contratassem para as obras algumas empresas brasileiras. Do mesmo modo, parcerias com a ditadura cubana para a construção lá do que falta aqui, sem que as negociações entre o banco e o país ou entre o banco e a empreiteira brasileira sejam do conhecimento do público, da imprensa ou mesmo do Congresso que deveria fiscalizar tais transações, pois foram colocadas sob um selo de “secretas”, com a esfarrapada desculpa de que envolveriam segredos comerciais.

Do mesmo modo, parcerias que não deram em nada com a falida Venezuela de Chávez ou mesmo atualmente, com o ditador Maduro. – A Usina Abreu e Lima por exemplo, que deveria ser paga pelos dois países, acabou sendo uma “sociedade de um sócio só”, pois Chávez não honrou sua parte em momento algum.

Com a Bolívia a mesma coisa, o mesmo estilo: empréstimos secretos a juros baixos, sem garantias visíveis de que as parcelas serão pagas, ou mesmo de quando essas parcelas começarão a ser pagas.
Internamente, os grandes empréstimos também geraram grandes desconfianças. O Grupo JBS-Friboi recebeu bilhões do BNDES e foi o maior financiador da campanha eleitoral do PT... Outro grande cliente do BNDES foi o notório e atualmente falido Eike Batista. E há outros por aí que ainda não alcançaram o noticiário político-policial, mas não deve demorar pra que isso aconteça.

O fato é que o BNDES, nas mãos do PT, virou o que muitos analistas e políticos da oposição estão chamando de “caixa preta” cuja investigação – há uma tentativa de se criar uma CPI específica para as negociatas do banco – pode resultar num escândalo maior que o Petrolão.


Por fim, para se ter uma ideia do que só estrago que o PT causou na  Petrobras provocou no BNDES, leiam o trecho seguinte, publicado do site da Veja (os grifos são meus): “O banco de fomento detém 17,24% de participação no capital da Petrobras. Essa fatia encerrou 2014 valendo 22,48 bilhões de reais, queda de 40,4% em relação aos 37,72 bilhões de reais de 2013 e um tombo de 44,2% ante o valor de setembro do ano passado (40,31 bilhões de reais).

Por que ir às ruas


Quando comecei a acompanhar política no Brasil com um interesse maior vivíamos em plena ditadura militar. Foi ali pelos 16, 17 anos, nos anos da graça (sem graça, aliás) de 1967/68. O regime militar se fortalecia, a população apoiava e, com o recrudescimento da esquerda, os militares julgaram, erroneamente a meu ver, que ela teria força para arregimentar exércitos de “oprimidos” e lutar pelo fim da ditadura de direita.

Mas, pelo sim, pelo não, a linha dura do Exército (que era, das três forças a que realmente mandava) decidiu fechar o tempo. E veio o AI-5, o fechamento do Congresso, cassações em massa, prisões dos mais radicais, tortura, mortes, censura brava sobre tudo, imprensa vigiadíssima e “gente falando de lado e olhando pro chão”, como disse o poeta.

A partir de 68, a coisa ficou feia mesmo, inclusive pelos que rejeitavam qualquer aventura armada e, dentro do então valente e MDB, tentavam fazer uma oposição dentro do que era permitido pelos milicos. O Brasil vivia uma ditadura, que não era tão dura quanto outras no Cone Sul e muito mais branda que as mais famosas de esquerda, como Rússia, China e Cuba. Mas era uma ditadura, havia censura e prisões de políticos e terroristas de esquerda.

Foi nesse ambiente que fui me familiarizando com a política brasileira. A crise da ditadura no governo do último general, João Batista Figueiredo, que se dizia intelectual porque tinha sido bom aluno em matemática, se arrastou por longos anos, até desembocar na eleição indireta de Tancredo Neves (elogiado e tido como confiável pelos milicos) que encerrou o último ciclo verde-oliva no Brasil.

Encerrou o ciclo, mas, eleito, não tomou posse, morrendo antes e dando lugar a seu vice, José Sarney que, guindado à presidência, saiu de lá bilionário, deixando o país sem qualquer rumo para um futuro melhor: a dívida externa era enorme, a inflação galopante, a moeda apanhava de quase todas as outras e os investimentos externos enfrentavam formidável barreira que, teoricamente, fariam a indústria nacional progredir. Na prática o efeito era outro: um atraso total resultante da ausência de concorrência que gerava lucro fácil. Vivíamos uns 10 a 15 anos atrasados em relação ao primeiro mundo.

Mas a democracia imperou – um rival de Sarney foi eleito democraticamente com um discurso que tinha de moralizador o que tinha de falso. Fernando Collor de Mello foi um embuste que não conseguiu resolver o problema econômico apesar de ter capado até a poupança dos brasileiros todos; teve a corrupção como marca de seu governo e não conseguiu costurar alianças que o garantissem no posto para o qual fora eleito. Cassado por corrupção e incompetência, deu lugar a um político quase folclórico, seu vice Itamar Franco, que hoje as esquerdas querem idolatrar não pelo que ele fez, mas por ter se oposto a Fernando Henrique depois que deixou o governo, mas isso é outra história.

Itamar, sem poder contar com o PMDB, com o qual tinha brigado para ser vice de Collor, sem ter qualquer simpatia pelo PT, que esteve à frente do processo de cassação do presidente, se voltou para a terceira força política da época, o recém-criado PSDB, que ostentava alguns bons quadros políticos e parecia ter vocação para administração.

Mas apenas o convite e a participação do PSDB de forma burocrática, estavam fazendo do governo de Itamar uma continuação do de Collor sem a corrupção descarada. A economia continuava vivendo de improvisos quase diários e o país continuava a patinar na lama da inflação elevada.
O convite a Fernando Henrique para que ele fosse o Ministro da Fazenda (ele era o ministro das Relações Exteriores), foi o início da mudança que realmente iria colocar o Brasil no conserto mundial das nações, fazendo com que o mundo desenvolvido, num futuro muito próximo, começasse a prestar atenção na parte mais ao Sul da América Latina.

