quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A última batalha começa agora




O longo pedido de impeachment lido hoje na Câmara dos Deputados mostra que o governo de Dilma Rousseff foi, em boa parte do primeiro mandato e no primeiro ano do segundo, um governo de ficção, que governava sem qualquer base financeira legal, que usava e abusava de recursos ilícitos para conseguir sobreviver ao mês seguinte. E que enganava os brasileiros – pelo menos a maioria deles – na maior cara de pau.


Para quem não se lembra, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, era uma piada de mau gosto. Errava todas as previsões que fazia, mentia descaradamente e assinava decisões – que geralmente Dilma assinava também – ao arrepio da Lei de Responsabilidade Fiscal, ao arrepio da Lei Orçamentária, ao arrepio da Constituição.

Ao ouvir a primeira metade do pedido de impeachment, fiquei abismado com tantos crimes – e a peça tinha outra metade mais eivada de crimes ainda. E fiquei mais abismado ainda ao perceber que o Brasil conviveu com isso por muitos anos sem tomar uma medida sequer que impedisse que a situação chegasse ao caos econômico que chegou.

O Brasil é, definitivamente, um país de frouxos que, de vez em quando, toma alguma medida que o enobrece um pouco. O impeachment de Collor foi uma delas. Os protestos nas ruas, a partir de 2013, foram outra demonstração e parecem ter provado que a frouxidão pertencia àquela metade que elegeu o PT. Os cidadãos indignados – mais preocupados em cuidar da própria vida – perceberam que a política estava não só impedindo-o de melhorar, estava conduzindo-o a uma situação precária.

Agora, com a decisão tomada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que também deve ser cassado em breve, caberá à oposição levar adiante a vontade da maioria do povo brasileiro e fazer esse processo chegar ao fim que essa maioria deseja: o impedimento de o PT continuar no poder.
Não será tarefa fácil e a oposição precisará de todos nós para conseguir o objetivo. Sem o apoio do povo nas ruas, o PT, que vai usar todos os recursos disponíveis – legais e ilegais – para se manter no poder, pode levar vantagem na empreitada.

Os tais “movimentos sociais” movidos a ônibus grátis e pão com mortadela, já estão marcando protestos por aí. Nós não podemos ficar para trás. E se eles resolverem partir para o confronto, não haverá outra saída a não ser enfrentá-los.

Há, nas redes sociais, também a notícia da organização de uma grande manifestação a favor do impeachment no próximo dia 13, um domingo, às 13 horas, para acabar com o 13, como estão dizendo. Pois é hora do cidadão que não aguenta mais esse estado de coisas adiar qualquer compromisso e convidar todo mundo para engrossar as fileiras democráticas para que os deputados e senadores que  estão em dúvida, se sintam pressionados. E os que já têm convicção do voto contra o PT, se sintam mais sintonizados ainda com a vontade popular.

Só assim poderemos vencer a definitiva batalha dessa guerra que começa agora. 

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