sábado, 18 de julho de 2015

PT tenta limpar a barra na região

O PT tenta limpar a poeira da corrupção que lhe está impregnada e promove encontros na região de Campinas para viabilizar nomes e candidaturas em 2016. O enviado para a missão é ninguém menos que Alexandre Padilha, ex-ministro de Lula e Dilma e ex-candidato a governador, ano passado, ficando em terceiro lugar, perdendo para Geraldo Alckmin (eleito em primeiro turno) e Paulo Skaf do PMDB.  Padilha é secretário de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.

Ele chegou à cidade cantando de galo, dizendo que se engana quem acha que o PT está enfraquecido com os escândalos todos que têm em membros do partido seus principais personagens.

Mas vai ser difícil. Em Campinas, pelo menos, o PT já foi governo duas vezes e se deu mal. E se incluirmos aí os poucos meses de Demétrio Vilagra no poder a coisa piora: ele foi cassado por corrupção.

O primeiro governo petista na cidade foi de Jacó Bittar e durou só dois anos. Jacó governou quatro, mas na segunda metade de seu governo ele já tinha abandonado o PT por incompatibilidade de gênios. Seu governo foi pífio e ele foi esquecido. O segundo era para ser de Antonio da Costa Santos e teve um começo auspicioso. Mas ele foi assassinado – e não se tem certeza do motivo até hoje – e no seu lugar entrou Izalene Tiene, fiel escudeira de Renato Simões, cujo modo de governar a cidade (dele, não dela) arrasou o partido. Na sucessão de Izalene o candidato petista, Luciano Zica, ficou em terceiro. A derrota foi tão grande que quatro anos depois o PT nem teve candidato próprio, se aliando a Helio de Oliveira (PDT) que tentava a reeleição.

A aliança a Hélio de Oliveira rendeu ao PT muito mais desgaste ainda. Com a cassação do prefeito por corrupção, o PT assumiu a Prefeitura, mas seu prefeito também era alvo da investigação e a Câmara acabou cassando-o também. Na eleição seguinte o PT local foi obrigado a engolir um nome estranho, bancado por Lula. Márcio Pochmann, com perfil mais técnico que político, acabou melhorando um pouco as coisas para o PT, conseguindo levar a eleição para o segundo turno. Mas perdeu para Jonas Donizette (PSB).

Hoje o PT está enlameado pela gigantesca corrupção no Brasil inteiro e dificilmente conseguirá fazer bom papel nas eleições municipais do ano que vem. O próprio Pochmann, único nome que o PT possui com alguma visibilidade na cidade, é relutante em assumir a candidatura. Se aceitar, não será favorito, mas vai botar mais molho numa disputa que pode ser acirrada, com a tentativa de reeleição de Donizette e com a entrada na disputa de Artur Orsi, que vai sair do PSDB para ser candidato a prefeito de Campinas. 

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