sexta-feira, 24 de julho de 2015

Reinaldo Azevedo e eu descobrimos a mesma coisa

Reinaldo Azevedo na Folha, hoje, destaca detalhe da entrevista de Miro Teixeira segunda-feira passada que diz, em outras palavras, que viu o mensalão nascer. Esse "detalhe" da entrevista, foi tema de post neste blog na própria segunda-feira. Pelo jeito, só o Reinaldo e eu percebemos a confissão de Miro Teixeira. Segue o trecho do artigo de Reinaldo:

Se não entendi errado – e me impressiona que a fala tenha repercutido tão pouco –, o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ) relatou a esta Folha, na segunda, em entrevista a Leonardo Souza, ter assistido ao momento inaugural do mensalão, quando, nas suas palavras, o governo Lula decidiu, em 2003, que “'aquele Congresso burguês' poderia ter uma maioria organizada por orçamentos”. Notem: ele fala em “orçamentos”, com letra minúscula e no plural. Não tenho dúvida de que Miro assistiu ao nascimento de um crime de responsabilidade, que passou impune.

No meu blog eu destaquei, no meio do artigo, um trecho da entrevista dada à Folha:

- José Dirceu estava nessa reunião?
- Eu não vou nominar. Há uma coisa que eu devo falar. O Palocci se debateu muito para se trabalhar pelos projetos, dizendo que o PSDB, sem dúvida, apoiaria.

- Qual outro nome importante do governo estava nessa reunião?
- Não vou falar. Teve quatro pessoas presentes.

- O Lula estava nessa reunião?
- Não se deve citar nomes. A revelação que posso fazer é essa.

E depois comentei que, se quatro pessoas participaram da reunião e uma era ele mesmo, outra era Palocci e ambos foram votos vencidos, está mais do que na cara que quem decidiu por organizar a base aliada “por orçamentos” só podiam ser Lula e Zé Dirceu, que eram mais poderosos que Palocci. Reinaldo concluiu que Miro assistiu ao nascimento de um crime de responsabilidade que passou impune. E eu que, agora, há uma prova testemunhal de que Lula e Zé Dirceu é que decidiram pela criação do mensalão. 

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