Até pra quem tem certeza que o balanço da Petrobras divulgado hoje ainda esconde muita coisa, os números são impressionantes: prejuízos de R$ 21,5 bilhões, perdas de R$ 6,2 bilhões com a corrupção, perda de valor de ativos de R$ 44,3 bilhões e endividamento R$ 351 bilhões.
Especialistas dizem que a Bolsa dará um veredicto mais
preciso sobre o balanço nesta quinta-feira, o que significa que muita gente vai
passar a noite esmiuçando o documento.
Mas, com ou sem veredicto de especialistas, podemos dizer
que o estrago foi grande, gigantesco, recordista mundial.
Assumir que uma estatal do tamanho da Petrobras, que explora
e vende um produto de primeiríssima necessidade, teve um prejuízo de mais de R$
21 bilhões é um tapa na cara não só dos acionistas da empresa espalhados pelo
mundo, mas de todos os brasileiros.
Isso porque não estamos falando de uma empresa privada, com
perdas decorrentes de má gestão, da queda do preço dos produtos que
comercializa ou de alguma catástrofe natural. Estamos falando de uma empresa
cujo comando está nas mãos de um governo que indica seu presidente, os membros
das diretorias e a maioria dos conselhos.
Inexperiência? Muito pelo contrário. Desde 2004, o atual
governo comanda a Petrobras que, em anos recentes, teve lucros fabulosos. Ou
seja, gerenciar a gigante petrolífera não era problema.
O problema foi a corrupção e a ideologia. E disso os
governos do PT devem ser responsabilizados totalmente. O esquema que ora se
desvenda através da Operação Lava Jato, é resultado de um projeto de poder que
visa perpetuar um partido como dono de uma nação e, para tanto, o enriquecimento
ilícito dos políticos do próprio PT e de partidos aliados fazia parte desse projeto.
A ideologia atrasada de uma esquerda que já desapareceu no
mundo desenvolvido, mas que aqui viceja saltitante, fez com que o governo
petista buscasse aliados em ditaduras de esquerda falidas ou à beira da
falência, realizando grandes negócios com esses governos, negócios esses que
têm em comum o fato de que os cofres públicos brasileiros sempre amargam com um
formidável prejuízo.
O PT tenta, de todas as maneiras, afastar Lula e Dilma do
escândalo da Petrobras, mas isso é impossível. Pois foi o projeto petista de
poder e o modo petista de governar que transformou a corrupção em instituição fazendo
com que os cofres públicos bancassem esses crimes todos.
R$ 6,2 bilhões de prejuízos causados por corrupção admitidos
num balanço oficial de uma empresa é a
mesma coisa que o prefeito de uma cidade como Campinas passar seis anos
seguidos roubando todo o Orçamento, sem pagar um tostão a ninguém, nem o seu
próprio salário. É muita coisa até para os padrões brasileiros de roubalheira.
Mas há quem diga que a corrupção no BNDES é maior, ou que na
Binacional Itaipu, os donos, governos brasileiro e paraguaio deram-se as mãos
para juntos delapidar muito mais do que foi delapidado na Petrobras.
Não sabemos se BNDES e Itaipu, se Eletrobrás e Fundos de
Pensão de estatais ainda vão nos surpreender com seus valores decorrentes de
uma corrupção maior ainda. O que há hoje são boatos, mas em se tratando de PT,
não podemos duvidar totalmente. O que se
tem de concreto é que o governo petista, que sempre fez questão de mandar
totalmente na Petrobras, assume hoje que a empresa perdeu R$ 6,2 bilhões por
causa da corrupção. Um governo que chega a esse ponto não pode continuar
comandando um país.
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