sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sem rumo



O PT critica o pacote fiscal, mas Lula disse que vai andar pelo Brasil defendendo o pacote. PSDB lidera a frente pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas Lula aconselha Dilma a conversar com Fernando Henrique Cardoso e José Serra para angariar apoio ao pacote e tentar rachar os tucanos no processo de impedimento. As centrais sindicais a serviço do PT fazem ato contra o que eles chamam de “plano Levy”, mas sem ele o governo Dilma esfarela e joga o Brasil num buraco sem fundo caso ela continue no governo.  

No meio da crise, o líder do governo petista na Câmara, Sibá Machado, resolve passear nos EUA e quase ninguém percebe. O PT quer porque quer que as doações de empresas aos partidos políticos sejam proibidas, pois ele será o maior favorecido num eventual financiamento público e o STF, aparelhado pelo PT, satisfaz o partido e, com a decisão, deve promover o maior acúmulo de doações aos caixas dois dos partidos.

E o jornalista Reinaldo Azevedo levanta uma questão óbvia, mas pela qual os senhores ministros do STF passaram batidos (menos os 3 que votaram contra, claro): se o financiamento privado é ilegal, estamos sendo governados por eleitos de modo  ilegítimo, já que as empresas deitaram e rolaram nas últimas eleições, tanto no caixa um quanto, e principalmente, no caixa dois.

Na economia, não há um índice sequer que indique uma correção de rumo, pelo contrário: a inflação persiste, o desemprego aumenta, as exportações às vezes estão melhores que as importações só porque estas diminuíram muito, o PIB enfraquece dia a dia, o dólar oscila mas sobe e as notas de crédito já começaram a reprovar o Brasil de vez. Ou seja, a economia está andando pra trás e carregando milhões de brasileiros para o estado anterior, quando o salário não sobrevivia até o fim do mês.

E as pesquisas que ululam por aí mostram o derretimento do até recentemente imbatível chefe da quadrilha que se instalou no poder. Lula não tem votos para ganhar de nenhum tucano, seja ele Alckmin, Serra ou Aécio, o que deve apavorar os petistas muito mais do que a expectativa de um discurso improvisado de Dilma.

E quanto a ela, mais parece alguém que caiu de paraquedas no meio de uma batalha e não sabe pra que lado ir. Isso porque hoje não dá mais pra disfarçar que ela não entende nada de economia, que só foi colocada ali para manter as aparências de um governo cujos objetivos maiores sempre foram se perpetuar no poder e enriquecer o máximo possível seus dirigentes, não necessariamente nessa ordem.

E assim o Brasil caminha para um desfecho que, embora possa ser imprevisível, tem de passar pelo fim da era das trevas petistas. Porque não dá mais para deixar escapar a oportunidade criada lá trás, que deu condições para o Brasil se inserir no contexto mundial e crescer de forma sustentável. 

Estamos na iminência de uma volta a um passado que só interessa à quadrilha petista. E isso não pode acontecer. 

Um comentário:

  1. Na minha opinião entendo que a Dilma deveria preparar rapidamente, de domingo para segunda, uma reforma completado Estado, redução no número de deputados federais para 300 e poucos, para 54 senadores, e de 30% nas assembleias e câmara distrital, nas câmaras municipais. Acabar com o auxilio moradia, paletó e saúde gratuita para os eleitos. Nos municípios com menos de 50 mil habitantes vereadores não teriam salário, limitação no número de secretários. Acima desse patamar até 200 mil habitantes um salário mínimo apenas. Alguém poderá dizer isso é loucura. Ora, o que ela propôs até agora não dizem que é absurdo? Querem caçá-la, eu também, mas depois de umas propostas dessas ficaria difícil votar contra e ir pra cima dela. A propósito é preciso cortar gastos dos ministérios públicos e do judiciário também.

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