segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O que resta à agonizante esquerda


Vejo numa página do Correio Popular de Campinas que grupelhos de esquerda apelam a pichações em muros da cidade para externar seus pontos de vista contra as manifestações que estão ocorrendo em todo país e que visam tirar do poder, democraticamente, o PT que, desde 2003, vem praticando uma série de crimes contra os cofres públicos e contra inúmeras leis do país.

Antes de falar do “conteúdo” dessas pichações, cabe um comentário paralelo, mas muito a propósito. Recentemente, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), na sua ânsia de produzir uma agenda positiva, plagiou uma lei já existente – do vereador Artur Orsi – para tentar ganhar pontos junto à opinião pública. A lei é exatamente contra as pichações às quais agora um grupelho de esquerda apela para tentar se fazer ouvir.

Curiosamente, o prefeito que reforçou com seu plágio a lei contra as pichações é do Partido Socialista Brasileiro. E a “juventude” que burlou a lei é a União da Juventude Socialista...

Como confessaram ação, a Justiça poderia indiciá-los para que respondam pelo ato. Fica a sugestão. Alias, se a Prefeitura não tomar alguma iniciativa para denunciá-los à Justiça, estará desmoralizando, logo de cara, o “empenho” do prefeito em acabar com as pichações na cidade.

Dado o aviso, resta dizer que as fotos estampadas no jornal não deixam dúvida: não resta a essa esquerda retrógrada senão  manifestar-se ilegalmente contra um movimento legal. É mais uma tentativa de enganar o povo, como eles sempre fizeram na história recente do mundo.

Em segundo lugar, a “mensagem” que tentam passar é da mais absoluta ignorância: não há qualquer tentativa de golpe no país e nem há qualquer fascismo nas manifestações. Aliás, chamar alguém de fascista é moda entre a esquerda desde quando ela descobriu que não há diferença nos métodos fascistas, comunistas ou socialistas. Ou seja, é a prática de esquerda que se assemelha às práticas fascistas é e muitas vezes são muito piores. Vai daí, obedecendo cegamente a um dos “ensinamentos” de Lênin, a esquerda acusa seus adversários de ser o que ela é. Simples assim.

E, ademais, não representam ninguém. Aliás, nunca representaram. O único partido de esquerda que teve votos no Brasil foi o PT e deu no que deu. O resto é fantasia.

Uma historinha real ilustra bem essa insignificância. Quando a ditadura militar estava no fim e a lei da anistia ampla, geral e irrestrita foi aprovada, um grupelho ligado ao PC do B andou pichando paredes em Campinas, principalmente do Cambuí, com a frase “João Amazonas vem aí” e, abaixo da frase, o nome do aeroporto (Viracopos) e a data do desembarque. Ninguém, a não ser o grupelho do partido, conhecia João Amazonas por aqui, mas as frases acabaram intrigando algumas pessoas.

Uns dois meses depois da data pichada, passei numa rua do Cambuí e li uma frase também pichada num muro: “Cadê o João Amazonas?”. Pois é, ele tinha chagado em Viracopos, tinha sido recebido talvez só pelos antigos pichadores e desaparecido por aí. Depois chegou a ter algum destaque, não sei se foi eleito para algum cargo, mas a influência dele no Brasil, ou na política brasileira, foi zero.

É mais ou menos o que acontece com esse grupelho de esquerda: não representa ninguém, não tem voz ativa em nada, se tiver votos não elege um vereador em Campinas e ainda suja as paredes da já suja Campinas com frases que não têm nada a ver com a realidade. É o que resta à agonizante esquerda brasileira.

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