segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A esquerda só sobrevive na mentira

No livro “Adeus China - O último bailarino de Mao”, escrito pelo próprio bailarino – Li Cunxin – que, depois de se tornar o primeiro na China, fez uma apresentação nos EUA e pediu asilo, causando um incidente diplomático, há uma passagem que demonstra bem o caráter das esquerdas no mundo.

Pois o bailarino, depois de estabelecido legalmente nos EUA, resolveu trazer a mãe que havia ficado na China, para sua casa em Los Angeles. A velha senhora havia casado e criado sete filhos sob o terror da ditadura comunista de Mao Tse Tung, o que significou morar quase toda a vida numa favela, não ter certeza se conseguiria algumas raízes para comer no dia seguinte, se algum filho morreria por falta de remédios ou de comida, se seria possível sobreviver ao próximo inverno e outras agruras que a “revolução” de Mao causava e que provocaram, em algumas décadas, a morte de dezenas de milhões de chineses.

A mãe foi colocada num avião e o filho foi esperá-la no aeroporto. Já no carro, ela, encantada, perguntava ao filho onde estavam os conflitos de rua, os mortos no trânsito e na violência reinante no país, já que ela não via nenhum cadáver estirado ao chão e o trânsito seguia suave por amplas e belas avenidas. O filho respondeu que os EUA eram assim, um país completamente diferente do que o governo comunista contava ao povo chinês. E o povo, sem acesso a qualquer fonte de informação que não fosse a oficial, acreditava na mentira. A mãe não entendia como um país podia ser tão bonito, como as pessoas podiam ter casas daquele tamanho, como podia haver tantos carros nas ruas.

Mas o que mais impressionou a mãe não foi a beleza das largas avenidas, o trânsito pesado, mas fluente, o carro macio e a ausência de cadáveres espalhados pelas ruas. Foi uma singela torneira instala da cozinha da casa do filho. Ela não podia acreditar no que via: um mecanismo que trazia a água para dentro de casa, evitando que alguém saísse e enfrentasse a escuridão da noite, o frio cortante ou a neve para conseguir um pouco de água a quilômetros de distância. E isso ocorreu antes de ela entrar no banheiro e conhecer um chuveiro do qual jorrava água quente!

A mentira que sobreviveu na China durante décadas fazia parte da estratégia de manutenção no poder do governo comunista. A verdade, se contada, poderia causar revolta no povo explorado, mantido na miséria e enfrentando a morte diariamente.

Pois é só na mentira que regimes autoritários – principalmente de esquerda – sobrevivem. Aqui no Brasil, nos dias de hoje, não espanta, portanto, que o PT divulgue, à exaustão, duas enormes mentiras na tentativa completamente desonesta de tentar se livrar do impeachment e da morte política do partido.

A primeira delas é a difusão por todos os meios possíveis de que o impeachment é um golpe contra a democracia. Isso equivale a aceitar que a Constituição do país é golpista, pois o ato está lá previsto com todas as letras. E quando intelectuais e artistas, que sabem ler, repetem, como papagaios treinados, a mentira petista, podemos entender que está em curso o mecanismo safado que a esquerda usou e usa para se manter no poder.

Porque não é possível que essa gente aceite – chegam a escrever artigos em jornais bancando a mentira – essa tese pois ela é de uma falsidade primária. O próprio PT pediu a saída antes do fim do mandato de todos os presidentes que governaram o país após a queda da ditadura. Ainda estão na memória de muita gente os gritos de “Fora” Sarney, Collor, Itamar e FHC, todos proferidos pela turba petista. 

E hoje sabemos que a indignação petista se dava apenas pelo fato de não ter ela chegado ao poder. As razões elencadas para querer tirar do poder os presidentes eram meras desculpas retóricas, já que os crimes denunciados (a maioria não cometida, diga-se) o próprio PT os cometeria em larga escala quando chegasse ao poder. Enfim, uma mentira que o PT e seus aliados tentam transformar em verdade, na maior cara de pau.

Outra mentira, essa um pouco mais difícil de desmascarar, são as chamadas pedaladas ficais. Para não estender esse post além do razoável, assinalo apenas que os crimes fiscais vão muito além das chamadas pedaladas: afrontam a Constituição, o Congresso e a Lei da Responsabilidade Fiscal. E apenas uma das três afrontas já seria suficiente para o devido afastamento do cargo da autoridade responsável, ou seja, do presidente da República.

Mas o PT espalha por aí a gigantesca mentira de que o governo gastou mais dinheiro do que arrecadou apenas para continuar pagando os programas sociais, tentando produzir uma imagem de intransigente quanto à manutenção da melhoria de vida de milhões de brasileiros que estão pendurados na esmola mensal do Bolsa Família.

Pois grande parte do gasto acima do que a lei permite – e foram dezenas de bilhões de reais gastos sem que esse dinheiro estivesse nos cofres do governo – serviu para grandes empresas não pagarem impostos ou para pagamento mesmo dessas empresas que, como se sabe hoje, estavam envolvidas até o pescoço em escândalos de corrupção, vale dizer, em roubar dinheiro público através dos mais variados esquemas e devolver boa parte desse dinheiro aos agentes do governo para enriquecimento pessoal ou uso em campanhas políticas. Foi assim que Lula e Dilma fizeram campanhas bilionárias em 2006, 2008 e 2012. São, ambos, passíveis de perdas de direitos políticos por isso, conforme diz a lei.

Eis aí, portanto, a versão atualizada do uso da mentira pelas esquerdas para se manter no poder, uso esse que remonta às ditaduras comunistas de Mao e Stalin (sim, o russo também usou e abusou da mentira e do terror para se manter no poder) e que hoje encontra campo fértil em países cuja maioria da população é ignorante, não tem acesso à informação honesta e considera a esmola de alguns programas sociais como o máximo que podem conseguir na vida. Esse é o Brasil do PT que, espero, esteja chegando ao fim.

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