Fernando Henrique exigiu carta branca de Itamar e montou uma equipe com duas missões: tocar a economia com o mínimo de desvios para manter o país funcionando e criar um plano que tivesse uma base sustentável para acabar de vez com a inflação. E, claro, fazer com que o desenvolvimento alcançasse os necessários graus para melhorar a vida do maior número possível de brasileiros.

A menos de seis meses da eleição presidencial, o Plano Real foi lançado e seu sucesso foi tanto que alavancou a candidatura do ministro da Fazenda a presidente, cargo para o qual Fernando Henrique foi eleito e reeleito, em primeiro turno. E o Brasil deixou de ser uma economia de terceiro mundo para entrar no rol dos países em desenvolvimento. 

Ao deixar o governo para dar posse a Luís Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique lhe entregou um país que só necessitava aumentar as exportações para dar outro grande salto. Lula percebeu e, sorte dele, a economia mundial atravessava grande fase. A China e os EUA se transformaram em grandes compradores de produtos brasileiros e os bilhões de dólares que entravam no caixa do Tesouro levaram o Brasil a se destacar no mundo todo.

O caminho estava ali, aos olhos das autoridades e bastava cumprir o manual usado por todos os países que se desenvolveram de modo sustentável, para que hoje fôssemos parte integrante, se não do primeiro mundo, mas de uma sociedade mundial que esbanjaria confiança e teria nos resultados internos a garantia de que não se voltaria atrás jamais.

Infelizmente, não foi isso que ocorreu e a história deverá ser severa com Lula e seu PT que, eivados de uma ideologia que fica entre a esquerda radical e o populismo barato, acabaram por transformar o Brasil numa piada internacional, num mar de corruptos como jamais se viu na nossa história; num país que conseguiu transformar a maior empresa estatal – e uma das maiores do mundo – num feudo de canalhas a serviço dos próprios bolsos e à compra de políticos, deixando-a à beira da falência.

E é nesse terrível cenário que grande parte da população brasileira pretende ir novamente às ruas para dar um basta na situação. A volta da inflação num ambiente corrupto lembra os piores momentos de Sarney e Collor; os investimentos fugindo do país, o desemprego aumentando, os “pacotes” com mais impostos ainda para solucionar problemas criados pelo próprio governo, os preços aumentando mais que os salários, enfim, motivos não faltam para que o povo nas ruas exija o fim imediato desse governo e o início de uma coalizão política com novos e confiáveis personagens para retomar a confiança e fazer as mudanças necessárias para colocar novamente o Brasil no rumo saudável do desenvolvimento. Rumo esse que o PT, com sua ideologia confusa e atrasada e com uma formidável incompetência para a administração, acabou fazendo o Brasil dele se desviar.


As ruas de 12 de abril vão exigir que Dilma e o PT devolvam o Brasil aos verdadeiros brasileiros.

Nosso grito

Vamo que vamo! Nosso grito dia 12 de abril.


domingo, 29 de março de 2015

Uma grande farsa chama Paulo Freire

O artigo abaixo é muito importante para quem já ouviu falar muito de Paulo Freire, mas nunca leu nada dele. Ou não leu esse “best-seller”  das esquerdas chamado “Pedagogia do Oprimido”. O autor da resenha, Marcelo Centenaro, mostra a grande farsa que se instalou na Educação brasileira a partir do endeusamento de um marxista radical. O ensino brasileiro, principalmente a base dele, é podre há várias décadas. Um dos motivos é tentar seguir o que esse admirador de ditadores assassinos travestido de educador escreveu. 

Pedagogia do Oprimido

Marcelo Centenaro

No final de 2014, conversei sobre Paulo Freire com uma pessoa de quem gosto muito e que tem opiniões opostas às minhas. Ela perguntou se eu tinha lido algum dos livros dele. Só A Importância do Ato de Ler, mas há tanto tempo que não me lembro de quase nada, respondi. Nunca li Pedagogia do Oprimido, confessei. Você não pode criticar o que não conhece, acusou ela. Prometi que leriaPedagogia do Oprimido e escreveria uma resenha. Aqui está.

Não é uma leitura fácil. Embora o livro não seja extenso, com pouco mais de 100 páginas, levei dois meses para terminar. Achei a linguagem confusa, com termos inventados ou palavras às quais o autor atribui um sentido peculiar, sem contudo definir claramente esse sentido. Muitas vezes, não há um encadeamento lógico entre um parágrafo e o seguinte, entre uma frase e a próxima, entre uma idéia e outra. Nesse aspecto, lembra muito o estilo do Alcorão. Paulo Freire tem um cacoete de separar os prefixos dos radicais das palavras (co-laboração, ad-mirar, re-criar), como se isso significasse alguma coisa. Há muitas passagens com sentido obscuro (vejam algumas abaixo), muitas repetições, citações de supostas autoridades em educação (como Mao, Lênin, Che, Fidel e Frantz Fanon) e menções freqüentes a que se vai voltar ao assunto depois ou a que já se tratou dele antes.

Logo na introdução, somos brindados com esta afirmação: “Se a sectarização, como afirmamos, é o próprio do reacionário, a radicalização é o próprio do revolucionário. Dai que a pedagogia do oprimido, que implica numa tarefa radical cujas linhas introdutórias pretendemos apresentar neste ensaio e a própria leitura deste texto não possam ser realizadas por sectários.” Minha leitura deste trecho é: “Só quem já concorda comigo pode ler o que escrevo.”

Vou apresentar a seguir o que entendi do livro, procurando ao máximo omitir minhas opiniões, que guardarei para o final da resenha.

Paulo Freire descreve dois tipos de educação, uma característica de uma sociedade opressora, outra característica de uma sociedade livre, ou que luta para se libertar. A educação da sociedade opressora é chamada de “bancária”, sempre entre aspas, porque ela deposita conhecimentos nos alunos. Ou seja, ela reduz o aluno a um objeto passivo do processo educacional, no qual são jogadas informações sobre Português, Matemática, História, Geografia, Inglês, Física, Química, Biologia, Filosofia. Já a educação libertadora é chamada de dialógica, porque se baseia no diálogo entre professores e alunos (educadores e educandos, na linguagem do livro). É um processo do qual todos são sujeitos ativos e cuja finalidade é ampliar a consciência social de todos, especialmente dos alunos, para que se viabilize a revolução que acabará com a opressão. O livro não detalha o que a educação libertadora fará depois dessa libertação. Imaginamos que mantenha os educandos conscientes e imunes a movimentos reacionários e contra-revolucionários.

