sexta-feira, 29 de maio de 2015

Uma greve fabricada



A greve dos professores do Estado de São Paulo é uma farsa. O sindicato, ligado ao PT, quer um aumento salarial de 75%, um absurdo mesmo se a inflação fosse o dobro do que é atualmente. Como a categoria é muito grande, mais de 300 mil professores, o sindicato consegue a adesão de 3% da categoria e faz um barulho danado. Afinal, 3% representam cerca de dez mil pessoas, suficientes para parar qualquer avenida do Brasil, principalmente a Paulista,  onde a visibilidade é muito maior, pois paralisa o maior centro econômico do país. O fato de nas vizinhanças da avenida existir uns dez hospitais não sensibiliza os líderes sindicais, todos eles de esquerda, diga-se.

Hoje nos jornais anuncia-se que a greve está perdendo força. Mas o sindicato da categoria, que admite a diminuição de grevistas, fala em adesão de 30%. E o governo anuncia que hoje estão em greve 4% da categoria. Pode haver exagero de ambos os lados, claro, mas a realidade deve estar mais perto dos 4% do que dos 30%. Afinal, para o sindicato admitir que o movimento enfraqueceu e já se falar na hipótese de encerrar a greve é porque a coisa está feia para o lado deles.

Sindicato e governo travam agora uma disputa na Justiça pelos dias parados. Espero que o governo vença, afinal, pagar trabalhador para não trabalhar não é coisa que se faça com o dinheiro público. 

Quem faltou ao trabalho para fazer greve causou inúmeros transtornos a muitas famílias, que ou correram riscos ao deixar os filhos sozinhos em casa ou gastaram dinheiro extra para alguém tomar conta das crianças. Sem contar, claro, o prejuízo educacional e o atraso no ano letivo que pode atrapalhar férias e causar outros transtornos.

E não pagar os dias parados é uma postura honesta, acima de tudo. Afinal, o professor quando decidiu ir para uma greve política – e é esse o adjetivo certo a ser aplicado a essa paralisação – estava faltando ao trabalho e prejudicando muita gente.  Ganhar salário por isso aproxima-se de uma apropriação indébita de dinheiro público.

De resto, não é por mera coincidência que os estados onde há greve são quase todos governados por políticos que fazem oposição ao PT. O mapa que ilustra esse post mostra bem a situação. Estados que pagam salários bem piores do que os que estão em greve, não são incomodados pelas entidades dos professores. 

Não resta dúvida de que as entidades – quase todas ligadas ao petismo e seus braços – combinaram ou receberam ordens para fazer greve apenas e tão somente para prejudicar a imagem dos governos não aliados à camarilha petista.

Esse é mais um motivo para que a Justiça determine o não pagamento dos dias parados. Quem se alia aos propósitos do PT deve saber bem o que pode lhe acontecer. E nunca é coisa boa.  

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