segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A arrogância de sempre


O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff por ocasião do 7 de Setembro, pela primeira vez restrito às redes sociais para evitar panelaços gerais por aí, foi mais uma ocasião perdida  por um governo que realmente não tem mais rumo e que parece estar ocupando o lugar por birra.

A arrogância demonstrada na frase que a Folha Online destacou como manchete e que foi publicada por toda a tarde – “Se cometemos erros, e é possível, vamos superá-los” – é a prova definitiva de que a presidente não tem a mínima noção do que deve fazer para realmente superar a crise em que seu governo meteu o Brasil ao longo dos últimos quase 13 anos. Sim, a crise começou quando Lula escolheu uma forma de governar o Brasil que garantisse, primeiro, a permanência dele e de seu partido no poder e, depois, quem sabe, desenvolver o país como ele precisa.

Para realizar seu primeiro intento, Lula foi jogando dados, governando ao sabor da sorte e deixando que seu partido formalizasse alianças com a escória política interna e com a escória política externa, abusando do direito de errar em todas as direções. Por sorte os dados lhe foram favoráveis durante quase quatro anos, quando o mundo viveu uma grande prosperidade e o novo gigante da economia lançou seus dólares todos em direção a países cujas commodities podiam ser compradas. Assim a China encheu os cofres brasileiros de dólares e Lula e o PT, tal qual Tio Patinhas e sua caixa forte, puderam nadar de braçadas e ainda, de forma sempre arrogante, querer ditar ao mundo que essa era a melhor forma de fazer um país ascender ao primeiro mundo.

Não era. E não faltaram avisos de que a fórmula era equivocada. A crise de 2007/2008 foi abafada por novas medidas equivocadas para justificar a tal de “marolinha”, lembram? A conta chegou em 2013/2014, mas então foi disfarçada por truques primários para disfarçar rombos homéricos e maquiagem pesada nos orçamentos, tudo para garantir a continuidade no poder.

Em quanto isso, a quadrilha instalada no poder roubava tudo que podia roubar, para enriquecer os “companheiros” e aliados e para fazer campanhas políticas milionárias onde os adversários tinham pouca ou nenhuma chance de competir. Assim mesmo tiveram derrotas significativas, onde vive a população mais bem informada, menos ignorante e menos dependente dos favores oficiais e dos programas sociais que despejam dinheiro sem pedir qualquer contrapartida de quem os recebe, a não ser o voto na urna.

Depois de quase um ano de crise brava, de recessão oficial, de inflação aumentando e desemprego aumentando, tudo consequência da corrupção, da incompetência e da irresponsabilidade dos governos petistas, a presidente grava uma pronunciamento onde, ao invés de admitir totalmente a culpa, afirma que é possível que tenha havido erros, como se deles não tivesse conhecimento, como se deles não soubesse, como se não fosse ela própria quem praticou muitos deles.

E, para demonstrar que a arrogância não tem fim, culpa, logo em seguida, uma crise internacional que já acabou para a grande maioria dos países emergentes e, se ressurge agora por conta da falência da Grécia ou da freada da China, não tem muito a ver com a crise anterior, quando a euforia irresponsável de alguns bancos fez com que a prudência fosse trocada pela possibilidade de lucros exorbitantes em curtos prazos. E a bolha estourou.

Pior para o Brasil essa retração da China, que trará, com certeza, mais dificuldades de caixa para um governo que teve de trocar metas de superávit por déficits declarados e vergonhosos.

O pronunciamento de Dilma mostra que ela e seu governo não têm o diagnóstico correto da doença que corrói o Brasil e, portanto, já começam a ministrar, de novo, o remédio errado. A única solução é trocar todo esse governo, por incapacidade, por mentiroso ao extremo, por corrupto, fazendo valer o que reza a Constituição. 

Um comentário:

  1. Arrogância, e ganância desmedida. Todos falam do Maluf, que ele roubou, etc, mas essa turma conseguiu superá-lo e muito, pior, sem fazer nada que preste. As empreiteiras e as organizações sociais, OS, que serão a bola da vez dentro de uns tempos, estão "deitando e rolando" com nosso dinheiro. Isso tem que acabar.

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