A delação do senador Delcídio do Amaral (PT), que a Revista
Isto É revelou hoje, põe fim à carreira de Lula como político, líder partidário
ou seja lá que título mais ele acha que tem. E deve levá-lo à cadeia, se a Justiça for aplicada
corretamente.
Lula é um facínora da política e pronto. Sua primeira
eleição, por exemplo, teve dinheiro a rodo dos sindicatos ligados à CUT. Sabe
aquele dia de salário que todo trabalhador é obrigado a dar para o governo? Sim,
o tal do Imposto Sindical. Pois ele abasteceu a primeira campanha de Lula, como
se lê no site oficial da Petrobras, numa história contada por um
ex-sindicalista que participou de toda a operação. E ele conta o fato,
criminoso ao extremo, como uma façanha heroica, certo da impunidade, da
proteção que o governo petista dá aos seus delinquentes.
Delcídio conta que Lula foi o mandante do encontro com o
filho do Cerveró (aquele que foi gravado e acabou com a carreira do senador),
bem como ele, Lula, mandou fazer pagamentos à família de Cerveró, para comprar
seu silêncio.
Mas Delcídio sabe outras coisas. Disse que Lula e Palocci
compraram o silêncio de Marcos Valério no Mensalão. Coisa vários milhões, possivelmente
de dólares.
Durante os sete anos em que escrevi a coluna Xeque Mate do
Correio Popular devo ter escrito algumas poucas linhas de aprovação de alguma
ação do PT, quer como governo de Campinas ou, a partir de 2003, como governo do
Brasil. Mais que elogiar – não havia o que elogiar – eu mostrava as falácias,
as enganações, alguma provável roubalheira (sem provas não podia afirmar), a
ideologia atrasada e assassina que grassava na ala mais à esquerda do partido,
as mancadas das alianças internacionais, os erros na economia etc. Fui demitido
por não abrir mão da crítica, por ter certeza que estávamos vivendo um dos
maiores embustes políticos da história do Brasil e por não aceitar a propina
que me foi oferecida pelo governo de Hélio de Oliveira (PDT), então aliadíssimo
ao PT, a quem devia sua eleição no segundo turno em 2004.
Depois do mensalão, do qual Lula se livrou por conta a
covardia do PSDB, o Petrolão superou toda e qualquer expectativa, mesmo as
minhas que jamais foram favoráveis à quadrilha da estrela vermelha.
Os crimes todos que estão vindo à tona revelam que, no
poder, Lula e sua gang se sofisticaram nos meios de roubar dinheiro público,
mas, ao mesmo tempo, tamanho era o apoio de grande parte da imprensa e a apatia
da oposição, se descuidaram da segurança com que roubos aos cofres públicos têm
de comportar.
Um juiz honesto e capaz e uma equipe idem bastaram para
desmascarar toda a “cosa mostra” que se formou para sugar o dinheiro dos
impostos – elevadíssimos, por sinal – que pagamos.
Desmascaramento que culmina agora, com a delação de ex-líder
do governo, homem de confiança do poder petista e que fez parte da cúpula que
assaltava o Brasil e ajudou em muito a blindar Lula, Dilma e outros estrelados
para que a lei não os alcançasse. Isso ele também conta na delação.
Conta também que Dilma investiu na nomeação do desembargador
Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois ela seria
relevante para o governo, já que o nomeado cuidaria dos habeas corpus e
recursos da Lava Jato no STJ. Sim, foi isso mesmo que você leu: Dilma escolheu
a dedo um ministro do STJ que já estava acertado para livrar a cara dos
criminosos do PT e aliados.
Enfim, acho que não sobra pedra sobre pedra. As ações
criminosas de Lula e Dilma ora reveladas apontam para um só caminho: o
impeachment da presidente e a prisão imediata de Lula para que ele não possa
mais interferir, da maneira como vem interferindo, nas investigações.
E os crimes são tantos que o triplex do Guarujá e o sítio em
Atibaia devem passar para segundo plano, embora tenham sim que ser punidos,
pois não chegam nem aos pés do que a quadrilha, chefiada por Lula, aprontou
nesses quase 13 anos de poder.
Não há mais o que fazer: o PT, como eu já dizia desde quando
Jacó Bittar chegou ao poder em Campinas, é um partido sujo, que rouba o
dinheiro público para enriquecer seus membros e se manter no poder. Infelizmente
eu tinha razão.
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