O governo petista só consegue arrecadar mais – e com isso
arranjar R$ 30 bilhões que, segundo dizem, está faltando para fechar o ajuste
fiscal neste ano – aumentando impostos. Não passa pela cabeça de Dilma e seus
asseclas que o governo poderia economizar muito dinheiro se reduzisse os
ministérios, se demitisse alguns milhares de assessores contratados para fazer
política partidária, se cobrasse dívidas de ditaduras que estão inadimplentes, se
parasse de fazer gentilezas para a Venezuela, para a Bolívia e para a
Argentina, entre outros governos fracassados, se fizesse uma política de
aproximação com países do primeiro mundo, se privatizasse estatais que sugam o
erário, se fiscalizasse mais e acharcasse menos os grandes sonegadores, enfim,
há muita coisa a ser feita que poderia impedir o aumento dos impostos.
Mas não. Falta dinheiro no governo para alcançar metas sem
as quais o mundo jamais vai confiar novamente no Brasil, sem as quais a
inflação não vai baixar, sem as quais a taxa Selic vai ter de ser mantida
elevada, sem as quais o consumo vai diminuir e as pesquisas com resultados
desfavoráveis ao governo petista vão aumentar, e dona Dilma e seus asseclas não
têm outra saída a não ser reinventar a CPMF, que em boa hora foi extinta pelo
Congresso.
E como se trata de medida altamente impopular, dificilmente a
criação de um novo (ou mesmo a recriação de um velho) imposto vai ter vida
fácil na Câmara e no Senado. Hoje seria quase impossível – sem uma daquelas
compras no atacado de deputados e senadores – aprovar essa nova estrovenga no
Congresso.
Para aprová-la, haverá também distribuição de cargos no governo
e aí seguimos o caminho em direção ao abismo total, já que esses cargos todos
oneram a folha e são preenchidos ou por incompetentes ou por assessores que vão
trabalhar para o político que os indicou e não para o governo. Em ambos os
casos, o cidadão que depende dos serviços do governo é quem se dá mal. E ainda terá
de pagar mais impostos. Trata-se da receita perfeita para que o país piore a
cada dia.
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