sábado, 23 de abril de 2016

De quem é a culpa


Ciclovia Tim Maia, no Rio: duas mortes, um desaparecido
Em 2011, uma nova lei revogou o sistema de fiscalização de obras no Brasil. Foi a lei 12.462, assinada por Dilma Rousseff, que criava o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC.

A intenção da mudança era apressar as obras para a Copa do Mundo e, de quebra, para as Olimpíadas, além de deixar como mais uma herança maldita do PT (até que seja revogada, o que espero aconteça brevemente) um rol de facilidades para empreiteiras que contratem com o governo, facilidades essas que geram mais lucros e, claro, maiores possibilidades de propinas.  

Viaduto em obras desaba em Minas: dois mortos e 22 feridos
A lei que o governo fez aprovar no Congresso - em 2001 a base aliada tinha larga maioria- dava às empresas que estivessem realizando as obras públicas, a função de também fiscalizar sua própria obra. É a mesma coisa que entregar à raposa a função de tomar conta do galinheiro.

Sem fiscalização eficiente – ou alguém imagina que as “santas” Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, UTC, Engevix, Camargo Corrêa e outras, enroladas até o pescoço no mar de corrupção da Petrobras e em outros setores governamentais, fiscalizam direitinho as próprias obras? – a queda de parte da ciclovia no Rio foi apenas uma das tragédias que ocorreram recentemente no Brasil. 

Viaduto em construção desaba em Fortaleza: dois mortos
Os exemplos estão aí, ilustrando de modo macabro este post. Já houve queda de viaduto em Minas, em 2014, com duas mortes e 22 feridos, já caiu parte da cobertura do estádio do Corinthians em novembro de 2013 (houve duas mortes na ocasião), uma ponte em obras desabou em Fortaleza em fevereiro deste ano (duas mortes também) e, por certo, infelizmente, outras estão por vir.


Cobertura do estádio do Corinthians desaba: dois mortos
Um culpado: o governo petista que não só foi incompetente para manter as obras no prazo, como deu às empresas construtoras mais lucros, já que não precisaram mais contratar empresas especializadas na fiscalização das obras. 

Além da ausência da fiscalização - ou da fiscalização feita pelo próprio construtor - há um fator comum na grande maioria das obras realizadas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas: estão cheia de processos na Justiça acusadas de corrupção. Faz sentido.

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