sexta-feira, 24 de julho de 2015

No desespero, Lula tenta recorrer a FHC. É fria, FHC!

A pegadinha do ano foi promovida pela Folha de São Paulo, usada pelo PT para tentar abrir um “diálogo” entre Lula e FHC. A notícia dizia que Lula estava mandando emissários para saber se FHC toparia conversar. O mote da reunião seria encontrar uma forma para o Brasil sair da crise. Lula, pelo seu instituto, mandou avisar que não sabia de nada, mas já no dia seguinte, mudou de ideia. Tática infantil, claro. FHC respondeu com a classe de sempre: disse que Lula tem os telefones dele e não precisa de intermediários para marcar encontros, e que, sim, conversaria, desde que fosse sobre uma agenda divulgada e o encontro fosse do conhecimento de todos. E se mandou para a Europa, onde passa férias até o fim do mês. Se houver o encontro, só em agosto.

FHC deveria recusar toda e qualquer conversa com Lula ou Dilma agora. Por quê? Ora, a resposta é simples: o PT, Lula e asseclas passaram mais de 20 anos – desde quando o PSDB foi para o governo de Itamar Franco – metendo a boca nos tucanos e fazendo de tudo para sabotar todas – todas mesmo! – iniciativas que iriam para mudar, para melhor, os rumos do país.

O PT foi contra o Plano Real, foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, foi contra a política de câmbio flutuante, foi contra a política de metas de inflação, foi contra a política de superávit primário, foi contra as agências de fiscalização, foi contra todas as privatizações, enfim, não houve programa ou projeto tucano em que o PT e Lula não meteram a boca, sempre desqualificando a ideia e votando contra ela em todas as instâncias. E durante oito anos gritaram por aí “Fora FHC!”

Depois, quando chegou ao poder, teve 12 anos para acabar com tudo aquilo que dizia ser maléfico para o país (e não era, claro), mas não acabou. Apenas gerenciou de forma tão incompetente – e corrupta, é sempre bom lembrar – que as conquistas da era FHC hoje estão enfraquecidas a ponto de não surtirem mais os benéficos efeitos que poderiam surtir.

As agências fiscalizadoras foram aparelhadas e se tornaram ineficientes; a meta de inflação está ultrapassada; o superávit primário virou déficit; as privatizações no governo de Lula foram uma piada de tão mal feitas e só geraram prejuízos; a política externa privilegiou ditaduras e alastrou a corrupção em forma de ajuda a países como Venezuela, Bolívia e outros; a Lei de Responsabilidade Fiscal foi totalmente afrontada com as “pedaladas fiscais” e o rombo orçamentário.

Enquanto esteve navegando em águas mansas e com vento favorável, Lula fez o que pôde para destratar FHC e seu governo. A qualquer discurso vomitava aquela frase que se tornou um símbolo de sua arrogância: “Nunca antes nesse país...”, como se tudo estivesse começado com ele, em 2003, numa formidável campanha de destruição do passado eivada de desonestidade latente.

Bem que muitos tucanos tentaram contribuir positivamente com os governos petistas. Chegaram até a aprovar leis em 2003 e 2004 as quais até petistas rejeitaram, avisaram muitas vezes que a política econômica de dinheiro farto para o crédito interno era equivocada, que a fartura deveria ser consequência do desenvolvimento amplo do país, que a política externa deveria estar voltada para o primeiro mundo que são parceiros com alto poder de compra de nossos produtos, que a infraestrutura precisava de um up grade geral para fazer frente à crise que estrava anunciada. 

Mas o PT nunca ouviu o PSDB e se portou sempre como se fosse o dono do mundo. A política populista que estava afundando o Brasil mais a distribuição de dinheiro às pencas para populações menos favorecidas sem existir contrapartidas sociais, acabaram gerando um banco de votos comprados suficientes para reeleger Lula, eleger e reeleger sua sucessora que, na última eleição, talvez tenha batido o recorde de mentiras ditas em rede nacional.

Quando a ficha caiu – no fim do ano passado – e os problemas que qualquer economista recém-formado previa surgiram, o PT saiu correndo atrás de um economista liberal para consertar os estragos. Só que os estragos foram tão grandes, as maquiagens no orçamento esconderam rombos tão gigantescos e as mentiras foram tão descaradas, que o conserto está cada vez mais difícil. E está cada vez mais difícil exatamente pela falta de confiança no governo do PT, tanto do mercado mundial quanto do povo que já não aguenta mais tanta incompetência, falsidade e corrupção.

Pois é nessa hora em que Dilma derrete sua popularidade mais do que derreteu suas gorduras, em que o índice de ótimo e bom de seu governo atinge rasteiros 7,7%, em que mais de 60% da população estão a favor do impeachment, em que a corrupção praticada desde 2003 é denunciada não só no Brasil, mas também em Portugal, na Suíça e nos EUA, tornando os governos petistas uma espécie de máfia internacional, em que a base de sustentação no Congresso foge do PT como o diabo da cruz, eles querem conversar com FHC?

Ora, por que Lula e Dilma não se reúnem com Fidel Castro, com Cristina Kirchner, com Nicolas Maduro, com Evo Morales e com outros ditadores africanos para buscar uma solução para o Brasil? Pois não foram com eles que, contrariando toda a lógica de evolução diplomática e de desenvolvimento que os governos petistas se relacionaram esses anos todos, causando enormes prejuízos aos cofres púbicos?

Por que Lula e Dilma não se encontram com João Pedro Stédile, com Fernando Collor, com Paulo Maluf, com José Sarney, com José Dirceu, com José Genoíno, com a CUT, com a Apeoesp, com a UNE e pede a eles conselhos para sair da crise? Pois não são essas “sumidades” e entidades às quais os governos petistas se uniram contra a maioria da população que as rejeita e a eles deram vida boa, com fartas verbas surrupiadas do erário?

Agora que a água bateu na bunda eles vêm pedir ajuda a FHC. Eu espero que o último estadista que governou o Brasil, não se rebaixe e aceite conversar com o chefe da quadrilha que tanto desgraçou e continua desgraçando o Brasil. A saída de Lula, Dilma e a corja petista do poder é a única solução para que o país retome o caminho correto para superar a atual crise e dar verdadeiras esperanças ao povo.

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