domingo, 29 de março de 2015

Sobrou pra nós

Reportagem publicada no Estadão deste domingo mostra que a farra que o PT produziu no país não só vai cobrar um preço elevadíssimo, como vai estourar no nosso bolso. Até agora, calculando os ajustes que o ministro da Fazenda está programando, 85% deles vão pesar nas costas de cada brasileiro. Apenas 15% sairiam de  “sacrifícios” do governo. Em números: a meta é economizar R$ 66 bilhões. 

As medidas anunciada até agora produzirão uma economia de R$ 45 bilhões. Só que desses R$ 45 bi, nada menos que R$ 38 bilhões vão sair dos orçamentos familiares, ou seja, dos salários que recebemos sobre os quais incidirão mais e mais impostos fazendo os preços aumentarem.

Mas pode ser pior ainda, pois, segundo a reportagem do jornal, o estudo feito pelo economista Mansueto Almeida prevê que o governo pode nem conseguir fazer a parte dele. Diz o economista que “os R$ 18 bilhões estimados com as mudanças em benefícios sociais, como pensão das viúvas jovens e seguro-desemprego, devem cair a R$ 3 bilhões. Outras despesas, como o Bolsa Família, vão crescer e reduzir os ganhos da medida. O fim da desoneração da folha de pagamento, por sua vez, gerou tanta polêmica que é uma incógnita e nem foi considerada na estimativa. Para fechar a meta, o governo terá de fazer um corte brutal de investimentos ou elevar carga tributária, punindo o já comprometido crescimento.”

Ou seja, o ano que já se previa ruim para todos na economia, está com todo jeitão de ser pior ainda. Corte brutal nos investimentos significa desemprego em massa e elevar a carga tributária significa aumento de preços e da inflação. Ou seja, o cenário do inferno econômico que já vivemos antes do Plano Real paira sobre nossas cabeças se o governo continuar nas mãos do perdulário e incompetente PT.

Isso porque não existe vontade alguma do governo petista de cortar na própria carne e, ainda por cima, a falta de credibilidade em Dilma e equipe afasta investidores externos. O ministro Levy é o único em que o mercado confia, mas ele já demonstra sinais preocupantes, já criticou a própria presidente, num episódio cujas consequências ainda não estão definidas e sua relação com o Congresso é, no mínimo, beligerante.

A situação hoje enfrentada é resultado sim dos erros cometidos pelo PT na condução da economia. Enquanto o comércio internacional sorria para o Brasil, estava tudo bem. Mas bastou uma crise – a de 2008 – para o PT mostrar sua incompetência. Enfrentou a crise de maneira errada, estimulando o mercado interno, desonerando alguns setores importantes da economia, segurando preços de combustíveis, aumentando os benefícios sociais e fazendo discurso de vitorioso (lembram da marolinha?) e não investindo no que nos daria vantagens num futuro próximo, ou seja, na infraestrutura que diminuiria o preço das commodities e manteria a competitividade do Brasil no comércio internacional.

A política adotada pelo PT ainda no governo Lula e, depois, no governo Dilma, diz a reportagem do Estadão, aprofundou as distorções: houve excesso de desonerações e benefícios setoriais, além de outros mecanismos de intervenção na economia que levaram à queda da arrecadação, do investimento e do crescimento que provocaram total descontrole da economia (lembram do Mantega que dizia uma coisa e acontecia outra?).


Nem a sinalização, tênue, é verdade, de que o governo pretende diminuir ministérios é levada a sério pelos analistas. Segundo o economista Fábio Klein, da Tendências Consultoria, esse corte é “simbólico”. Os ministérios virariam secretarias. Não haveria demissões. A conta em pouco cairia. Ou seja, é mais uma enganação do governo petista, o que prova que o Brasil só reencontrará o caminho do desenvolvimento depois que se livrar dessa praga chamada PT. 

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