quinta-feira, 14 de maio de 2015

O desespero do PT

Com as denúncias do PT chegando cada vez mais perto de Lula e Dilma e de outros figurões do partido (já há apostas por aí se Zé Dirceu vai ou não voltar à Papuda) os parlamentares petistas que fazem parte da CPI da Petrobras iniciam manobra ridícula na tentativa de que a oposição se sinta intimidada e não convoque quem pode e deve ser convocado a partir das novas delações premiadas que estão surgindo.

Hoje, quinta-feira, o PT anunciou em seu site que vai convocar o presidente do PSDB, senador Aécio Neves e o líder do DEM, Agripino Maia.

Para justificar tais convocações, o PT, sem um fato explícito de acusação, no âmbito da CPI, de qualquer um dos dois, esta procurando chifre em cabeça de cavalo ou pelo em ovo.

Para convocar o senador tucano, os petistas alegam que ele poderá responder àquela acusação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, de que ele enviou R$ 10 milhões ao então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, para que ele barrasse uma CPI da Petrobras de 2009, que, de fato, não vingou. À época, o PSDB alegou que o “rolo compressor” do governo – eram oito membros governistas contra três oposicionistas – inviabilizaria qualquer investigação que quisessem fazer.

Mas, digamos que o então presidente tucano tenha realmente pedido ou aceitado a oferta da  grana.  Só duas pessoas sabem desse fato: o delator, cuja palavra pode sim ser levada em consideração, mas perante a lei são necessárias provas para esse tipo de acusação. E Costa, em seu depoimento, disse que tomou providências para que o dinheiro chegasse ao senador, mas não sabe se o dinheiro chegou ao destino. Ou seja, ele não tem prova alguma e o fato pode muito bem ter sido plantado pelo PT, para que o ex-diretor acusasse também o PSDB.  O fato de ele acusar sem provas é sinal de que a coisa toda é frágil. E a outra pessoa que poderia responder à acusação, o próprio Sérgio Guerra, morreu em março do ano passado. Resumindo: não há fato algum que Aécio possa esclarecer perante a CPI do Petrolão.

A justificativa do PT para convocar o senador Agripino Maia, do DEM, é mais absurda ainda. Dizem os petistas que ele deve esclarecer sobre o possível recebimento de R$ 1 milhão que teriam sido repassados por um empresário do Rio Grande do Norte para permitir um esquema de corrupção na inspeção veicular, investigado pela Operação Sinal Fechado do MP do RN.

Tudo a ver com a Petrobras, certo? Pois além de ser um fato fora da rota das investigações da CPI, a Procuradoria Geral da República já investigou o assunto e arquivou o inquérito, sem qualquer acusação ao membro do DEM.

Como se vê, o PT quer porque quer que líderes da oposição sejam submetidos à CPI do Petrolão, não com a intenção de trazer luz às investigações e ajudar a se chegar aos verdadeiros chefes do esquema. O PT quer depoimentos que nada podem acrescentar e que constranjam a oposição, numa tentativa de dizer ao país que são todos iguais. Só que não, né? A corrupção praticada pelo PT em todos os setores, não tem paralelo no Brasil e, quase com certeza, nem no mundo. 

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