A educação dialógica se baseia no diálogo e o diálogo começa com a busca do conteúdo programático. Na parte do livro em que há mais orientações práticas, Paulo Freire recomenda que seja formado um grupo de educadores pesquisadores que observará os educandos e conversará com eles, em situações diversas, para conhecer sua realidade e identificar o que ele chama de temas geradores, que possibilitarão a tomada de consciência dos indivíduos. Haverá reuniões com a comunidade, identificação de voluntários, conversas e visitas para compreender a realidade, observações e anotações. Os investigadores farão um diagnóstico da situação. Então discutirão esse diagnóstico com membros da comunidade para avaliar o grau de consciência deles. Constatando que esse nível é baixo, vão apresentar as situações identificadas aos alunos, para discussão e reflexão, com o objetivo de despertar sua consciência para sua situação de opressão. Se o pensamento do povo é mágico (religioso) ou ingênuo (acredita nos valores de direita), isso será superado pelo processo, conforme o povo pensar sobre a maneira que pensa, e conforme agir para mudar sua situação de opressão.

Paulo Freire enfatiza que o revolucionário não pode manipular os educandos. Todo o processo tem de ser construído baseado no diálogo e no respeito entre os líderes e o povo. Porém, os líderes devem ter a prudência de não confiar no povo, porque as pessoas oprimidas têm a opressão inculcada no seu ser. Como exemplo de um líder que jamais permitiu que seu povo fosse manipulado, Paulo Freire apresenta Fidel Castro.

A palavra é o resultado da soma de ação e reflexão. Se nos baseamos apenas na reflexão, temos um “verbalismo” estéril. Se nos baseamos apenas na ação, temos um “ativismo” inepto. Os líderes revolucionários e os educadores devem compreender que a ação e a reflexão caminham juntas de maneira indissociável, ou não se atingem os objetivos da educação e da revolução.

As características da opressão são a conquista dos mais fracos, a criação de divisões artificiais entre os oprimidos para enfraquecê-los, a manipulação das massas e a invasão cultural. Os opressores se impõem em primeiro lugar pela força. Depois, jogam os oprimidos uns contra os outros, para mantê-los subjugados. As pessoas são manipuladas para acreditarem em falsos valores que lhes são prejudiciais, embora elas não percebam isso. Sua cultura de raiz é esquecida e trocada por símbolos vazios importados de fora, num processo que esmaga a identidade do povo.

As características da libertação são a colaboração (que Paulo Freire grafa co-laboração), a união, a organização e a síntese cultural. A colaboração está contida em tudo o que foi dito sobre educação dialógica, que é feita em conjunto pelos educadores e educandos. A união entre os oprimidos é fundamental para que tenham força para resistir contra o opressor. No trecho em que explica a organização, é citado o médico Dr. Orlando Aguirre, diretor da Faculdade de Medicina de uma universidade cubana, que afirmou que a revolução implica em três P: palavra, povo e pólvora. Disse o Dr. Aguirre: “A explosão da pólvora aclara a visualização que tem o povo de sua situação concreta, em busca, na ação, de sua libertação.” E Paulo Freire complementa: “O fato de não ter a liderança o direito de impor arbitrariamente sua palavra não significa dever assumir uma posição liberalista, que levaria as massas à licenciosidade.” Ele afirma que não existe liberdade sem autoridade. Sobre a síntese cultural, diz que a visão de mundo do povo precisa ser valorizada.

Agora, o que penso sobre o texto. O próprio Paulo Freire deixa claro em vários momentos, que seu livro não é sobre educação. Ensinar, transmitir conhecimentos, é uma preocupação da educação “bancária” opressora. Não é essa a função de um educador libertador. Não, sua função é criar os meios para uma revolução libertadora, como foram libertadoras as revoluções promovidas pelos educadores citados: Mao, Lênin, Fidel. Ou seja, a única preocupação do livro é com os meios para viabilizar uma revolução marxista. Se você, meu leitor, é professor e acha que essa é a sua função, talvez encontre conhecimentos úteis no livro. Caso contrário, não há mais nada nele.

Fiz uma coletânea de palavras utilizadas por Paulo Freire que poderiam ter saído de um discurso de Odorico Paraguaçu: “involucra”, em lugar de envolve, “implicitados”, em lugar de implícitos, “gregarizadas”, deve ser um derivado de gregário, “unidade epocal”, em lugar de unidade de tempo, “fatalistamente”, por fatalisticamente, “insertado”, por inserido. Dois erros divertidos: chamar Régis Debray de Régis Debret e achar que o nome do padre Marie-Dominique Chenu OP (onde OP significaOrdo Praedicatorum, Ordem dos Pregadores, sigla que designa a Ordem dos Dominicanos) é O. P. Chenu. É sintomático que alguém com tantas dificuldades com a Língua Portuguesa seja o Patrono da Educação Brasileira, considerado nossa maior autoridade em alfabetização.

Desafio os bravos leitores a encontrar o sentido dos trechos a seguir. A melhor interpretação ganhará um pão com mortadela. Os grifos são de Paulo Freire.

1) «Na verdade, não há eu que se constitua sem um não-eu. Por sua vez, o não-eu constituinte doeu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona. Daí, a afirmação de Sartre, anteriormente citada: “consciência e mundo se dão ao mesmo tempo”.»

2) «O ponto de partida deste movimento está nos homens mesmos. Mas, como não há homens sem mundo, sem realidade, o movimento parte das relações homens-mundo. Dai que este ponto de partida esteja sempre nos homens no seu aqui e no seu agora que constituem a situação em que se encontram ora imersos, ora emersos, ora insertados.»
3) «Sem ele [o diálogo], não há comunicação e sem esta não há verdadeira educação. A que, operando a superação da contradição educador-educandos, se instaura como situação gnosiológica, em que os sujeitos incidem seu ato cognoscente sobre o objeto cognoscível que os mediatiza.»

