A aprovação do advogado Luiz Edson Fachin para a vaga de
Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que o governo
petista ainda tem força e pode enfiar goela abaixo dos brasileiros as coisas
mais terríveis que podemos imaginar.
Pois agora saberemos se o Fachin que vai se sentar nas
cadeiras da mais alta corte de Justiça do país é o que escreveu várias asneiras
em relação à propriedade privada e à família, ou se é o Fachin que, na sabatina
no Senado, não teve coragem de defender o que havia escrito e se contradisse
algumas vezes e, em outras, ficou em cima do muro, usando recursos discursivos para
não dizer nem uma coisa nem outra. Um covarde e oportunista, no mínimo.
Vamos poder saber também, com o passar do tempo, se o Fachin
do STF vai ser aquele que vê a Constituição como algo que pode ser interpretado
de modo exótico e até às avessas, como ela já afirmou em alguns textos que
assinou, ou se será o Fachin que, na sabatina, jurou fidelidade eterna às
letras e linhas de nossa lei maior.
Eu desconfio que o eleitor declarado da Dilma, aquele que
disse que “tinha lado”, vai ser o que vai vingar no STF. Ele vai compor, junto
com a maioria dos juízes supremos, a bancada governista do tribunal. Porque um
homem que perseguiu o cargo há anos, tentou por várias vezes ter seu nome
indicado e, para conseguir, foi bajular os poderosos da hora, mesmo sabendo que
eles praticavam corrupção como quem escova os dentes, dificilmente terá sido
honesto durante a sabatina no Senado.
A base aliada ao governo petista e o próprio PT, com ajuda
de pelo menos um tucano – que preferiu ser bairrista e jogar seu nome na lama –
escolheram o pior e o Brasil arcará com as consequências. É assim que se
constroem as venezuelas da vida.
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