Não tem pra ninguém: o primeiro e segundo lugar absolutos em
casos de dengue em Campinas pertencem ao governo de Jonas Donizette (PSB). Como
falta ainda mais de um ano e meio para esse governo acabar, é provável que ele
arrebate também o terceiro lugar em 2016. Mas ele pode ser reeleito para mais 4
anos e aí, sem dúvida, ninguém jamais o alcançará no quesito “pragas urbanas”.
Há dois números circulando por aí e ambos são
aterrorizantes. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), que é
estadual, Campinas chegou aos 38.039 casos confirmados de dengue. Já o último
número divulgado pela Prefeitura é de 37.146. Como a divulgação municipal é da
semana passada e a estadual é de ontem, quarta-feira, é provável que os dados
do CVE, mais atualizados, estejam corretos.
São mais de 3,4 mil casos para cada grupo de cem mil
habitantes. Para a Organização Mundial de Saúde a epidemia se estabelece quando
o número de casos chega a 300 para 100 mil habitantes. Ou seja, Campinas chegou
a mais de dez vezes acima do índice mínimo. Uma tragédia.
A cidade está beirando os 40 mil casos e talvez a frente
fria que hoje chegou torne mais difícil que esse número aumente. Em todo caso, nada
é impossível, já que estamos diante de um governo municipal que parece ter
herdado do anterior a total incapacidade de enfrentar uma doença cujo transmissor
é conhecido bem como as técnicas para combatê-lo.
Conversando com um amigo que é médico, ele me disse que a
coisa pode ser muito pior ainda. E explicou o motivo: muitas famílias têm duas,
três e até quatro pessoas com sintomas da dengue. Apenas uma vai ao médico, ouve
o que tem de fazer, pega a receita, compra os remédios e distribui para a família.
Só o caso dela é que entra na estatística.
O negócio é torcer para que ele não esteja certo e para que
o frio chegue logo.
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