terça-feira, 19 de maio de 2015

Bolivarianismo no STF

A aprovação do advogado Luiz Edson Fachin para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que o governo petista ainda tem força e pode enfiar goela abaixo dos brasileiros as coisas mais terríveis que podemos imaginar.

Pois agora saberemos se o Fachin que vai se sentar nas cadeiras da mais alta corte de Justiça do país é o que escreveu várias asneiras em relação à propriedade privada e à família, ou se é o Fachin que, na sabatina no Senado, não teve coragem de defender o que havia escrito e se contradisse algumas vezes e, em outras, ficou em cima do muro, usando recursos discursivos para não dizer nem uma coisa nem outra. Um covarde e oportunista, no mínimo.

Vamos poder saber também, com o passar do tempo, se o Fachin do STF vai ser aquele que vê a Constituição como algo que pode ser interpretado de modo exótico e até às avessas, como ela já afirmou em alguns textos que assinou, ou se será o Fachin que, na sabatina, jurou fidelidade eterna às letras e linhas de nossa lei maior.

Eu desconfio que o eleitor declarado da Dilma, aquele que disse que “tinha lado”, vai ser o que vai vingar no STF. Ele vai compor, junto com a maioria dos juízes supremos, a bancada governista do tribunal. Porque um homem que perseguiu o cargo há anos, tentou por várias vezes ter seu nome indicado e, para conseguir, foi bajular os poderosos da hora, mesmo sabendo que eles praticavam corrupção como quem escova os dentes, dificilmente terá sido honesto durante a sabatina no Senado.

A base aliada ao governo petista e o próprio PT, com ajuda de pelo menos um tucano – que preferiu ser bairrista e jogar seu nome na lama – escolheram o pior e o Brasil arcará com as consequências. É assim que se constroem as venezuelas da vida.

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