No livro “Adeus China - O último bailarino de Mao”, escrito
pelo próprio bailarino – Li Cunxin – que, depois de se tornar o primeiro na
China, fez uma apresentação nos EUA e pediu asilo, causando um incidente
diplomático, há uma passagem que demonstra bem o caráter das esquerdas no
mundo.
Pois o bailarino, depois de estabelecido legalmente nos EUA,
resolveu trazer a mãe que havia ficado na China, para sua casa em Los Angeles.
A velha senhora havia casado e criado sete filhos sob o terror da ditadura comunista
de Mao Tse Tung, o que significou morar quase toda a vida numa favela, não ter
certeza se conseguiria algumas raízes para comer no dia seguinte, se algum
filho morreria por falta de remédios ou de comida, se seria possível sobreviver
ao próximo inverno e outras agruras que a “revolução” de Mao causava e que provocaram, em algumas décadas, a morte de dezenas
de milhões de chineses.
A mãe foi colocada num avião e o filho foi esperá-la no
aeroporto. Já no carro, ela, encantada, perguntava ao filho onde estavam os
conflitos de rua, os mortos no trânsito e na violência reinante no país, já que
ela não via nenhum cadáver estirado ao chão e o trânsito seguia suave por
amplas e belas avenidas. O filho respondeu que os EUA eram assim, um país completamente
diferente do que o governo comunista contava ao povo chinês. E o povo, sem
acesso a qualquer fonte de informação que não fosse a oficial, acreditava na
mentira. A mãe não entendia como um país podia ser tão bonito, como as
pessoas podiam ter casas daquele tamanho, como podia haver tantos carros nas
ruas.
Mas o que mais impressionou a mãe não foi a beleza das
largas avenidas, o trânsito pesado, mas fluente, o carro macio e a ausência de cadáveres
espalhados pelas ruas. Foi uma singela torneira instala da cozinha da casa do
filho. Ela não podia acreditar no que via: um mecanismo que trazia a água para
dentro de casa, evitando que alguém saísse e enfrentasse a escuridão da noite, o frio cortante ou a neve para conseguir um pouco de água a quilômetros de distância. E isso ocorreu antes de ela entrar no banheiro e conhecer um chuveiro do qual jorrava água quente!
A mentira que sobreviveu na China durante décadas fazia
parte da estratégia de manutenção no poder do governo comunista. A verdade, se
contada, poderia causar revolta no povo explorado, mantido na miséria e
enfrentando a morte diariamente.
Pois é só na mentira que regimes autoritários – principalmente
de esquerda – sobrevivem. Aqui no Brasil, nos dias de hoje, não espanta,
portanto, que o PT divulgue, à exaustão, duas enormes mentiras na tentativa completamente desonesta de tentar se livrar do impeachment e da morte
política do partido.
A primeira delas é a difusão por todos os meios possíveis de
que o impeachment é um golpe contra a democracia. Isso equivale a aceitar que a
Constituição do país é golpista, pois o ato está lá previsto com todas as
letras. E quando intelectuais e artistas, que sabem ler, repetem, como papagaios treinados, a
mentira petista, podemos entender que está em curso o mecanismo safado que a esquerda usou e usa
para se manter no poder.
Porque não é possível que essa gente aceite – chegam a
escrever artigos em jornais bancando a mentira – essa tese pois ela é de uma
falsidade primária. O próprio PT pediu a saída antes do fim do mandato de todos
os presidentes que governaram o país após a queda da ditadura. Ainda estão na
memória de muita gente os gritos de “Fora” Sarney, Collor, Itamar e FHC, todos
proferidos pela turba petista.
E hoje sabemos que a indignação petista se dava apenas
pelo fato de não ter ela chegado ao
poder. As razões elencadas para querer tirar do poder os presidentes eram meras
desculpas retóricas, já que os crimes denunciados (a maioria não cometida,
diga-se) o próprio PT os cometeria em larga escala quando chegasse ao
poder. Enfim, uma mentira que o PT e seus aliados tentam transformar em verdade,
na maior cara de pau.
Outra mentira, essa um pouco mais difícil de desmascarar,
são as chamadas pedaladas ficais. Para não estender esse post além do razoável,
assinalo apenas que os crimes fiscais vão muito além das chamadas pedaladas:
afrontam a Constituição, o Congresso e a Lei da Responsabilidade Fiscal. E apenas
uma das três afrontas já seria suficiente para o devido afastamento do cargo da
autoridade responsável, ou seja, do presidente da República.
Mas o PT espalha por aí a gigantesca mentira de que o governo
gastou mais dinheiro do que arrecadou apenas para continuar pagando os
programas sociais, tentando produzir uma imagem de intransigente quanto à
manutenção da melhoria de vida de milhões de brasileiros que estão pendurados
na esmola mensal do Bolsa Família.
Pois grande parte do gasto acima do que a lei permite – e foram
dezenas de bilhões de reais gastos sem que esse dinheiro estivesse nos cofres
do governo – serviu para grandes empresas não pagarem impostos ou para pagamento
mesmo dessas empresas que, como se sabe hoje, estavam envolvidas até o pescoço
em escândalos de corrupção, vale dizer, em roubar dinheiro público através dos
mais variados esquemas e devolver boa parte desse dinheiro aos agentes do
governo para enriquecimento pessoal ou uso em campanhas políticas. Foi assim
que Lula e Dilma fizeram campanhas bilionárias em 2006, 2008 e 2012. São,
ambos, passíveis de perdas de direitos políticos por isso, conforme diz a lei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário