sexta-feira, 27 de março de 2015

O pibinho da Dilma e do PT

Com 0,1% de “crescimento” em 2014, o Brasil fecha o primeiro mandato de Dilma Rousseff com uma das menores taxas de evolução econômica e fica muito aquém das necessidades mínimas para alavancar qualquer desenvolvimento.

A esse cenário junte-se uma inflação estourando o teto da meta, uma economia enorme nas contas e investimentos, uma taxa de juros oficial de 12,75% para atrair capital para financiar o governo, uma indústria andando pra trás e uma queda nas exportações do agronegócio de mais de 12% no último trimestre do ano passado, e temos um quadro que aponta para a recessão.

E nesse cenário não se falou de política ou de corrupção, dois fatores tão importantes quanto a economia em geral para desgraçar de vez um país. Na política, uma presidente que parece cada vez mais abandonada pelo seu próprio partido, perdida entre seus 39 ministérios e refém de um ministro da Fazenda que, se sabe o que está fazendo, angaria antipatias entre quase todas as forças políticas do país.

Já no setor jurídico-policial, a Operação Lava-Jato continua produzindo seus estragos no seio do governo e entre as maiores empreiteiras do país, ao descobrir o maior esquema de corrupção já instalado por um governo para enriquecer alguns e comprar uma base para aprovar seus projetos sem questionamentos.

Esse o Brasil que começa 2015 cambaleante, com vagas promessas de que tudo vai se acertar até o final de 2016. É muito tempo. O povo na rua tem pressa e quer duas coisas básicas: que os responsáveis pela corrupção sejam punidos – e isso envolve todos os responsáveis e não apenas os peixes pequenos – e a troca de comando no Palácio do Planalto.


No próximo dia 12 de abril o Brasil será novamente tomado por passeatas de norte a sul. Se as de 15 de março provocaram uma reviravolta nas preferências nacionais – o PT e seu presidente nunca foram tão rejeitados  - as de abril prometem mudar até o apoio, já tímido, no Congresso. Ou seja, se as ruas se encherem novamente tanto ou mais quanto em março, o mandato de Dilma Rousseff pode pedir o boné. Se continuar, mesmo que não haja impeachment, viverá de rusgas eternas com um Congresso arredio e com um PT procurando uma saída que não o enterre de vez. Ou seja, Dilma estará inexoravelmente sozinha, tendo a renúncia como única solução. 

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