Em 1968, eu andava pela Barão de Jaguara, no Centro de
Campinas (SP) gritando “Mais pão, menos canhão!” Eu e mais uns 200 ou 300
estudantes da PUCC e de alguns cursinhos das cercanias. Era início da noite e a
gente andava de punho erguido e olhos atentos à repressão. No Largo do Rosário
estava a tropa da PM. Chegar até lá, vindo da PUCC era o desafio. A tropa não
ia deixar que a turma ali se aglomerasse. Era proibido. Aliás, a curta passeata
do Pátio dos Leões (entrada da PUCC) até o Largo do Rosário também era
proibida. Iríamos enfrentar algumas bombas de gás lacrimogêneo e, os mais
ousados, alguns cassetetes de borracha nas costas. Alguém podia até ser detido
e depois era um “deus-nos-acuda” para encontrá-lo e tentar liberá-lo.
Com o fim da ditadura, só 17 anos depois, ganhamos o direito
de protestar, de sair em passeata, de exigir que os governos façam a coisa
direito ou peçam pra sair, ou sejam impedidos de continuar como a Constituição
permite. Foi assim com Collor e só o povo na rua, mobilizado em todas as
praças, deu força aos parlamentares para que eles se organizassem e derrubassem
o corrupto presidente eleito e formassem novo governo com expressiva maioria.
Hoje a história se repete e, mais uma vez temos, nós todos,
a história na mão. O que vamos fazer com ela? Vamos deixar que a corrupção e a
incompetência continuem desgraçando o Brasil ou vamos sair todos às ruas
exigindo que a classe política nos livre de todo mal, representado pelo PT e
seus asseclas?
Não há dúvida que entre continuar sofrendo sem ver luz no
fim do túnel ou ter a esperança de melhorar, vamos ficar com a esperança.
Um governo corrupto – embora a corrupção não deva ser tolerada - pode até levar um país a algum desenvolvimento;
um governo corrupto e incompetente, afunda qualquer país e vive sempre em
crise, sem perspectiva de melhora. Já um governo corrupto, incompetente e fraco
é a desgraça total: não há saída que não a total defenestração dos dirigentes e
sua substituição por outros que mudem os rumos, as políticas todas e faça o
país se reerguer dos escombros provocados pela hecatombe do governo anterior.
Esse é o Brasil de hoje: o governo do PT é corrupto,
incompetente e fraco. Aliás, a cada dia, conforme vão surgindo as delações
premidas, ele se torna mais corrupto; conforme
vão surgindo os dados estatísticos da economia, ele se torna mais incompetente;
e conforme os partidos da base aliada vão abandonando o governo, ele se torna
mais fraco.
Nós somos a pá de cal que falta para sepultar o governo
petista que desgraçou o Brasil com suas políticas demagógicas, com seu populismo
arcaico, com seu sistema que beira o coronelismo, com sua corrupção
desenfreada.
A chance é estarmos todos, neste domingo, nas ruas e
avenidas do Brasil gritando “Fora Dilma – e leve o PT junto” – a todo pulmão.
Com multidões espalhadas pelo país por um objetivo único, os políticos todos, a
partir da noite deste domingo, se sentirão fortalecidos para satisfazer a vontade
da grande maioria do povo brasileiro.
Por isso esse domingo é essencial para os rumos do Brasil. Do
mesmo modo que fomos essenciais para derrubar Collor, hoje somos imprescindíveis
para derrubar Dilma e o PT. O Brasil não pode continuar à mercê de uma
quadrilha que quer perpetuar a miséria de grande parte da população para usá-la
como reserva de votos; o Brasil não pode continuar à mercê de uma quadrilha que
não tem projeto de governo, apenas de poder; o Brasil não pode continuar à
mercê de uma quadrilha que sonha com uma ditadura eterna tendo o povo
brasileiro com escravo.
Chega da impostura do PT! Vamos pras ruas amanhã mudar
definitivamente a história do Brasil!
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