Triste é o país em que cientistas precisam pedir,
publicamente, proteção contra grupos extremistas.
Pois é o que acontece no Brasil. Em artigo hoje na Folha,
três cientistas – Walter Colli, Helena Nader e Jacob Palis Junior – descrevem o
trabalho mais recente e de suma importância a para a economia nacional que estão
realizando na CTNBio (Comissão Técnica Nacional
de Biossegurança) e, ao mesmo tempo, denunciam a possibilidade de violência
(na verdade, a repetição dela) a que estão sujeitos por conta de um grupelho
que, absurdamente, os acusa de alguma coisa que é contrária à ideologia que
esse grupelho prega e que a quer vendo dominando o Brasil.
Dizem os cientistas: “A CTNBio é um órgão do Estado
brasileiro e deve ser respeitada como um conjunto de cientistas que contribuem,
sem receber honorários, para o desenvolvimento do país. Respeitá-la é respeitar
a ciência.”
Além de descrever o trabalho atual, os cientistas relatam
um pouco do trabalho que a entidade faz: “Até o momento, a CTNBio aprovou 21
variedades de milho, 5 de soja, 12 de algodão, 1 de feijão, 5 de
microrganismos, 19 vacinas para animais e 1 para mosquito Aedes aegypti. O
sucesso da tecnologia transgênica pode ser exemplificado com o fato de que 92%
de toda a soja plantada, assim como 72% do milho, são transgênicos.”
Por aí se vê que o trabalho da CTNBio é muito importante.
Dali saem as fórmulas transgênicas que, seguramente, não serão nocivas à saúde,
ao meio ambiente e ainda terão mais possibilidades econômicas, aumentando a
competitividade brasileira em vários setores da economia.
Mas a ignorância de certos grupos – que têm nesse
facínora chamado Pedro Stédile seu guru maior – constrói um quadro surrealista:
cientistas com medo de serem agredidos por exercerem um trabalho que é bom para
seu país!
E o cenário todo fica ainda mais tenebroso, quando se vê
membros do alto escalão do governo federal bajulando o comando desses grupos, a
eles dando inclusive dinheiro dos impostos e até apelando para essa massa ignara
que os proteja de protestos nas ruas, protestos esses que ocorrem justamente contra
a incompetência e a corrupção sem fim do governo.
Diante desse quadro de horrores não se pode estranhar que
cientistas brasileiros tenham que pedir proteção publicamente e responsabilizar
diretamente o governo federal por qualquer dano – inclusive físico – que venham
sofrer, provocados por esses grupelhos hipnotizados por mercenários de
esquerda.
Agora, pasmem: o trabalho recente, que provocou a fúria do
“exército” do Stédile é a criação de uma variedade do eucalipto que “atinge em
cinco anos e meio o porte que o convencional alcança em sete, exige menos área
de plantio, captura 12% a mais de CO2 da atmosfera e reduz o custo de produção
em 20%. O governo brasileiro, inclusive por palavras de sua presidente, já se
declarou favorável ao eucalipto transgênico em questão.”
Por fim, perguntam os cientistas: “Perguntamos, então, a
quem servem os vândalos que querem impedir o avanço da tecnologia? O que fará o
governo diante de acontecimentos como esse?”
Um amigo da minha mulher, cientista formado na Esalq/USP, com pós-doutorado na Universidade da Califórnia, conduzia pesquisas com eucaliptos no sul, já teve projetos seus destruídos por esses animais. Ele desistiu, foi embora para a Nova Zelândia onde foi recebido com pompa, trabalha em pesquisas e projetos de silvicultura de la'....Civilização é outra coisa....
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