4) «Esta é a razão pela qual o animal não animaliza seu contorno para animalizar-se, nem tampouco se desanimaliza.»

5) «Somente na medida em que os produtos que resultam da atividade do ser “não pertençam a seus corpos físicos”, ainda que recebam o seu selo, darão surgimento à dimensão significativa do contexto que, assim, se faz mundo.»

6) «Porque, ao contrário do animal, os homens podem tridimensionalizar o tempo (passado-presente-futuro) que, contudo, não são departamentos estanques.» Alguém pode me dizer como é possível tridimensionalizar o tempo?

7) «Uma unidade epocal se caracteriza pelo conjunto de ideias, de concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios, em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude. A representação concreta de muitas destas ideias, destes valores, destas concepções e esperanças, como também os obstáculos ao ser mais dos homens, constituem os temas da época.»

Outra característica curiosa são as citações em idiomas diversos. Há citações de Hegel e Karl Jaspers em inglês, de Marx e Erich Fromm em espanhol e de Lukács em francês. Todos esses autores escreveram em alemão. Frantz Fanon, que escreveu em francês, é citado em espanhol. Albert Memmi, que também escreveu em francês, é citado em inglês, e se menciona que há uma edição brasileira de seu livro. Mao é citado em francês. Porque todas essas citações não foram simplesmente traduzidas para o português? E por que Paulo Freire gosta tanto de ditadores, torturadores e assassinos?

Ele afirma que vender seu trabalho é sempre o mesmo que escravizar-se. Porém, desejar não ser mais empregado e tornar-se patrão é escravizar a um outro, tornar-se opressor. Qualquer tipo de contratação de um indivíduo por outro é maligna, é opressão, é escravidão. Só teremos liberdade quando a nenhum indivíduo for permitido contratar ou ser contratado por outro indivíduo. Faz sentido para vocês?

Paulo Freire afirma que os oprimidos devem ser reconhecidos como Pedro, Antônio, Josefa, mas os chama o tempo todo de “massas”. Diz que valoriza a visão de mundo do povo, enquanto não perde uma oportunidade de desdenhar das crenças religiosas desse mesmo povo, chamando-as de mágicas, sincréticas ou mistificações. E ele se dizia católico.

Como a opressão é uma violência, qualquer violência cometida pelos oprimidos contra os opressores é sempre uma reação justificada. É um raciocínio assustador. Nas palavras dele: “Quem inaugura a tirania não são os tiranizados, mas os tiranos. Quem inaugura o ódio não são os odiados, mas os que primeiro odiaram. Quem inaugura a negação dos homens não são os que tiveram a sua humanidade negada, mas as que a negaram, negando também a sua.” Paulo Freire considera justificados a tirania como resposta a uma tirania anterior e o ódio como resposta a um ódio anterior. E nega a humanidade de quem ele resolver chamar de opressores.

Mais um trecho escabroso: «Mas, o que ocorre, ainda quando a superação da contradição se faça em termos autênticos, com a instalação de uma nova situação concreta, de uma nova realidade inaugurada pelos oprimidos que se libertam, é que os opressores de ontem não se reconheçam em libertação. Pelo contrário, vão sentir-se como se realmente estivessem sendo oprimidos. É que, para eles, “formados” na experiência de opressores, tudo o que não seja o seu direito antigo de oprimir, significa opressão a eles. Vão sentir-se, agora, na nova situação, como oprimidos porque, se antes podiam comer, vestir, calçar, educar-se, passear, ouvir Beethoven, enquanto milhões não comiam, não calçavam, não vestiam, não estudavam nem tampouco passeavam, quanto mais podiam ouvir Beethoven, qualquer restrição a tudo isto, em nome do direito de todos, lhes parece uma profunda violência a seu direito de pessoa. Direito de pessoa que, na situação anterior, não respeitavam nos milhões de pessoas que sofriam e morriam de fome, de dor, de tristeza, de desesperança.» O fato é que ninguém pode proibir ninguém de comer, vestir, calçar, educar-se, passear ou ouvir Beethoven. E ninguém pode exigir comer, vestir, calçar, educar-se, passear ou ouvir Beethoven às custas dos outros.

Uma última citação abjeta: “Mesmo que haja – e explicavelmente – por parte dos oprimidos, que sempre estiveram submetidos a um regime de expoliação, na luta revolucionária, uma dimensão revanchista, isto não significa que a revolução deva esgotar-se nela.” A revolução não deve se esgotar no revanchismo, mas o revanchismo é parte natural dela. Como alguém que escreveu essas monstruosidades nunca foi processado por incitação à violência e apologia do crime? Como alguém com um pensamento tão antissocial pode ser sequer ouvido, quanto mais cultuado como Patrono da Educação Brasileira?

Chega de doutrinação marxista! Fora Paulo Freire!

Mais um factoide para Campinas

No Correio Popular de hoje mais um projeto de factoide do governo municipal. O VLT de Dubai, nos Emirados Árabes é mostrado como um “modelo” do que o prefeito Jonas Donizete (PSB) quer implantar em Campinas. Não, não é piada.

A reportagem fala do antigo VLT, mas não diz que foi um projeto do então governador Orestes Quércia para Campinas que custou várias dezenas de milhões de dólares (e sabe-se lá quanto em propinas) e que foi enfiada goela abaixo do então prefeito Jacó Bittar.

Pra começo de conversa ele era um trem lento. E lento porque aproveitava o traçado de uma antiga estrada de ferro, que contornava fazendas e que, por isso, fazia enormes curvas. E são essas curvas que hoje impedem que, nesse traçado, se alcance uma velocidade compatível com as possibilidades de um trem moderno. Além disso, a antiga linha não contempla mais as regiões mais desenvolvidas da cidade, para onde vai o maior fluxo de pessoas.

