O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff por ocasião do 7 de Setembro, pela primeira vez restrito às redes sociais para evitar panelaços gerais por aí, foi mais uma ocasião perdida por um governo que realmente não tem mais rumo e que parece estar ocupando o lugar por birra.
A arrogância demonstrada na frase que a Folha Online
destacou como manchete e que foi publicada por toda a tarde – “Se cometemos
erros, e é possível, vamos superá-los” – é a prova definitiva de que a
presidente não tem a mínima noção do que deve fazer para realmente superar a
crise em que seu governo meteu o Brasil ao longo dos últimos quase 13 anos.
Sim, a crise começou quando Lula escolheu uma forma de governar o Brasil que
garantisse, primeiro, a permanência dele e de seu partido no poder e, depois,
quem sabe, desenvolver o país como ele precisa.
Para realizar seu primeiro intento, Lula foi jogando dados,
governando ao sabor da sorte e deixando que seu partido formalizasse alianças
com a escória política interna e com a escória política externa, abusando do
direito de errar em todas as direções. Por sorte os dados lhe foram favoráveis
durante quase quatro anos, quando o mundo viveu uma grande prosperidade e o
novo gigante da economia lançou seus dólares todos em direção a países cujas
commodities podiam ser compradas. Assim a China encheu os cofres brasileiros de
dólares e Lula e o PT, tal qual Tio Patinhas e sua caixa forte, puderam nadar
de braçadas e ainda, de forma sempre arrogante, querer ditar ao mundo que essa
era a melhor forma de fazer um país ascender ao primeiro mundo.
Não era. E não faltaram avisos de que a fórmula era
equivocada. A crise de 2007/2008 foi abafada por novas medidas equivocadas para
justificar a tal de “marolinha”, lembram? A conta chegou em 2013/2014, mas
então foi disfarçada por truques primários para disfarçar rombos homéricos e
maquiagem pesada nos orçamentos, tudo para garantir a continuidade no poder.
Em quanto isso, a quadrilha instalada no poder roubava tudo
que podia roubar, para enriquecer os “companheiros” e aliados e para fazer
campanhas políticas milionárias onde os adversários tinham pouca ou nenhuma
chance de competir. Assim mesmo tiveram derrotas significativas, onde vive a
população mais bem informada, menos ignorante e menos dependente dos favores
oficiais e dos programas sociais que despejam dinheiro sem pedir qualquer
contrapartida de quem os recebe, a não ser o voto na urna.
Depois de quase um ano de crise brava, de recessão oficial,
de inflação aumentando e desemprego aumentando, tudo consequência da corrupção,
da incompetência e da irresponsabilidade dos governos petistas, a presidente
grava uma pronunciamento onde, ao invés de admitir totalmente a culpa, afirma
que é possível que tenha havido erros, como se deles não tivesse conhecimento,
como se deles não soubesse, como se não fosse ela própria quem praticou muitos
deles.
E, para demonstrar que a arrogância não tem fim, culpa, logo
em seguida, uma crise internacional que já acabou para a grande maioria dos
países emergentes e, se ressurge agora por conta da falência da Grécia ou da
freada da China, não tem muito a ver com a crise anterior, quando a euforia
irresponsável de alguns bancos fez com que a prudência fosse trocada pela
possibilidade de lucros exorbitantes em curtos prazos. E a bolha estourou.
Pior para o Brasil essa retração da China, que trará, com
certeza, mais dificuldades de caixa para um governo que teve de trocar metas de
superávit por déficits declarados e vergonhosos.
O pronunciamento de Dilma mostra que ela e seu governo não
têm o diagnóstico correto da doença que corrói o Brasil e, portanto, já começam
a ministrar, de novo, o remédio errado. A única solução é trocar todo esse
governo, por incapacidade, por mentiroso ao extremo, por corrupto, fazendo
valer o que reza a Constituição.
Arrogância, e ganância desmedida. Todos falam do Maluf, que ele roubou, etc, mas essa turma conseguiu superá-lo e muito, pior, sem fazer nada que preste. As empreiteiras e as organizações sociais, OS, que serão a bola da vez dentro de uns tempos, estão "deitando e rolando" com nosso dinheiro. Isso tem que acabar.
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