A greve dos professores do Estado de São Paulo é uma farsa.
O sindicato, ligado ao PT, quer um aumento salarial de 75%, um absurdo mesmo se
a inflação fosse o dobro do que é atualmente. Como a categoria é muito grande,
mais de 300 mil professores, o sindicato consegue a adesão de 3% da categoria e
faz um barulho danado. Afinal, 3% representam cerca
de dez mil pessoas, suficientes para parar qualquer avenida do Brasil,
principalmente a Paulista, onde a
visibilidade é muito maior, pois paralisa o maior centro econômico do país. O
fato de nas vizinhanças da avenida existir uns dez hospitais não sensibiliza os
líderes sindicais, todos eles de esquerda, diga-se.
Hoje nos jornais anuncia-se que a greve está perdendo força.
Mas o sindicato da categoria, que admite a diminuição de grevistas, fala em
adesão de 30%. E o governo anuncia que hoje estão em greve 4% da categoria. Pode
haver exagero de ambos os lados, claro, mas a realidade deve estar mais perto
dos 4% do que dos 30%. Afinal, para o sindicato admitir que o movimento
enfraqueceu e já se falar na hipótese de encerrar a greve é porque a coisa está
feia para o lado deles.
Sindicato e governo travam agora uma disputa na Justiça
pelos dias parados. Espero que o governo vença, afinal, pagar trabalhador para
não trabalhar não é coisa que se faça com o dinheiro público.
Quem faltou ao trabalho para fazer greve causou inúmeros transtornos a muitas famílias, que ou correram
riscos ao deixar os filhos sozinhos em casa ou gastaram dinheiro extra para
alguém tomar conta das crianças. Sem contar, claro, o prejuízo educacional e o
atraso no ano letivo que pode atrapalhar férias e causar outros transtornos.
E não pagar os dias parados é uma postura honesta, acima de
tudo. Afinal, o professor quando decidiu ir para uma greve política – e é esse
o adjetivo certo a ser aplicado a essa paralisação – estava faltando ao trabalho
e prejudicando muita gente. Ganhar salário
por isso aproxima-se de uma apropriação indébita de dinheiro público.
De resto, não é por mera coincidência que os estados onde há
greve são quase todos governados por políticos que fazem oposição ao PT. O mapa
que ilustra esse post mostra bem a situação. Estados que pagam salários bem piores do que os que estão em greve, não são incomodados pelas entidades dos professores.
Não resta dúvida de que as
entidades – quase todas ligadas ao petismo e seus braços – combinaram ou
receberam ordens para fazer greve apenas e tão somente para prejudicar a
imagem dos governos não aliados à camarilha petista.
Esse é mais um motivo para que a Justiça determine o não
pagamento dos dias parados. Quem se alia aos propósitos do PT deve saber bem o
que pode lhe acontecer. E nunca é coisa boa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário