A entrega de mais ministérios e poderes para o PMDB é a
última tentativa de Dilma para salvar seu governo. E quem fez a “reforma” não
foi ela, e sim Lula. Há dias o ex-presidente declarou que é preferível perder
ministérios a perder o governo. E assumiu as mudanças que acabaram tornando
pior ainda um governo que já era muito ruim.
Pois a qualidade dos ministros, o que poderia melhorar a
qualidade dos serviços prestados à população, não é o que conta para o PT.
Nunca contou, aliás. Para Lula, que é a cara do PT e não Dilma (ela é só uma
burocrata de terceiro escalão que ascendeu por interesses de Lula) o importante
é o poder ser mantido para que ele possa faturar alto e preparar uma possível
candidatura em 2018.
Mas a situação física e moral do governo é muito mais
preocupante: além da economia que não consegue desatar o nó górdio em que Dilma
a meteu , as possibilidades de as maiores autoridades oficiais e outras como
Lula, receberem voz de prisão numa próxima operação da Lava Jato crescem
diariamente.
A ação do PSDB contra
a campanha eleitoral de Dilma/Temer está para ser julgada e o perigo é tão
grande que o quadro petista infiltrado no TSE (um deles, pelo menos) já está
tomando “providências” absurdas para defender a patroa. Primeiro ela pediu
vistas ao processo quando ele já estava decidido por maioria de votos, impedindo
que o resultado do julgamento fosse proclamado há duas ou três semanas.
Depois, no dia em que avisou que ia devolver o processo com
seu voto, simplesmente desapareceu, não comparecendo à sessão e não dando
satisfação a ninguém. Como o processo está com ela, a decisão foi adiada mais
uma vez. Desespero puro, pois o resultado já decidido vai obrigar os ministros
a tomarem uma decisão que desembocará no STF que, diante de tantas provas, vai
obrigar os petistas ali infiltrados a dançarem miudinho para não cassar a chapa
Dilma/Temer, anular a eleição, dar posse ao presidente da Câmara para convocar
novas eleições em 90 dias.
Há também o processo no TCU que, dizem, vai rejeitar as
contas de Dilma por unanimidade, por causa dos bilhões e bilhões de reais que
ela não repassou ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para fazer
pagamentos como o Bolsa Família e outros. E usou esses bilhões e bilhões para apresentar
balanços positivos do seu governo. Isso
é crime previsto na Lei da Responsabilidade Fiscal e causa processo de
impeachment. O resultado do julgamento do TCU – que á um órgão fiscalizador do Legislativo
– vai para a Câmara que decide se acata ou não. Se acatar, instaura Comissão
Processante que pode sugerir ao plenário a cassação do mandato de Dilma por
improbidade administrativa. Nesse caso, o vice, Michel Temer, assume.
E, por fim, Dilma está encurralada também pelos pedidos de
impeachment por carradas de motivos que ululam na Câmara. Ali, o roteiro já
está traçado: Eduardo Cunha vai rejeitar todos eles, inclusive o assinado por
Hélio Bicudo, que será o último a ser lido. Mas ao rejeitar esse último, alguém
pedirá para que a decisão da rejeição seja confirmada pelo plenário. Aí, se o plenário
não confirmar, instala-se o processo e Dilma pode ser cassada se a oposição
reunir dois terços dos votos. Nesse caso, também o vice assume.
Além disso, nessa balbúrdia toda, todos os dias surgem novas
denúncias que enfraquecem um pouco mais o já combalido governo petista. Vai
daí, Lula – e não Dilma – resolveu tentar salvar o seu quinhão e dividiu o
poder com o PMDB que indicou, para comandar os novos feudos “conquistados”
gente sem a menor possibilidade, baixo clero mesmo que, claro, estará em seus
postos apenas para dividir o butim com os chefes (Renan, Temer e outros).
E Cunha? Encurralado com as denúncias do Petrolão e a descoberta
de suas contas na Suíça, virou uma grande interrogação. Terá ele poderes ainda para levar adiante sua postura de inimigo do governo?
Terá ele aliados suficientes para, junto com a oposição oficial (PSDB, DEM, PPS
e alguns outros) aprovar um processo de impeachment?
A semana que começa domingo, que ainda vai ser recheada
pelas revistas semanais cujo conteúdo começa a circular ainda hoje,
sexta-feira, promete ser das decisivas para o futuro do governo petista.
E decisiva para o futuro do Brasil, pois se nada mudar,
teremos um governo pior ainda do que vimos até aqui, pois Dilma, de tão
incompetente, conseguiu mudar até a profecia do Tiririca que dizia “pior do que
está não fica”. Estamos descobrindo que Dilma e o PT, quando a água bate no
pescoço, conseguem piorar muito mais o que já era muito ruim. Pobre Brasil.
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