quinta-feira, 4 de junho de 2015

A praga petista atrasa o Brasil

No auge da crise financeira de 2008, a taxa básica de juros que o Brasil pagava, a Selic, era de 13,75% ao ano. Hoje, depois de chegar a 7,25% em 2013, voltamos ao mesmo patamar de 2008. Ou seja, aquela crise, que todos os analistas e a oposição diziam ser séria e que o Brasil precisava enfrentá-la adotando  mecanismos de contenção de gastos e investindo em infraestrutura para suprir as carências nesse setor e, num futuro próximo, ter preços competitivos de seus produtos no exterior, não foi levada em consideração pelo governo Lula. Ao contrário, ele arrotava por aí que a séria crise que o mundo capitalista estava sofrendo para o Brasil não passaria de uma marolinha, que venceríamos facilmente.

De nada adiantaram os avisos de que o mundo que vale, ao sair da crise, não iria mais ser o mesmo que comprou abundantemente do Brasil entre 2004 e 2008, fartando o país de dólares que puderam ser convertidos em crédito abundante para a alegria geral do mercado de automóveis e das linhas brancas. Sem contar o crédito fácil também para construtoras venderem apartamentos a longos prazos que hoje estão se transformando em taxas cada vez maiores de inadimplência.

Não deu outra: passado o pior da crise, a China diminuiu as compras no Brasil, os Estados Unidos entraram na briga da produção de etanol (e ganharam produzindo-o a partir do milho), descobriram um petróleo barato no xisto – o que fez o preço do petróleo normal despencar e quase inviabilizar o pré-sal - e a Europa, envolta nos seus inúmeros problemas, jamais poderia suprir a ausência dos dois gigantes mundiais no mercado brasileiro de exportações.

No Brasil, os dois últimos anos do governo Lula, embora o país ainda navegasse na marolinha artificial criada por uma política econômica que só tinha bons efeitos no curtíssimo prazo, já eram claros os sinais que de a economia entrara num beco sem saída.

Lula elegeu o sucessor que, ao invés de mudar os rumos, tomar algumas medidas que sacrificariam alguns ganhos, preferiu manter preços públicos represados, bateu com mão forte na Petrobras impedindo aumento dos combustíveis e, nos números da economia maquiou o máximo possível para manter as aparências de um país forte e saudável.

Foram quatro anos de mentiras e esmolas disfarçadas de benefícios sociais suficientes para convencer pouco mais da metade do eleitorado que votou: os pobres do Norte e Nordeste mais fáceis de enganar deram novamente a vitória ao partido que estava afundando o Brasil.

O segundo mandato de Dilma nem bem começou e já escancarou a incompetência, a corrupção e a mentira proclamada na campanha. O resultado é que hoje, sete anos depois do auge da crise, os EUA voltam a crescer a abrir mais vagas de emprego, a China virou investidor num Brasil carente de tudo e a Europa está se arranjando com novos fornecedores que, por terem infraestrutura melhor que a do Brasil, conseguem praticar preços menores e manter firme comércio com o velho mundo.

E o Brasil sete anos depois do auge da crise, envolto na arrogância populista do PT de Lula e Dilma, não vê outra saída para tentar tirar o país do buraco em que eles meteram a não ser as velhas e tão combatidas por eles mesmos medidas econômicas liberais. Se Dilma chegar ao fim do seu mandato, terão sido dezesseis anos de PT no Brasil. Serão dezesseis anos perdidos. Espero que o país consiga se livrar antes dessa praga. 

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