Só para complementar o post anterior sobre a necessidade de
um teatro de ópera em Campinas, que será pago pelo governo estadual, a Folha dá
numa de suas manchetes o seguinte: Alckmin
reduz leite para criança carente. Faixa etária beneficiada por programa
estadual que distribui 15 litros do alimento por mês foi encurtada desde o dia
1º.
Por mera coincidência, a reportagem, de Venceslau Borlina
Filho, foi feita em Campinas e alguns dos personagens entrevistados dão boa
mostra do sofrimento diário das famílias: Ataília
mora com o filho e dois primos na Vila Esperança, em Campinas. Aposentada por
invalidez, ela ganha um salário mínimo (R$ 788).
"Eu pego o leite
porque ele gosta. Não acho justo retirar, porque a gente vai ter que comprar e,
às vezes, não tem dinheiro", disse. A entrega na região onde ela vive
ocorre duas vezes por semana. São, em média, dois litros a cada entrega.
"Dá pra dois dias."
No bairro Santa
Mônica, Fátima Ferreira, 35, lamenta a mudança. Ela conta que recebe o
benefício há dez anos e que o leite ajudou na alimentação de seus filhos, agora
com 13, 11 e 7 anos de idade.
"Tem muita mãe
que precisa desse leite para a alimentação dos filhos em casa. Às vezes a
criança não quer comer e o leite acaba sendo o alimento", disse Fátima.
Com os 78 milhões de reais que estão reservados para o
teatro talvez não fosse preciso reduzir o programa do leite.
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