segunda-feira, 23 de maio de 2016

Não há que ter complacência

Dois episódios ocorridos nesta segunda-feira demonstram que quando se trata de disputar com uma esquerda como a petista não se pode ter complacência em momento algum.

No primeiro episódio, alardeado com a manchete da Folha de S. Paulo com a reportagem sobre a gravação de conversas entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a reação dos petistas foi imediata: o ex-cara-pintada e atual cara-de-pau, senador Lindbergh Farias, saiu aos berros dizendo que amanhã vai tentar parar a Comissão de Impeachment do Senado, afirmando que ela não pode continuar seus trabalhos enquanto esse fato não for esclarecido.

 A licença pedida por Romero Jucá do cargo de ministro, ao fim da tarde, deve conter os ânimos desse imbecil, que não faz outra coisa na vida a não ser pensar num modo de salvar Dilma do inevitável impeachment no Senado. E não por ideologia: ele é investigado na Lava Jato por recebimento de propina para si próprio e para sua campanha. Talvez pense que, conseguindo barrar o impeachment – ou mesmo protelá-lo para além dos 180 dias – conseguirá se livrar da investigação. Ledo engano, mas ele já deu mostras de ter um raciocínio meio retardado, ao defender a tese de golpe, mesmo o STF afirmando o contrário, e expondo-se ao ridículo. Mas o episódio demonstra que os petistas não baixam a guarda em momento algum.

O outro fato ocorrido hoje foi um protesto de meia-dúzia de desocupados que se manifestaram em Buenos Aires contra o ministro do Exterior, José Serra. O fato de existir gente em Buenos Aires disposta a protestar em plena segunda-feira, é sinal que eles têm todo o tempo do mundo para tentar recuperar suas boquinhas. E apoio material também, pois exibiram cartazes e faixas que devem ter sido confeccionados no fim de semana. Ou seja: há dinheiro e tempo pra tudo, resultado dos anos de desgoverno aqui e lá; da sangria feita pelo PT no Brasil e pelos Kirchner na Argentina.

Mas esses dois fatos demonstram, principalmente, que não podemos baixar a guarda jamais. Os protestos contra a ausência de mulheres no ministério de Temer (uma imbecilidade que revela que os petistas não se importam em demonstrar ignorância para tentar atingir os inimigos) e a transformação do Ministério da Cultura em Secretaria (que levou artistas ao ridículo em cenário internacional) são mais que provas que o PT tentará por todos os meios transformar o governo Temer num inferno diário, não dando um segundo de trégua contra aquele que eles jamais perdoarão por aceitar substituir a inacreditável Dilma Rousseff no decorrer de um processo legal de impeachment.

Sim, eles não vão desistir, mesmo que o Senado, como se espera, afaste definitivamente o PT do poder federal. Embora o partido esteja se desmantelando, sobrará gente barulhenta e muito dinheiro para promover ações diárias que tentem dificultar o processo de normalidade administrativa e política do país.

Assim, cabe a nós, que lutamos pela queda do PT, pelo fim de um ovo de serpente que vinha sendo chocado no Brasil, pelo fim da corrupção como modo de governo, pelo fim da incompetência no poder, pelo fim dessa enorme ignorância que tomou conta da vida nacional, temos que continuar atentos e atuantes.

As redes sociais hoje representam importante papel na construção da opinião pública. É delas e de alguma imprensa – Estadão, Veja (ainda), Isto É, Rádio Jovem Pan, CBN, Época e alguns outros – que devemos denunciar e opinar. A construção da cidadania baseada em valores éticos e morais, tendo a honestidade como fio condutor, passa pelo enfrentamento diário à esquerda em geral e ao PT. Nós não podemos ser condescendentes com essa gente. 

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