sábado, 16 de abril de 2016

Horas decisivas

Nas últimas horas, os que defendem o mais corrupto governo da história do Brasil (acho que do mundo) têm demonstrado certa euforia como se o impeachment já não fosse mais possível. A razão seria a adesão de alguns deputados – em número suficiente para virar o placar – ao balcão de negócios montado por Lula e alguns comparsas, num luxuoso hotel em Brasília, onde ele celebra tenebrosas transações com gente que não merece ser chamada de gente. Fala-se que as negociatas já não mais se dão em troca de cargos ou de favores políticos como a promessa de liberação de emendas e sim na base do dinheiro vivo. Um milhão de reais, em cash, na bolsa, na mala ou na mochila, dizem que saem os vendidos deputados carregando do hotel de luxo.

Não há provas de que o placar mudou, mas a volta de Michel Temer a Brasília, ele que havia viajado para São Paulo, para assistir de longe a votação de amanhã, é sinal de que algum ruído no placar, desfavorável ao impeachment ocorreu, grave ao ponto de exigir a presença de Temer novamente em Brasília.

Os jornalistas do site O Antagonista continuam apostando, na manhã deste sábado, em  22 votos a mais que os necessários para a admissibilidade do processo pela Câmara, baseados em contagem de experientes deputados que estão na oposição. O sopro de vida dos governistas teria se dado pela adesão ao governo, via negociata no hotel de luxo, do governador da Bahia que comanda alguns deputados e pela ausência de uma deputada – a filha de Garotinho que tirou licença pois está em vias de dar à luz. Noticia-se também que Paulo Maluf – de quem jamais tivemos dúvidas, apenas certezas, como diria Diogo Mainardi – estaria mudando de posição e agora seria “indeciso”. Talvez Lula tenha descoberto seu preço, sei lá.

A Folha de S. Paulo parece euforicamente contida com a possível mudança dos ventos, mudança que ela tem ajudado muito a acontecer, com seus editoriais rejeitando Dilma e Temer e pregando novas eleições, sem contar o grande número de articulistas governistas que escrevem mentiras todos os dias em suas páginas. Claro que um jornal tem todo direito de ter em suas páginas opiniões de todos os lados de qualquer processo, mas o conteúdo das colunas que defendem a continuidade do governo petista é geralmente mentiroso, a começar pela absurda tese de “golpe”, passando pela total absolvição de pessoas que cometeram os mais gigantescos crimes de corrupção que o Brasil (talvez o mundo) já tenha presenciado.

A contida euforia da Folha pode ser também um sopro de vida num jornal que sabe que, depois de votado o impeachment na Câmara, poderá perder muitos leitores e, principalmente, assinantes. E, consequentemente, passar a depender de verbas públicas para se manter, o que seria um péssimo negócio. Primeiro porque se o PT continuar no poder, vai exigir radical mudança nos rumos do jornal para mantê-lo com verbas públicas. Segundo porque as tais verbas são finitas – aliás, já acabaram, pois o governo Dilma recorreu a mais uma pedalada fiscal para prover seu gabinete de 76 milhões de reais que ela pretende usar em publicidade. O decreto saiu nesta semana e o dinheiro veio dos orçamentos da IBGE e da Segurança. E quando as verbas acabarem, o jornal pode acabar junto, como aconteceu aqui com a Tribuna de Campinas, simpático e bom semanário, distribuído gratuitamente, cujo maior erro foi querer sobreviver apenas com o dinheiro do governo municipal. Foi no segundo governo de Chico Amaral, um dos piores que Campinas já teve. Quando o dinheiro público acabou, o jornal fechou.

Mas eu também não creio que a mudança que tenha ocorrido nos votos contra e a favor do impeachment tenha sido tão significativa a ponto de os governistas comemorarem. Acredito que a partir de algumas defecções, a cambada contra o fim da era petista tenha criado, artificialmente – e eles são bons nisso – um clima de euforia que não condiz com a realidade, como parte de uma estratégia de tentar reverter o tal do efeito manada.

O Estadão – hoje mais confiável que a Folha – traz, nesta manhã de sábado, um placar com 344 votos, dois votos apenas além do necessário para o impeachment, acusando baixa de dois deputados. E o placar governista mostrando 135 votos, o que é insuficiente para barrar a votação, mas que conta pouco: 135 podem votar contra e se mais 37 faltarem à sessão, o impeachment não passa.

Enfim, será – já está sendo – um fim de semana para os mais fortes. Se até a manhã de amanhã não houver mais movimentos significativos de adesões ao dinheiro sujo que está sendo distribuído por Lula no hotel de luxo, o impeachment será aprovado pela Câmara e, depois enviado ao Senado, onde pode ocorrer outra batalha envolvendo menos personagens, mas muita sacanagem como sempre, já que senadores não diferem de deputados nos quesitos de ética e moral.


Mas a maré, com certeza, ainda não mudou, bem como nossa esperança de acabar com o governo Dilma e com o petismo que tanto mal fizeram ao Brasil. As próximas horas serão decisivas para sabermos se o Brasil vai conseguir sair do atoleiro em que o PT o meteu.

2 comentários:

  1. E como não tem ninguém para conter essa farta distribuição de dinheiro e tem os que se vendem por muito pouco, só podemos esperar, com certa desconfiança. QUE O DESTINO DE NOSSA PÁTRIA NÃO ESTEJA UMA VEZ MAIS NAS MÃOS DESSES MERCENÁRIOS.

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  2. O que demonstra quanto estes caras roubaram, pra estarem distribuindo tanta grana assim ...

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