A saída do PMDB do governo petista, prevista para a próxima
terça-feira, vai marcar o início real do fim do poder de Lula e sua quadrilha.
Sem o maior partido a lhe dar sustentação, Dilma Rousseff não tem a menor
chance de continuar presidente, nem digo de governar, já que isso ela não faz
há muito tempo (desconfio que desde sempre, pois tem se mostrado, cada vez
mais, um enorme engodo).
Com o impeachment previsto para ter seu desfecho em meados
de maio, o Brasil pode encerrar uma fase que, se teve algo de bom – o assistencialismo
barato que tirou milhões da miséria para mantê-los na pobreza – agora vê essa
única conquista se esfarelar na rabeira dos escândalos todos de corrupção e na
incompetência petista de governar. Com 9,5 milhões de desempregados segundo os
índices deste fim de março, o contingente de pobres do Brasil – 14 milhões de famílias
vivem do Bolsa Família – vai aumentar de forma notável.
A herança lulopetista já se avizinha como uma das maiores
desgraças que um país pode conceber. Sim, houve avanços, mas eles são mínimos
perto dos estragos todos causados por essa mistura de socialismo, sindicalismo,
liberalismo, paternalismo, incompetência e corrupção.
Aos 13 anos e 3 meses de governo petista, o Brasil, depois
de figurar como “a bola da vez” no cenário mundial por pelo menos dois anos,
despenca em todos os índices econômicos usados para medir a qualidade de um
governo. O desemprego explode, a inflação cresce, a dívida pública assume valores
inimagináveis, a violência viceja impune (recordes de homicídios em 2015), a
saúde mais mata do que cura, a educação se vê infiltrada de militantes de
esquerda travestidos de professores, o tráfico de drogas encontra terreno
fértil, o trânsito nas grandes cidades está um inferno e o governo Dilma é um
amontoado de irregularidades que jamais se viu em qualquer outro governo do
mundo.
O PT deve ser escorraçado do Palácio do Planalto, mas
deixará um rastro de sujeira que o novo governo precisará trabalhar com
máscaras cirúrgicas para não ser infectado, ou mesmo para suportar o cheiro que
ali vai permanecer por algum tempo.
A opinião pública, finalmente, descobriu que muitos dos
males que todo o povo enfrenta têm origem no governo petista e, diante dos
gigantescos escândalos de corrupção, mostra agora que é oposição em quase sua
totalidade. Uns 10% ainda apoiam o governo, mas quase 70% querem o impeachment
e talvez algo beirando 80% apoiam as investigações da Lava Jato, apoiando também
o juiz Sérgio Moro de tal forma que ele foi considerado a 13ª pessoa mais
poderosa do mundo em recente trabalho de uma revista norte-americana.
O fim melancólico do governo petista mostra também que o
projeto da esquerda que sobrou após a derrocada da União Soviética é tão furado
quanto os governos anteriores, que só se mantiveram no poder à base da força,
da extinção física da oposição. Sem o poder das baionetas as esquerdas não
conseguem governar.
Talvez seja essa a grande lição que o povo brasileiro deve
tirar dessa era de trevas pela qual o país passou sob o PT: a esquerda não tem projeto
de governo, não sabe o que fazer para desenvolver corretamente um país sem
rapiná-lo, não consegue governar sem calar a oposição, não tem projeto de
governo, só de poder.
E também cadeia neles!
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