quarta-feira, 15 de julho de 2015

Um PT mais desonesto ainda

Ato realizado ontem pelo PT, em São Paulo, deu o mote para a petralhada: tentar superar a crise, manter Dilma no poder e pregar a volta de Lula em 2018. O ato, em ambiente fechado, reuniu menos de mil pessoas e deve ser repetido por aí. O eufemismo atual é “a defesa da democracia”, como disseram lideres ao final do encontro.

É aí que a porca entorta o rabo. Defender Dilma, tudo bem: eles vão se lascar mesmo, porque o governo é corrupto e a presidente, se não pode ser chamada, ainda, de corrupta, é de uma incompetência inacreditável em todos os setores da política e da economia que são as bases de qualquer governo. E pregar a volta de Lula é bater na mesma tecla que gerou tudo isso que aí está e que é repelido por larga maioria dos brasileiros. Lula perderia hoje a eleição para Aécio e para Alckmin. Portanto, as bandeiras verdadeiras desse petismo agonizante estão um tanto quanto esfarrapadas e vai ser muito difícil costurá-las.

Sobra o eufemismo maroto e desonesto da “defesa da democracia”.

É maroto porque a democracia ainda não corre perigo no Brasil e, quando correu nos últimos anos foi exatamente por conta de ações do PT e seus aliados. É o PT que namora – oficialmente - ditaduras tanto aqui na América Latina como na Central, na África e no Oriente Médio. Foi o PT, aliado a um ditador chamado Chávez, que foi contra a deposição legal de um presidente que burlou a Constituição, tentando interferir de maneira grotesca nos destinos de um país democrático. É o PT que tenta, sempre, enfiar no programa de governo ou em alguma nova lei, o “controle social da mídia”, para ter uma imprensa que se assemelhe às “chapas brancas” que vemos em Cuba, Coreia do Norte e, em grande parte na Venezuela e Argentina.

E é desonesto porque para o PT tanto faz que haja democracia ou não, desde que ele se mantenha no poder.

O projeto petista, cujo único documento razoavelmente honesto foi a Cata de Recife de 2002, nunca precisou de democracia para ser levado adiante e se perpetuar no poder. Precisou de uma boa parte da imprensa amestrada (com dinheiro público), de grandes empresários corrompidos e corrompedores (com dinheiro público), de entidades públicas ou privadas devidamente aparelhadas com milhares de aliados pagos com dinheiro público, de uma rede de blogueiros para contra-atacar com mentiras e campanhas sórdidas a oposição (todos regiamente pagos com dinheiro público), uma grande base aliada no Congresso devida e comprovadamente comprada com dinheiro público e quase metade de eleitorado devidamente comprado através de programas sociais cuja única contrapartida exigida é o voto no PT, sob a ameaça mentirosa de extinção do programa caso a oposição vença.

Resumindo: para se manter no poder o PT sempre prescindiu da democracia e só precisou mesmo do dinheiro público desviado dos cofres para pagamentos ilegais e uma manutenção que fere totalmente a ética de uma legião de “apoiadores” na imprensa e nas redes sociais da internet.

Agora a petralhada vai sair por aí, defendendo Dilma, chamando Lula de volta e “defendendo a democracia”. Na verdade, eles estão juntando a desgraça atual do Brasil com uma possível desgraça futura. Se vencerem, o Brasil jamais terá uma solução para seus gigantescos problemas, todos eles criados ou aumentados pelo PT desde 2003.

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