sábado, 4 de julho de 2015

Alckmin banca teatro e corta leite

Só para complementar o post anterior sobre a necessidade de um teatro de ópera em Campinas, que será pago pelo governo estadual, a Folha dá numa de suas manchetes o seguinte: Alckmin reduz leite para criança carente. Faixa etária beneficiada por programa estadual que distribui 15 litros do alimento por mês foi encurtada desde o dia 1º.

Por mera coincidência, a reportagem, de Venceslau Borlina Filho, foi feita em Campinas e alguns dos personagens entrevistados dão boa mostra do sofrimento diário das famílias: Ataília mora com o filho e dois primos na Vila Esperança, em Campinas. Aposentada por invalidez, ela ganha um salário mínimo (R$ 788).

"Eu pego o leite porque ele gosta. Não acho justo retirar, porque a gente vai ter que comprar e, às vezes, não tem dinheiro", disse. A entrega na região onde ela vive ocorre duas vezes por semana. São, em média, dois litros a cada entrega. "Dá pra dois dias."

No bairro Santa Mônica, Fátima Ferreira, 35, lamenta a mudança. Ela conta que recebe o benefício há dez anos e que o leite ajudou na alimentação de seus filhos, agora com 13, 11 e 7 anos de idade.
"Tem muita mãe que precisa desse leite para a alimentação dos filhos em casa. Às vezes a criança não quer comer e o leite acaba sendo o alimento", disse Fátima.

Com os 78 milhões de reais que estão reservados para o teatro talvez não fosse preciso reduzir o programa do leite.

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