Para quem não se lembra, o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, era uma piada de mau gosto. Errava todas as previsões que fazia,
mentia descaradamente e assinava decisões – que geralmente Dilma assinava
também – ao arrepio da Lei de Responsabilidade Fiscal, ao arrepio da Lei
Orçamentária, ao arrepio da Constituição.
Ao ouvir a primeira metade do pedido de impeachment, fiquei
abismado com tantos crimes – e a peça tinha outra metade mais eivada de crimes
ainda. E fiquei mais abismado ainda ao perceber que o Brasil conviveu com isso
por muitos anos sem tomar uma medida sequer que impedisse que a situação
chegasse ao caos econômico que chegou.
O Brasil é, definitivamente, um país de frouxos que, de vez
em quando, toma alguma medida que o enobrece um pouco. O impeachment de Collor
foi uma delas. Os protestos nas ruas, a partir de 2013, foram outra
demonstração e parecem ter provado que a frouxidão pertencia àquela metade que
elegeu o PT. Os cidadãos indignados – mais preocupados em cuidar da própria
vida – perceberam que a política estava não só impedindo-o de melhorar, estava
conduzindo-o a uma situação precária.
Agora, com a decisão tomada pelo presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB), que também deve ser cassado em breve, caberá à oposição
levar adiante a vontade da maioria do povo brasileiro e fazer esse processo chegar
ao fim que essa maioria deseja: o impedimento de o PT continuar no poder.
Não será tarefa fácil e a oposição precisará de todos nós
para conseguir o objetivo. Sem o apoio do povo nas ruas, o PT, que vai usar
todos os recursos disponíveis – legais e ilegais – para se manter no poder,
pode levar vantagem na empreitada.
Os tais “movimentos sociais” movidos a ônibus grátis e pão com
mortadela, já estão marcando protestos por aí. Nós não podemos ficar para trás.
E se eles resolverem partir para o confronto, não haverá outra saída a não ser enfrentá-los.
Há, nas redes sociais, também a notícia da organização de
uma grande manifestação a favor do impeachment no próximo dia 13, um domingo,
às 13 horas, para acabar com o 13, como estão dizendo. Pois é hora do cidadão
que não aguenta mais esse estado de coisas adiar qualquer compromisso e
convidar todo mundo para engrossar as fileiras democráticas para que os
deputados e senadores que estão em
dúvida, se sintam pressionados. E os que já têm convicção do voto contra o PT,
se sintam mais sintonizados ainda com a vontade popular.
Só assim poderemos vencer a definitiva batalha dessa guerra
que começa agora.
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