A decisão ainda não está tomada, mas o convite já está
feito: o vereador Artur Orsi, atualmente no PSDB, só não será candidato a
prefeito, pelo PL (partido a ser fundido com o PSD) se não quiser.
O convite foi feito em Americana, informa o Blog da Rose,
pelo presidente nacional do PSD, Guilherme Campos e pelo cacique do partido, Gilberto
Kassab, atual ministro de Cidades.
Para ser candidato, Orsi terá de sair do PSDB, partido do
qual seu pai foi fundador e única agremiação até hoje do vereador.
É uma
decisão difícil pelo aspecto emocional. Pelo aspecto prático, ele já deveria
ter saído do ninho tucano, onde os deputados Carlos Sampaio e Célia Leão imperam,
sem dar chance a qualquer outra liderança de aparecer.
A votação que ele obteve para vereador – a maior da última
eleição – o credencia a voos mais altos, mas a cúpula do PSDB jamais lhe
forneceria as asas.
A votação alcançada é consequência não de uma campanha
milionária com grandes apoios políticos. Orsi praticamente foi à luta sozinho e
com parcos recursos. O resultado da eleição foi amparado pelo seu histórico de
honestidade e de oposição.
Acostumado a confrontar os poderes municipais durante o
governo de Hélio de Oliveira Santos (PDT), quando enfrentou, na Câmara, não só
a base aliada do prefeito, mas também o governo federal, cujo partido, o PT,
era aliado de Hélio e tinha grande influência na cidade – Orsi não mudou sua
postura no governo atual, eleito em uma aliança com seu próprio partido.
Ao
perceber que seria automaticamente da base aliada, rebelou-se e manteve a
postura fiscalizatória que a função de vereador exige. Recusou as benesses do
poder e passou a denunciar mazelas da administração municipal, horando o voto que
lhe foi dado.
A postura o tornou um “patinho feio” dentro do PSDB local, mas sua dignidade repercutiu na cidade e hoje ele é sinônimo de político
honesto e combativo. São poucos os políticos que hoje no Brasil podem ostentar
esses adjetivos. Em Campinas, acho que nenhum.
Orsi candidato a prefeito seria um fato novo na política,
como já escrevi aqui, para enfrentar o hoje favorito Jonas Donizette (PSB),
prefeito da cidade e candidato à reeleição.
Mas para enfrentar a aliança hoje formada em torno do
prefeito, Orsi precisa também de alianças. Uma delas, aventada por Guilherme Campos,
seria o PMDB. Caso ela se confirme, Orsi teria tempo suficiente na TV para
enfrentar Donizette. E um partido
experiente a lhe dar sustentação.
Caso Orsi tope a parada que ora lhe oferecem, a cidade poderá
ter, ano que vem, uma verdadeira disputa eleitoral.
Conhecendo o Sr. Kassab de outros carnavais, recomendaria ao amigo Artur Orsi que não assumisse nenhum compromisso com essa turma. O Kassab já acabou com o verdadeiro PL, agremiação à qual eu fui filiado, e pela qual elegemos em 1994 o Senador Romeu Tuma, e 5 deputados estaduais por São Paulo. Logo após a posse o senador e 4 deputados já estavam no PFL, com o Sr .Kassab. O PFL virou Democratas e ele abandonou o partido e criou o PSD. O DEM está tentando sobreviver. Agora ele quer criar um novo PL? Cai fora Artur.
ResponderExcluirPutz! PSD? Brinca não. Não quero crer que meu candidato Artur esteja pensando em se bandear para o lado do PT??? Jesuis!! Kassab? Essa turma tá abraçadinha com a Dilma. Apoiou a dita cuja na reeleição e vota abraçadinho com o PT lá em Brasília.... Faz isso não Artur.... Fica no PSDB, ou se for sair, cuidado ao escolher a nova turma...
ResponderExcluirOu o Artur muda de partido ou de cidade, pois não há, hoje, espaço no partido ao qual ele está filiado para acomodar a sua liderança.
ResponderExcluirPenso correto o movimento, apenas não sei se a legenda é a mais adequada para um socialdemocrata (ou liberal?) que se opõe ao governo federal...
abs