O VLT – que ficou conhecido como um trenzinho que saía do nada e ia pra lugar nenhum – parece ser agora o “objeto de desejo” do prefeito. A reportagem me lembra outras, do tempo em que o prefeito Hélio de Oliveira, cassado por corrupção, fazia anúncios de grandes obras e o jornal parecia acreditar. Foi assim com a revitalização do Centro da cidade, com o centro de convenções, com um novo teatro, com o enorme engodo chamado trem bala e até com Viracopos, que só foi realmente reformado e ampliado quando foi privatizado.

Esses factoides todos começam a se repetir no atual governo. Para uma cidade que não consegue viabilizar o atendimento à saúde, que demora mais de quaro horas para fazer um simples atendimento, que vive epidemias de dengue todo ano, anunciar um VLT como o de Dubai para uma cidade que não conseguiu ainda viabilizar o BRT – que só precisa de vias adequadas, pois os ônibus já foram até comprados – só pode ser conversa mole pra boi dormir.

O próprio VLT campineiro, informa a reportagem, está dependendo de um “estudo de viabilidade” que, para ser realizado, aguarda uma verba R$ 1,2 milhão. Se nem esse valor – irrisório perto do investimento no transporte – não saiu ainda, o que dirá das centenas de milhões de reais necessários para o VLT. O de Dubai, por exemplo, custou cerca de R$ 200 milhões de reais por quilômetro. Vinte quilômetros dele aqui em Campinas – um tamanho pequeno para a cidade - acabariam com o orçamento de um ano inteiro.

Mas a reportagem diz que o governo municipal buscaria recursos junto ao governo federal, ignorando totalmente a situação econômica do país, onde um severo reajuste fiscal está em curso com o objetivo de economizar R$ 66 bilhões, o que implicará em enormes cortes de investimentos.
Enquanto isso, o usuário do transporte coletivo em Campinas continua sofrendo as agruras de um sistema falido, de ônibus inadequados e de motoristas que não têm o mínimo de consideração por seus passageiros, pois dirigem os carros velocidades incompatíveis com o conforto e a segurança e são de uma grosseria inacreditável.  

Sexta-feira passada, estávamos, Zezé e eu, onde íamos encontrar uma amiga que mora no DIC. Ela e Zezé iam assistir a uma palestra. Quando faltavam dez minutos para começar a palestra a amiga ligou: não viria mais, pois estava há 45 minutos no ponto do ônibus e não havia sinal de que a condução chegaria logo.


Essa é Campinas, onde o prefeito sonha com um VLT de 200 milhões de reais por quilômetro...

Sobrou pra nós

Reportagem publicada no Estadão deste domingo mostra que a farra que o PT produziu no país não só vai cobrar um preço elevadíssimo, como vai estourar no nosso bolso. Até agora, calculando os ajustes que o ministro da Fazenda está programando, 85% deles vão pesar nas costas de cada brasileiro. Apenas 15% sairiam de  “sacrifícios” do governo. Em números: a meta é economizar R$ 66 bilhões. 

As medidas anunciada até agora produzirão uma economia de R$ 45 bilhões. Só que desses R$ 45 bi, nada menos que R$ 38 bilhões vão sair dos orçamentos familiares, ou seja, dos salários que recebemos sobre os quais incidirão mais e mais impostos fazendo os preços aumentarem.

Mas pode ser pior ainda, pois, segundo a reportagem do jornal, o estudo feito pelo economista Mansueto Almeida prevê que o governo pode nem conseguir fazer a parte dele. Diz o economista que “os R$ 18 bilhões estimados com as mudanças em benefícios sociais, como pensão das viúvas jovens e seguro-desemprego, devem cair a R$ 3 bilhões. Outras despesas, como o Bolsa Família, vão crescer e reduzir os ganhos da medida. O fim da desoneração da folha de pagamento, por sua vez, gerou tanta polêmica que é uma incógnita e nem foi considerada na estimativa. Para fechar a meta, o governo terá de fazer um corte brutal de investimentos ou elevar carga tributária, punindo o já comprometido crescimento.”

Ou seja, o ano que já se previa ruim para todos na economia, está com todo jeitão de ser pior ainda. Corte brutal nos investimentos significa desemprego em massa e elevar a carga tributária significa aumento de preços e da inflação. Ou seja, o cenário do inferno econômico que já vivemos antes do Plano Real paira sobre nossas cabeças se o governo continuar nas mãos do perdulário e incompetente PT.

Isso porque não existe vontade alguma do governo petista de cortar na própria carne e, ainda por cima, a falta de credibilidade em Dilma e equipe afasta investidores externos. O ministro Levy é o único em que o mercado confia, mas ele já demonstra sinais preocupantes, já criticou a própria presidente, num episódio cujas consequências ainda não estão definidas e sua relação com o Congresso é, no mínimo, beligerante.

A situação hoje enfrentada é resultado sim dos erros cometidos pelo PT na condução da economia. Enquanto o comércio internacional sorria para o Brasil, estava tudo bem. Mas bastou uma crise – a de 2008 – para o PT mostrar sua incompetência. Enfrentou a crise de maneira errada, estimulando o mercado interno, desonerando alguns setores importantes da economia, segurando preços de combustíveis, aumentando os benefícios sociais e fazendo discurso de vitorioso (lembram da marolinha?) e não investindo no que nos daria vantagens num futuro próximo, ou seja, na infraestrutura que diminuiria o preço das commodities e manteria a competitividade do Brasil no comércio internacional.

A política adotada pelo PT ainda no governo Lula e, depois, no governo Dilma, diz a reportagem do Estadão, aprofundou as distorções: houve excesso de desonerações e benefícios setoriais, além de outros mecanismos de intervenção na economia que levaram à queda da arrecadação, do investimento e do crescimento que provocaram total descontrole da economia (lembram do Mantega que dizia uma coisa e acontecia outra?).


