Vejo numa página do Correio Popular de Campinas que grupelhos de esquerda apelam a pichações em muros da cidade para externar seus pontos de vista contra as manifestações que estão ocorrendo em todo país e que visam tirar do poder, democraticamente, o PT que, desde 2003, vem praticando uma série de crimes contra os cofres públicos e contra inúmeras leis do país.
Antes de falar do “conteúdo” dessas pichações, cabe um
comentário paralelo, mas muito a propósito. Recentemente, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB),
na sua ânsia de produzir uma agenda positiva, plagiou uma lei já existente – do
vereador Artur Orsi – para tentar ganhar pontos junto à opinião pública. A lei
é exatamente contra as pichações às quais agora um grupelho de esquerda apela
para tentar se fazer ouvir.
Curiosamente, o prefeito que reforçou com seu plágio a lei
contra as pichações é do Partido Socialista Brasileiro. E a “juventude” que
burlou a lei é a União da Juventude Socialista...
Como confessaram ação, a Justiça poderia indiciá-los para
que respondam pelo ato. Fica a sugestão. Alias, se a Prefeitura não tomar alguma
iniciativa para denunciá-los à Justiça, estará desmoralizando, logo de cara, o “empenho”
do prefeito em acabar com as pichações na cidade.
Dado o aviso, resta dizer que as fotos estampadas no jornal
não deixam dúvida: não resta a essa esquerda retrógrada senão manifestar-se ilegalmente contra um movimento
legal. É mais uma tentativa de enganar o povo, como eles sempre fizeram na
história recente do mundo.
Em segundo lugar, a “mensagem” que tentam passar é da mais
absoluta ignorância: não há qualquer tentativa de golpe no país e nem há
qualquer fascismo nas manifestações. Aliás, chamar alguém de fascista é moda
entre a esquerda desde quando ela descobriu que não há diferença nos métodos
fascistas, comunistas ou socialistas. Ou seja, é a prática de esquerda que se
assemelha às práticas fascistas é e muitas vezes são muito piores. Vai daí,
obedecendo cegamente a um dos “ensinamentos” de Lênin, a esquerda acusa seus
adversários de ser o que ela é. Simples assim.
E, ademais, não representam ninguém. Aliás, nunca representaram.
O único partido de esquerda que teve votos no Brasil foi o PT e deu no que deu.
O resto é fantasia.
Uma historinha real ilustra bem essa insignificância. Quando a ditadura
militar estava no fim e a lei da anistia ampla, geral e irrestrita foi aprovada,
um grupelho ligado ao PC do B andou pichando paredes em Campinas,
principalmente do Cambuí, com a frase “João Amazonas vem aí” e, abaixo da
frase, o nome do aeroporto (Viracopos) e a data do desembarque. Ninguém, a não
ser o grupelho do partido, conhecia João Amazonas por aqui, mas as frases
acabaram intrigando algumas pessoas.
Uns dois meses depois da data pichada, passei numa rua do Cambuí
e li uma frase também pichada num muro: “Cadê o João Amazonas?”. Pois é, ele
tinha chagado em Viracopos, tinha sido recebido talvez só pelos antigos
pichadores e desaparecido por aí. Depois chegou a ter algum destaque, não sei
se foi eleito para algum cargo, mas a influência dele no Brasil, ou na política
brasileira, foi zero.
É mais ou menos o que acontece com esse grupelho de esquerda:
não representa ninguém, não tem voz ativa em nada, se tiver votos não elege um
vereador em Campinas e ainda suja as paredes da já suja Campinas com frases que
não têm nada a ver com a realidade. É o que resta à agonizante esquerda brasileira.
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