domingo, 13 de março de 2016

100 mil protestam em Campinas e entram para a história


Campinas viveu neste domingo a maior manifestação de sua história. 100 mil pessoas lotaram as ruas do Centro e protagonizaram um ato sem paralelo na vida política da cidade. 

Estive nos memoráveis comícios de Ulysses Guimarães e a turma do então MDB durante a ditadura, em passeatas contra a ditadura durante o fim dos anos 60 e 70 do século passado, bem como no grande movimento das Diretas Já. Nenhum deles chegou aos pés do que ocorreu hoje na cidade. 



No caminho para o Centro já era visível que estávamos diante de um grande acontecimento. Às 9h30 saímos do Taquaral, subimos a Diogo Prado, a Olavo Bilac e, na Júlio Mesquita já se via um grande número de pessoas caminhando para o Centro ou dentro dos carros, buzinado a cada aceno, a cada camisa amarela que se via na rua - e eram muitas.

Cheguei ao local combinado para encontrar a turma - o Café Regina - e foi difícil circular por ali. O café estava lotado, a Barão de Jaguara estava lotada e o Largo do Rosário estava lotado. Isso pouco antes das 10h.

No Largo, foi difícil atravessá-lo até o principal caminhão de som que comandava a massa. Ele estava na Glicério e a multidão se desenvolvia na frente do caminhão, em direção à Catedral e atrás dele, até perto da Benjamin Constant. Quem conhece Campinas sabe que não é pouco.

Os organizadores chegaram a falar nos microfones que a manifestação iria ficar por ali mesmo, já que seria difícil sair de tão grande era a multidão. Mas saímos, por volta do meio-dia.



O mar de gente subiu a Glicério, entrou na Conceição e, nessa rua, deu pra ter uma ideia melhor do momento que a cidade estava vivendo: já havia gente ocupando a Praça Carlos Gomes e os caminhões de som (eram 4 trios elétricos) ainda estavam na Glicério. E havia muita gente atrás deles.

Subimos a Conceição até o Centro de Convivência, lotamos o local e depois, porque muita gente ficou de fora, voltamos até o Jardim Carlos Gomes, onde encerramos nossa participação depois de cantar o Hino Nacional num gigantesco coro de 100 mil vozes. 

Pelo caminho todo, nenhum incidente, nenhuma provocação, nenhum furto ou briga. Todo mundo em paz, movido apenas pela indignação cívica que nos leva às ruas pedir que o Brasil mude de rumo, que os políticos parem de roubar, que nossa voz seja ouvida e, principalmente, que estamos atentos aos movimentos em Brasília.

O melhor de tudo é que o que se viu hoje em Campinas se viu também por quase todo o Brasil. Todas as capitais e centenas de cidades grandes, médias e pequenas tiveram algum tipo de manifestação contra o governo Dilma e contra o estrago que o PT fez no Brasil.



O recado das ruas, por mais que institutos de pesquisas diminuam os números, por mais que os ladrões de sempre apareçam na imprensa com avaliações porcas do que está ocorrendo, por mais que Dilma e a gangue petista tentem se agarrar aos cargos e ao dinheiro dos impostos que nos roubam, o recado das ruas está claro: não vamos mais aceitar que esse governo continue. O fim dele é essencial para que o Brasil volte a ser um país confiável no mundo.

Nós, a grande maioria do povo brasileiro, estamos fartos da incompetência e da corrupção: queremos o Brasil de volta!

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