Ele chegou à cidade cantando de galo, dizendo que se engana
quem acha que o PT está enfraquecido com os escândalos todos que têm em membros
do partido seus principais personagens.
Mas vai ser difícil. Em Campinas, pelo menos, o PT já foi
governo duas vezes e se deu mal. E se incluirmos aí os poucos meses de Demétrio
Vilagra no poder a coisa piora: ele foi cassado por corrupção.
O primeiro governo petista na cidade foi de Jacó Bittar e
durou só dois anos. Jacó governou quatro, mas na segunda metade de seu governo
ele já tinha abandonado o PT por incompatibilidade de gênios. Seu governo foi
pífio e ele foi esquecido. O segundo era para ser de Antonio da Costa Santos e
teve um começo auspicioso. Mas ele foi assassinado – e não se tem certeza do
motivo até hoje – e no seu lugar entrou Izalene Tiene, fiel escudeira de Renato
Simões, cujo modo de governar a cidade (dele, não dela) arrasou o partido. Na
sucessão de Izalene o candidato petista, Luciano Zica, ficou em terceiro. A
derrota foi tão grande que quatro anos depois o PT nem teve candidato próprio,
se aliando a Helio de Oliveira (PDT) que tentava a reeleição.
A aliança a Hélio de Oliveira rendeu ao PT muito mais desgaste
ainda. Com a cassação do prefeito por corrupção, o PT assumiu a Prefeitura, mas
seu prefeito também era alvo da investigação e a Câmara acabou cassando-o
também. Na eleição seguinte o PT local foi obrigado a engolir um nome estranho,
bancado por Lula. Márcio Pochmann, com perfil mais técnico que político, acabou
melhorando um pouco as coisas para o PT, conseguindo levar a eleição para o segundo
turno. Mas perdeu para Jonas Donizette (PSB).
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