segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Orquestra desafinada

Primeiro foi o falso índio que governa a Bolívia que fez a bravata do ano e ameaçou proteger o “governo” Dilma com seu exército. A ameaça de Evo Morales ao Brasil tem o mesmo efeito que mijar em incêndio. No fundo, como disse um blogueiro, se Dilma cair, o falso índio pode perder as mamatas do BNDES e pode ter as fronteiras com o Brasil vigiadas, o que poderia prejudicar certo comércio que dá muito lucro por lá, principalmente para alguns ministros.

Logo em seguida, foi a vez da perua que governa a Argentina, Cristina Kirchner, declarar que os protestos no Brasil contra o PT e o “governo” Dilma “têm o dedo da CIA”, numa frase que tem de cafona o que tem de absurda. Há muito tempo eu não ouvia falar um treco tão imbecil como esse. Mas, vindo de quem veio, não surpreende. Afinal, todo ditadorzinho, por mais merda que seja, sempre inventa um inimigo para justificar a própria incompetência. A situação da Argentina, um país a caminho da ruína, é bem o retrato do que essa perua anda fazendo por lá. E ainda completa sua “obra” dizendo uma besteira desse tamanho.

Agora, foi a vez de Rafael Correa, outro protótipo da imbecilidade que desgoverna o Equador, dizer, conforme revela Clóvis Rossi na Folha, que os protestos atuais foram inspirados num livro de um tal de Gene Sharp. Assinala o livro que o protesto “começa com a mobilização nas redes sociais, passa para as ruas, e o governo acaba caindo. O suposto ‘golpe brando’ inclui, ainda, a difusão de boatos nas redes sociais. ”

Diz Rossi no artigo: “Segundo o relato da revista América 21, porta-voz do bolivarianismo, Correa pôs como exemplo "o que está ocorrendo na Bolívia, Brasil, Venezuela e Argentina, onde setores da oposição tratam de desconhecer governos que contam com respaldo popular provocando mal-estar com o apoio de meios de comunicação de massa".

Rossi tem certeza – e eu também – que ninguém dos que protestaram nas três gigantescas passeatas realizadas até agora conhece Gene Sharp ou seu livro “Da Ditadura à Democracia”.

O fato é que essas ações são orquestradas. O falso índio boliviano, a perua argentina e o equatoriano boquirroto perceberam que a situação em seus países está mudando e que a sociedade que conta – aquele que trabalha e sustenta o país e o governo – não está mais disposta a dar boa vida para um bando de facínoras que, eleitos pelo voto popular, se apoderaram o governo para nele se enriquecer e se perpetuar, pouco ligando para as desastrosas consequências que provocam.

O quadro social no Brasil se deteriora rapidamente. O da Argentina já está próximo ao ponto de fusão e vai explodir a qualquer momento. O Equador enfrenta um protesto de povos de origem indígena que vem crescendo no país e a Bolívia tem 40% de sua população abaixo da linha da pobreza. Ou seja, os governos bolivarianos ou simpáticos a eles (como é o caso do Brasil) não conseguiram dar ao povo o “paraíso” prometido nas coloridas propagandas da TV. Sem contar o inferno em que se transformou a Venezuela, onde essa nova onda esquerdista, que vem desgraçando a América Latina, começou.

Com a água batendo no queixo, era de se esperar que esses rascunhos de governantes começassem uma ação mais ou menos conjunta para tentar mostrar força e impedir a queda iminente. Não conseguirão, porque são falsos, corruptos, incompetentes e bravateiros.

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