terça-feira, 15 de setembro de 2015

O discurso petista é de desespero

Bateu o desespero no PT e aliados (os poucos que restam) depois que as oposições leram no plenário da Câmara, no início da noite desta terça-feira, uma questão de ordem sobre o processo de impeachment. A questão deve ser respondida pelo presidente da Câmara e ela balizará o processo de impeachment que está na iminência de ser deflagrado.

O PT já sabia da questão de ordem – ela foi até publicada no blog O Antagonista – e preparou seus líderes para fazer discursos emocionais, que serão a tônica daqui pra frente na luta que se avizinha. A palavra de ordem do PT é “golpe”. Os discursos acusarão sempre a oposição e quem mais que queira ver Dilma pelas costas, de golpista, de rasgar a Constituição, de não aceitar o resultado das urnas e outras baboseiras mais.

O desespero é tanto que o PT se apega numa palavra de ordem fraca. Não é golpe nenhum ato de um poder constituído que esteja previsto na Constituição.  Não bastasse essa obviedade explícita, os petistas ainda terão de ouvir que eles comandaram o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello acusando-o de delitos que o próprio STF reconheceu depois que não foram provados, tanto é que o inocentou do processo penal decorrente das acusações no processo legislativo. Collor foi cassado mesmo depois que renunciou e teve sus direitos políticos barrados por 8 anos. Merecia? Claro que merecia, pois estava levando o país para um abismo econômico enquanto seu comparsa PC Farias arrecadava milhões de modo corrupto.

O processo de sua cassação foi político, já que não havia provas de delitos cometidos por Collor, mas os deputados e senadores tinham, plena convicção dos erros na condução do país e da corrupção se se alastrava.

O leitor mais arguto já percebeu as semelhanças? Pois é.

Mas o discurso petista avança também em outro campo onde a mentira das esquerdas campeia impune. Os dois líderes na tribuna fizeram inúmeros louvores à democracia  como se a luta conta a ditadura militar exercida por grupelhos de esquerda tivesse como objetivo devolver a normalidade democrática ao país.

Todos os que pegaram em armas pregavam uma ditadura comunista no Brasil que, se vitoriosa e pelos exemplos da Rússia, China, Cuba e outras, provocaria um derramamento de sangue jamais visto por aqui. A oposição seria simplesmente aniquilada, como fizeram Stalin, Mao, Fidel. A presidente Dilma Rousseff pertencia a um desses bandos terroristas que tinham essa intenção. José Genoino, irmão do atual líder do governo petista, que discursou hoje falando tanto em democracia, pertenceu a outro grupo armado e terrorista que também queria distância de qualquer coisa que não fosse uma ditadura de esquerda.

Como se vê, a primeira reação do PT ao primeiro ato rumo ao impeachment foi fraco, denotou desespero e foi baseado em mentiras, já que não há golpe em vista e todos querem a continuidade da normalidade democrática. Do mesmo modo um aliado histórico não só do PT, mas das ditaduras de esquerda, o PC do B, também discursos louvando uma democracia que eles destruíram onde chegaram ao poder – a Rússia e a Albânia que o digam.

Pelo jeito, como não podem contestar a tresloucada condução da política econômica, como não podem se opor ao mar de corrupção que implantou no Brasil, o PT e seus aliados mais notórios tentarão um embate ideológico contra o impeachment. Se perderem, e não há outro resultado que possa ser favorável ao Brasil, dirão que foram vítimas de um golpe contra a democracia. Vão ficar espalhando mentiras por aí, como sempre fizeram sempre. 

Um comentário:

  1. O PT usa o sistema "tanto bate até que fura", ou seja, repete tanto uma mentira, mas tanto que acaba convencendo que é verdade. Falou tanto mal da oposição que o povo acreditou neles. Têm falado até hoje que defendem os trabalhadores que o povo acredita neles. Eles defendem somente os sindicalizados, o resto é massa de manobra. Com o impeachment é a mesma tática vão repetir à exaustão que é golpe. E vai ter gente que vai acreditar que é.

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