Nem a sinalização, tênue, é verdade, de que o governo pretende diminuir ministérios é levada a sério pelos analistas. Segundo o economista Fábio Klein, da Tendências Consultoria, esse corte é “simbólico”. Os ministérios virariam secretarias. Não haveria demissões. A conta em pouco cairia. Ou seja, é mais uma enganação do governo petista, o que prova que o Brasil só reencontrará o caminho do desenvolvimento depois que se livrar dessa praga chamada PT. 

sábado, 28 de março de 2015

No seio da elite


Notícia veiculada neste fim de semana informa que Lula, em seus passeios pelo Brasil, não vai de avião de carreira, como fazem todos os ex-presidentes e ex-primeiros ministros do mundo civilizado. Como um chefete que prestou favores (e presta ainda) e que cobra sempre a compensação, Lula tem à sua disposição um jatinho Cessna 680, de duas turbinas, com capacidade para nove passageiros, cujo proprietário e um digno representante da elite financeira do Brasil, ligado a planos de saúde particulares.

Os planos de saúde do Brasil iam bem durante sua implantação no governo de FHC. O presidente da Agencia Nacional de Saúde Suplementar era Januário Montone, que deixou tudo arrumado para seu sucessor, um petista nomeado por Lula, por volta de 2004, um ano depois da posse do novo presidente da República, como manda a regra.

A partir dali, com a influência política cada vez maior, os planos de saúde perceberam que o comportamento da agência começava a mudar e que não haveria entraves para grandes favorecimentos – que piorariam o atendimento ao público e proporcionariam maior lucro às operadoras – desde que se falasse a linguagem certa, a da corrupção.

Foi assim, aliás, em todas as agências herdadas da era FHC. Foram aparelhadas, politizadas e perderam a função de fiscalização severa para a qual foram criadas. O centralismo do governo Lula se incumbiria de ditar as normas – caso a caso, claro, e não como manda a lei – para todas elas. Um dos resultados mais tenebrosos dessa nova “política” foi a atuação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. O aparelhamento e a corrupção desenfreada resultaram em pelo menos dois terríveis acidentes aéreos com várias centenas de mortos.

Percebeu-se  claramente que a relação dos governos petistas com as agências que deveriam fiscalizar os serviços públicos nas mãos de particulares sempre foi outra. Assim, em 2009, por exemplo, Lula nomeou o presidente da Qualicorp, então empregado do dono da empresa José Seripieri Júnior, como presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ou seja, botou a raposa para tomar conta do galinheiro. Afinal o presidente de uma corretora de planos de saúde iria fiscalizar os planos de saúde, sobre os quais ele tinha o maior interesse que tivessem cada vez mais lucros.

E José Seripieri Júnior vem a ser o dono do jatinho de duas turbinas e nove lugares que está à disposição de Lula para suas andanças pelo Brasil. Ah, foi também na casa de praia de Seripieri, em Angra dos Reis, que Lula passou os dois últimos réveillons, tomando o melhor vinho e pescando em alto mar, na lancha do empresário.


Como se vê, Lula é muito chegado a uma elite. Financeira, claro. 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Pior

Depois do anúncio do PIB de 2014, só há uma conclusão a tirar: o PT está bem pior que o PT.

Explicando

2009 foi péssimo, mas 2014 foi pior. É isso que esse artigo da Folha explica. Em 2009 o PIB foi negativo, mas a recuperação era possível rapidamente. Agora não.

Embora números do PIB sugiram o oposto, 2014 foi pior do que 2009

A série estatística aponta que o avanço de 0,1% do PIB em 2014 foi o pior resultado desde a queda de 0,2% em 2009. Mas os números, às vezes, enganam: em uma análise mais de perto, 2014 foi pior que 2009.

Há seis anos, o país recebia o impacto do auge da crise global, quando houve um colapso do crédito e do comércio em todo o mundo. Naquele primeiro trimestre, o PIB desabou, assim como no final do ano anterior. No entanto, houve uma rápida recuperação nos trimestres seguintes.

No ano passado, o pior momento ocorreu no segundo trimestre, quando a atividade econômica, já fraca, encolheu com o início da Copa do Mundo. No entanto, desta vez não houve recuperação posterior: a expansão do PIB continuou pouco acima de zero.

Em 2009, a retomada do crescimento foi impulsionada pelo sucesso da estratégia da administração petista, que reduziu impostos e juros, além de elevar gastos do Tesouro Nacional e empréstimos dos bancos públicos.

Em 2014, essa política havia caducado. O buraco nas contas do governo alimentou a alta da dívida pública e da inflação; pessimistas com o futuro, empresas cortaram projetos e famílias moderaram as compras. Não por acaso, o desempenho dos investimentos e do consumo é pior em 2014 do que em 2009.


O resultado de 2009, embora numericamente negativo, prenunciava o crescimento espetacular de 7,6% no ano seguinte. O de 2014, embora acima de zero, mostra o pais caminhando para a recessão esperada neste ano.

O pibinho da Dilma e do PT

Com 0,1% de “crescimento” em 2014, o Brasil fecha o primeiro mandato de Dilma Rousseff com uma das menores taxas de evolução econômica e fica muito aquém das necessidades mínimas para alavancar qualquer desenvolvimento.

A esse cenário junte-se uma inflação estourando o teto da meta, uma economia enorme nas contas e investimentos, uma taxa de juros oficial de 12,75% para atrair capital para financiar o governo, uma indústria andando pra trás e uma queda nas exportações do agronegócio de mais de 12% no último trimestre do ano passado, e temos um quadro que aponta para a recessão.

E nesse cenário não se falou de política ou de corrupção, dois fatores tão importantes quanto a economia em geral para desgraçar de vez um país. Na política, uma presidente que parece cada vez mais abandonada pelo seu próprio partido, perdida entre seus 39 ministérios e refém de um ministro da Fazenda que, se sabe o que está fazendo, angaria antipatias entre quase todas as forças políticas do país.

Já no setor jurídico-policial, a Operação Lava-Jato continua produzindo seus estragos no seio do governo e entre as maiores empreiteiras do país, ao descobrir o maior esquema de corrupção já instalado por um governo para enriquecer alguns e comprar uma base para aprovar seus projetos sem questionamentos.

Esse o Brasil que começa 2015 cambaleante, com vagas promessas de que tudo vai se acertar até o final de 2016. É muito tempo. O povo na rua tem pressa e quer duas coisas básicas: que os responsáveis pela corrupção sejam punidos – e isso envolve todos os responsáveis e não apenas os peixes pequenos – e a troca de comando no Palácio do Planalto.


