Hoje, na cerimônia de posse do novo ministro da Educação, ao
falar sobre o escândalo de corrupção da Petrobras, o Petrolão, que pode ser
considerado um dos maiores do mundo, a presidente Dilma Rousseff deu mostras
definitivas de que não deve e não pode continuar no comando do país.
A sua declaração, que está nas manchetes nos portais dos órgãos
de notícias do pais – “Luta pela recuperação da Petrobras é do meu governo” – é
prova inequívoca de que a mentira vai continuar imperando no discurso oficial
enquanto ela for presidente.
Porque dizer que o governo dela quer recuperar a Petrobras é
uma dos maiores deboches que alguém poderia fazer dentro das circunstâncias da
situação da empresa.
Senão vejamos: Dilma foi nomeada por Lula ministra das Minas
e Energia logo no seu primeiro governo, em 2005. A Pasta das Minas e Energia é
responsável pela Petrobras, o ministro da área manda mais que o presidente da
estatal e é, geralmente, (Dilma foi) o presidente do Conselho de Administração,
instância superior da empresa.
Foi a partir de 2004 que a corrupção na Petrobras “se
institucionalizou”, conforme depoimentos de alguns dos corruptos diretores e
empresários que se favoreceram das roubalheiras aos cofres da empresa. Ou seja,
quando Dilma assumiu a Pasta, a corrupção estava correndo solta na Petrobras,
mas ela, feito a Carolina do Chico, “não viu”.
Depois de ministra das Minas e Energia, com a queda de Zé
Dirceu (por corrupção, lembremos), Dilma foi guindada ao posto de
Ministra-chefe da Casa Civil. Se antes ela, embora mandasse na Petrobras, era
subordinada a Zé Dirceu (o verdadeiro presidente do Brasil durante o tempo em
que foi ministro), no novo posto só tinha Lula acima dela. E, claro, mandava
mais ainda na Petrobras e era “chefe” de todos os outros ministros.
Pois nessa sua nova fase, a corrupção continuou alentada na
Petrobras – e não só lá, como já foi confirmado por algumas denúncias, como
essa, atualíssima, da Receita Federal, onde a auxiliar mais próxima de Dilma na
Casa Civil, Erenice Guerra, foi responsável pela “nomeação” do chefe da
quadrilha que lá se instalou.
O próximo cargo de Dilma viria a ser, no bojo da
popularidade do PT comprada pelo Bolsa Família (não fosse ele, ela perderia no
Nordeste – ou ganharia por bem menos – e Aécio seria eleito) justamente a de
presidente do Brasil. E, como tal, mandatária máxima do país, responsável por
tudo e por todos.
Pois, embora estivesse ligada à Petrobras por todos esse
tempo – eram 8 anos até então – ela garante que jamais soube da gigantesca
corrupção que que havia se instalado lá e que tinha como objetivo enriquecer
petistas e alguns aliados, alguns diretores da empresa e comprar, de baciada,
políticos do PMDB e do PP, para que mantivessem seus votos no Congresso sempre
a favor do governo petista. Evidentemente que políticos do PT também entravam
na partilha do butim.
E por “não saber” de nada, só foi tomar alguma providência
quando a Polícia Federal e o Ministério Público começaram a desvendar as ações
da quadrilha petista. Mas, mesmo assim, relutou por enorme tempo em trocar a
diretoria e só o fez quando a pressão das ruas aumentou, quando a pressão da
imprensa aumentou, quando o próprio PT já não tinha mais argumentos para
defender a gigantesca corrupção denunciada e processada pelo bravo juiz federal
Sérgio Moro e sua turma de notáveis do MP paranaense. E colocou no lugar da
então presidente Graça Foster, um ex-presidente do Banco do Brasil sobre o qual
pesam várias denúncias justamente de comportamento incompatível com o cargo,
inclusive uma de favorecimento escancarado a um madame da sociedade com parece
que ele teve algum caso. Ou seja, um nome nos padrões do PT.
Os denunciantes, nos acordos de delação premiada, são
claros: a divisão do dinheiro arrecadado com a corrupção era feita para o PT,
para o PMDB e para o PP. E para eles, denunciantes também, tanto que já estão
devolvendo algumas fortunas que tinham amealhado no jogo sujo a que se
prestaram.
Mas Dilma, a mando de Lula ou do marqueteiro João Santa, foi
mandada fazer cara de espanto e indignação diante de tudo isso. Como se todos
os brasileiros fossem idiotas a ponto de acreditar que ela e Lula de nada
soubessem.
E mesmo que assim fosse, veja só, estaríamos diante dos dois
mais ingênuos políticos que já chegaram ao poder máximo do Brasil: dois enormes
escândalos de corrupção ocorrendo diante dos seus narizes e ambos sem saber de
nada, traídos por todos seus principais auxiliares. Ora, todos sabemos que políticos
ingênuos não sobrevivem à vereança.
É óbvio que tanto Dilma quanto Lula sempre souberam de tudo
e, aproveitando-se de uma oposição frouxa, medrosa mesmo, conseguiram se manter
no poder. Também concorreu para essa era das trevas brasileiras o bom andamento
da economia mundial, que deu fôlego financeiro para o governo implementar uma
política econômica populista e equivocada, expandir as esmolas travestidas de
programas sociais e garantir um eleitorado escravizado por um cartão que vira
dinheiro todo mês, sem que o beneficiado precisasse fazer qualquer coisa que
demonstrasse sua vontade de deixar de ser um dependente total do cofre público.
E por sempre saber de tudo é que o discurso de Dilma se
mostra totalmente adequado à farsa que é seu governo. Ao dizer que é dela a
luta para recuperar a Petrobras, Dilma revela sua falta de caráter, pois em
quase 12 anos de supremacia funcional sobre a empresa, vicejou a corrupção, a
incompetência, a divisão da empresa em feudos políticos para partidos aliados,
a compra descarada de apoio com o dinheiro sujo dali subtraído sem que ela
movesse um dedo para pelo menos tentar acabar com a farra.
Não, Dilma jamais quis fazer qualquer coisa a favor da
Petrobras e não será agora que terá condição de fazer. Ela fez o que foi
necessário para enriquecer seus pares, seu partido e sua quadrilha. E
continuará fazendo a mesma coisa, pois é um joguete nas mãos de Lula e seus
asseclas.
Por isso urge que ela seja apeada do poder. Por isso nossos
principais gritos nas ruas no próximo domingo deve ser o “Fora PT” e “Fora
Dilma”. Só assim o Brasil poderá respirar fundo e se preparar para alguns anos
de sacrifício (necessários depois dessa roubalheira toda) que poderão nos fazer
voltar a ser um país em desenvolvimento com alguma esperança no horizonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário