segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Governo Dilma é nau sem rumo


Continuar com Dilma na presidência e o PT ocupando tudo o que pode ocupar em cargos pelo país afora, é o mesmo que assinar um documento entregando à sorte – ou ao azar – o destino do Brasil.

A saída do presidente do Conselho da Petrobras, Murilo Ferreira (presidente da Vale) se deu por motivos diferentes dos “pessoais” que ele alegou. Os motivos, informa o colunista da Veja.com, Geraldo Samor, estão no desentendimento de Ferreira com o presidente da estatal, Aldemir Bendine e com Ivan Monteiro, um de seus diretores, ambos nomeados por Dilma. Esse desentendimento esbarra no preço da gasolina, que Bendine não quer aumentar por ordem explícita do Planalto. Sem o aumento no combustível, a Petrobras não terá como cumprir seus compromissos e, depois de perder o grau de investimento da Standard & Poors, pode perder o de outras agências também, o que significará mais despesas para financiar seus projetos, já que o mercado só lhe emprestará dinheiro com juros mais elevados. A saída de Ferreira pode ser seguida por outros conselheiros independentes. Ou seja, com o PT mandando – e mandando errado – a Petrobras  não sai da areia movediça em que o próprio PT a enfiou.

A semana começou com empresários aumentando a previsão de PIB negativo em 2015 (agora chega a terríveis 2,55% menor que em 2014). Para 2016 a retração prevista é de 0,60% (era 0,50% na semana passada). A previsão da inflação oficial, medida pelo IPCA, também foi ajustada para baixo, para 9,28% no fechamento de 2015, frente 9,29% previstos na semana anterior. Atualmente, o índice está em 9,53%. Para 2016, o ajuste foi para 5,64% ante a previsão anterior, de que seria de 5,58%.

Como se vê, o humor do mercado só piora semana a semana. E o pacote anunciado hoje pelo ministro Joaquim Levy tem tudo para azedar de vez a vida politica e econômica do Brasil.

Depois de anunciar um superávit, de diminuir o superávit, de mandar um inédito orçamento com déficit de 30,5 bilhões de reais, de dizer que o Congresso que se virasse para mudar o déficit, de voltar a falar em superávit, de tentar ressuscitar a CPMF, de voltar atrás na ressurreição do imposto, o governo anunciou hoje cortes (sem diminuir ministérios ou assessores) e uma nova tentativa de ressuscitar a CPMF com uma alíquota de 0,2%.

Com um roteiro assim, percebe-se que não há rumo a seguir. A CPMF dificilmente será aprovada na Câmara, o que inviabilizará quase a metade do que o governo pretende arrecadar para superar o déficit. A outra metade é através de impostos que podem ser aumentados por decreto, que devem desagradar o empresariado que já anda cortando gastos e diminuindo a folha de pagamentos com demissões.

Ou seja, as medidas só devem piorar o clima de fim de feira do governo Dilma.

Com isso, o processo de impeachment pode ganhar mais corpo ainda a partir de amanhã, quando deputados podem pedir a Eduardo Cunha uma decisão sobre os pedidos que chegaram à Câmara. Um deles – talvez o de Hélio Bicudo – pode ser aprovado pelo plenário e, se aprovado, marcará o início 
do fim do governo Dilma.  

Pior: o empresário e delator da Lava Jato, Ricardo Pessoa, foi autorizado pelo juiz Sérgio Moro a prestar depoimento ao TSE no processo do PSDB sobre as irregularidades da campanha de Dilma Rousseff. O depoimento dele é bombástico, pois contém fatos que ligam a propina da Petrobras para abastecer a campanha de Dilma em 2014. O que pode levar à cassação da candidatura dela, com a anulação de sua eleição.

Enfim, não há o que se planejar para o Brasil com Dilma e o PT à frente. A previsão é que o partido e a presidente tenham de sair pela porta dos fundos e deixar o país resolver todos os problemas que Dilma e o PT criaram, com uma nova equipe que pense apenas em desenvolver o país de modo salutar e sustentável, criando condições para que voltemos a ter esperança de dias melhores.

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