No próximo dia 12 de abril o Brasil será novamente tomado por passeatas de norte a sul. Se as de 15 de março provocaram uma reviravolta nas preferências nacionais – o PT e seu presidente nunca foram tão rejeitados  - as de abril prometem mudar até o apoio, já tímido, no Congresso. Ou seja, se as ruas se encherem novamente tanto ou mais quanto em março, o mandato de Dilma Rousseff pode pedir o boné. Se continuar, mesmo que não haja impeachment, viverá de rusgas eternas com um Congresso arredio e com um PT procurando uma saída que não o enterre de vez. Ou seja, Dilma estará inexoravelmente sozinha, tendo a renúncia como única solução. 

O Sindipetro-RJ já sabia...

Através do sempre bem informado Lauro Jardim, da Veja, ficamos sabendo que o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro já sabia, desde 2010, dos desmandos que estavam ocorrendo na Petrobras. E o jornalista nem precisou de uma fonte anônima ou algo parecido. Pegou um exemplar do jornal Surgente, do Sindipetro-RJ, edição de 11 de março de 2010.  E logo no editorial do jornal está bem claro o que o Sindipetro queria: “Fora Renato de Souza Duque, diretor de Serviços da Petrobras!” Mais claro impossível, né?

O motivo de tamanha ira contra o diretor eram as punições e demissões de funcionários por falhas, o que não ocorria com os gerentes, seus superiores, que nunca eram punidos.

Diz Lauro Jardim: “O texto ainda critica José Sérgio Gabrielli, ‘um rei que já não governa’ e descreve a estrutura desvendada pela Operação Lava-Jato anos depois: ‘cada diretor é dono do seu feudo e só deve satisfação ao partido de origem e ao seu padrinho”

Como se vê, o Sindipetro já sabia, antes da PF, que a Petrobras havia sido retalhada para servir aos partidos da base aliada e, claro, ao PT.



O fecho de ouro da nota do jornalista é um trecho também do editorial do jornalzinho do Sindipetro-RJ. Está lá com todas as letras: “Renato Duque é afilhado político do ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu”. O que quer dizer que ele só devia satisfação ao Zé Dirceu e ao PT, certo? E quem afirmou isso não foi a oposição. Foi um sindicato ligado à CUT...

quarta-feira, 25 de março de 2015

Com o PT, vence quem mente

Falar a verdade para o governo petista pode causar sérios danos. E, às vezes, nem precisa ser contra petistas. Meter a boca em aliados, mesmo que seja verdade, pode ter o mesmo efeito.

A primeira vítima desse, digamos, modo de agir petista, pode ser encontrada lá no início do governo Lula. Toda a imprensa – e todo o governo também e a maioria da população brasileira, creio – sabia que o presidente era chegado naqueles líquidos que passarinho não bebe. Claro que ele havia evoluído do conhaque Presidente que emborcava quando sindicalista, para finos vinhos franceses ou uísques de 12 a 18 anos de envelhecimento depois que vestiu a faixa verde-amarela.

Pois foi só um repórter do New York Times contar em belo texto que o presidente se denunciava pelo forte hálito sabendo a álcool, e a fúria palaciana caiu sobre ele, que quase perde o visto de trabalho no Brasil.

Mas o que não sabíamos, na ocasião, é que atacar ferozmente quem fala a verdade viria a ser uma prática constante no governo petista.

Por exemplo: quem ousou falar que o Mensalão existia perdeu a boquinha na hora. E mesmo depois que os chefes da quadrilha comandada por Zé Dirceu, segundo um ministro do STF, foram presos, ninguém ousava falar, perto de Lula, que o Mensalão tinha sido de fato aquele esquema criminoso todo desvendado pelo Ministério Público e condenado pelo STF. Até o próprio Lula tinha medo de dizer a verdade, tanto que prometeu sair pelo Brasil afora, depois de substituído na Presidência, berrando que o Mensalão jamais existira. Ele não saiu, deixando de cumprir também essa promessa, como muitas outras, mas ela serviu ao menos para deixar bem claro que ele também não iria falar a verdade.

A marolinha na economia brasileira provocada pelo tsunami internacional também era outra mentira que ninguém ousava desdizer. E uma marolinha que não ia provocar dano algum na sólida economia brasileira que o PT havia criado, porque o Brasil crescia não por causa dos bons ventos internacionais que sopravam desde 2004, mas pela genialidade do governo petista, que jamais usos as bases herdadas de FHC etc. e tal.

Essa a mentira vigorou na economia oficial, com o pândego Mantega à frente, até cair a máscara – logo depois da reeleição de Dilma – e a verdade ser escancarada.

A crise que se seguiu – e que está aí mais exposta que a Monalisa de Michelangelo no Museu do Louvre – deixou o governo petista desarvorado e alguns deles não seguiram a ordem geral de manter as mentiras a qualquer custo.

O primeiro, no atual governo, foi o chefete neo-nordestino Cid Gomes, nomeado para a Educação, mostrando logo de cara que lhe faltava justamente educação. Bateu de frente com os deputados ao chamá-los de achacadores, o que, convenhamos, é a mais verdade que mentira. Mas como ao governo petista interessa manter a mentira de que achacadores não existem, o chefete neo-nordestino dançou. Dizem por aí que ele fez tudo de caso pensado para sair por cima de um governo que ele percebeu desmanchando. Mas, vejam só, a estratégia que ele teria adotado para ser demitido do governo petista foi simples: falar a verdade.

No meio da crise dos achacadores, surgiu a crise do “caos comunicativo”, oriunda de um documento escrito pelo novo (e já ex)  ministro da Comunicação, Thomas Traumann. O moço cometeu sentença eivada de verdades sobre a bagunça do governo e foi além: apontou como solução o uso de verbas oficiais para promover o governo petista no meio privado, restaurando o que foi feito durante a campanha eleitoral. Sugeriu comprar de novo uma enorme legião de blogueiros, jornalistas ou não, com dinheiro do Tesouro, para inundar as redes sociais de textos elogiosos ao governo, criando um clima que gerasse a (falsa) sensação de satisfação geral...

