terça-feira, 24 de março de 2015

O PT comanda o atraso também em Campinas

Quem me conhece sabe que não morro de amores pelo governo que Jonas Donizete (PSB) está realizando em Campinas. Com uma cara de um governo que já vimos por aqui - e que acabou mal – Jonas não inova e não consegue implantar em Campinas uma administração positiva, saudável e que combata os principais problemas da cidade.

Mas agora me vejo obrigado a defender uma de suas ações. Trata-se da terceirização de serviços em várias áreas da Prefeitura como solução para se gastar menos dinheiro e para agilizar esses serviços. Claro que se a coisa não for bem feita pode dar margem a distorções e corrupções, mas em princípio, a medida é salutar para o usuário e para os cofres públicos.

Só que o PT e mais alguns partidecos de esquerda que nem merecem ser chamados de partidos estão contra. Eles chamam a terceirização de privatização, palavra que o PT demonizou ao longo dos anos, mas que acabou realizando várias vezes tanto no governo de Lula quanto no de Dilma. O PT é assim mesmo: condena o que os adversários fazem, mas faz igual, numa desonestidade sem fim.

A principal bandeira da “luta contra a privatização” se dá na área da Saúde, reduto da esquerda há muito tempo, desde quando por lá se instalou um representante do partidão (antigo PCB) no primeiro governo de Chico Amaral e transformou a secretaria num bunker das esquerdas. Depois, com o crescimento do PT, foi fácil dominá-la expulsando os “velhos companheiros”.

Dominada a secretaria e seus serviços, o PT pode chamar seus servidores para protestos diante de qualquer coisa que ali aconteça e com a qual ele não concorde. Mesmo que, como é o caso, seja boa para a cidade. Ao PT nunca interessou um benefício para o povo se ele não for tão ou mais beneficiado. É assim que o PT trabalha para dominar o Brasil: o interesse do partido vem primeiro.

A coisa é tão desonesta que, quando o PT era aliado do governo de Hélio de Oliveira Santos (ODT) cassado por corrupção, se calou completamente quando da terceirização (ou seria privatização?) do Hospital Ouro Verde. O hospital foi construído com dinheiro público e entregue a uma empresa privada, a Associação Paulista para o Desenvolvimento de Medicina (ASPDM), sem qualquer concorrência. E, claro, sem qualquer protesto do PT na ocasião. Detalhe: na época eu era colunista do Xeque-Mate do Correio Popular e recebi informações de que a entrega da administração do hospital para a empresa privada teria ocorrido por ordens expressas do então presidente da República, Lula. Não pude confirmar e não lembro se publiquei apenas como uma suspeita.

Teve o caso ainda a novo estação rodoviária, também construída com dinheiro público e entregue de mão beijada para a Socicam, uma empresa privada. E, claro, sem qualquer protesto do PT.

Mas agora, como o PT é oposição, ele age do mesmo jeito que sempre agiu: se a terceirização ou privatização não é feita por um governo petista ou um governo que ele apoia, o PT é contra. E chama para a greve os servidores públicos de um serviço mais que essencial, pois é responsável pela vida de muita gente que não tem condição de ter um plano de saúde, ou seja, a parcela menos favorecida da população. É ela que vai sofrer – e até morrer – com a sacanagem petista. Mas, no discurso, o PT diz que defende o povo. Então tá.

De resto, o PT com seus dogmas de esquerda que não deram certo em lugar nenhum do mundo, continua sua caminhada rumo ao passado, sempre reagindo contra o mundo mais moderno, mas econômico, mais desenvolvido. Com sua política de viés socialista, ele acaba promovendo a pobreza, espalhando a miséria e tentando impedir que conquistas salutares para a população sejam alcançadas. É o rei do atraso.

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