O moço cometeu dois erros: botou o dedo na ferida apontando o caos em que se encontrava o governo petista e sugeriu um crime como solução. Claro que tivesse feito a análise e dado a sugestão entre quatro paredes, quase com certeza voltaria das férias que tirou logo após vazar o documento ainda empregado e com possibilidades de crescer no conceito da cúpula pelas sugestões. Mas foi falar a verdade em público e perdeu o cargo, como já havia acontecido antes com outros petistas.


Enfim, com o PT é assim: quando a verdade desmascara os que ainda têm poder, melhor se calar se quiser preservar os dedos e os anéis. 

Ninguém segura!

E lá vai Campinas de novo em direção a novos recordes. Agora já são oficialmente 5.245 casos de dengue. E há mais de 8 mil notificações que estão sendo verificadas. Ou seja, logo mais poderemos estar perto dos 14 mil casos.


Em 2014, a cidade foi campeã nacional de casos de dengue, com cerca de 40 mil casos. Ainda estamos longe de alcançar ou bater o recorde anterior, mas o governo incompetente é o mesmo, os métodos precários de combate à proliferação da doença são os mesmos e a população desinformada é a mesma. Ou seja, todas as condições estão dadas para que o mosquito viva livremente se reproduzindo por aí e distribuindo a doença com mais agilidade do que os carteiros dos Correios fizeram com a propaganda da Dilma em vários estados do Brasil. 

DIA 12 DE ABRIL VEM PRA RUA!


"Em 2006 tinha o Mensalão"

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento gravado em fevereiro passado, relatou entre outras coisas que, até 2006, ele não participava de esquema de propina e nem sua diretoria era procurada por empresas que faziam parte do cartel criminoso que imperou na Petrobras depois de 2003. O motivo era que sua diretoria, a de Abastecimento, até 2006 só teve obras pequenas, "coisas de R$ 20 milhões" que, segundo ele, não era valor suficiente para formar um cartel para realizar a obra. 

Mas o mais interessante desse seu depoimento é a parte em que ele diz o motivo de não ser procurado tanto por políticos para propinas: "Nesse meio de tempo, estava ocorrendo Mensalão, então, tinha recursos de outras fontes. O Mensalão estava em vigor, tinha outros recursos. De 2006 para frente começaram a aparecer outros projetos na minha área.”

Lembram quando Lula deixou o governo e disse que pretendia viajar pelo Brasil inteiro provando que o Mensalão nunca tinha existido? Pois é. Ele não viajou e o Brasil se livrou de mais uma carrada de mentiras ditas por Lula. 

Quem quiser ouvir o depoimento inteiro de Paulo Roberto Costa é só acessar esse link:   https://www.youtube.com/watch?t=427&v=jzQQMPcOjPM

Antes não era golpe, né?

Pois o PT pediu, em 25 de maio de 1999, o impeachment do presidente Fernando Henrique Cardoso. E, vejam só, o líder do PT na ocasião, o mensaleiro condenado por corrupção José Genoíno, discursou afirmando que o povo brasileiro tinha sido incensado pela propaganda e que, por isso, tinha eleito um governo em que acreditava que podia confiar.

Claro que era apenas mais um discurso raivoso e mentiroso do líder do partido que foi contra a eleição de Tancredo, a Constituição democrática de 1988, foi contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas a justificativa era o que ele chamava de propaganda enganosa.

E hoje, o que está ocorrendo no Brasil? Pois não é que a popularidade da presidente Dilma Rousseff está mais baixa que focinho de perdigueiro por, entre outras coisas, ter feito propaganda enganosa durante todo o período eleitoral? 

O embuste foi tão grande que ela não apenas mentiu sobre a realidade do Brasil, como acusou seus adversários de práticas que o PT “condenava” e que seriam aplicadas caso ela não vencesse a eleição. E depois colocou em prática aquilo que dizia que os adversários fariam.

Dezesseis anos depois, eis que o presidente que eles queriam impedir de governar o Brasil está aí como um estadista, recebendo láureas pelo mundo e ainda uma voz ativa e altaneira na política brasileira, respeitado por todos os democratas do Brasil e também por líderes do mundo livre.

Já o então líder do PT teve trajetória bem diferente, tendo terminado de cumprir pena de prisão determinada pela mais alta corte de Justiça do país por ter sido um dos comparsas do crime de corrupção conhecido como mensalão.

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB), líder da oposição, disse ontem na Câmara que, à época, o PT levou 60 mil pessoas ás ruas que gritavam “fora FHC!”, mas que hoje 59% da população brasileira são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A população é golpista então?”, indagou.

Pior ainda: a peça do PT para pedir o impeachment de FHC se embasou em notícias veiculadas pela grande mídia que hoje o PT chama de ‘mídia golpista’ na maior cara de pau do mundo.

Esse é o PT que hoje vê o povo nas ruas marchando contra tudo que ele representa: um governo incompetente, a economia sem rumo, a inflação rompendo o teto da meta e a corrupção comendo solta como nunca se viu no Brasil e, talvez, não se tenha visto no mundo.

No próximo dia 12 de abril os movimentos contra o PT e pelo impeachment de Dilma Rousseff estarão nas ruas novamente. As  passeatas de 15 de março desnortearam o PT e o governo que não sabem mais a que apelar para criar um fato positivo sequer.

Se a multidão crescer ainda mais em abril será muito difícil o PT conseguir sustentação para continuar governando o Brasil, pois terá recebido das ruas o definitivo recado da população que não suporta mais tanta incompetência e desonestidade.

terça-feira, 24 de março de 2015

Não tem preço

Prejuízo da estatal Telebrás controlada pelo governo petista: R$ 150 milhões em 2013

Prejuízo da estatal Petrobras controlada pelo governo petista: muitos bilhões de dólares


Ver Renato Duque, o homem de Zé Dirceu que roubava a Petrobras para dar propinas ao PT sendo conduzido algemado para o presídio: não trem preço.