Com as denúncias do PT chegando cada vez mais perto de Lula
e Dilma e de outros figurões do partido (já há apostas por aí se Zé Dirceu vai
ou não voltar à Papuda) os parlamentares petistas que fazem parte da CPI da
Petrobras iniciam manobra ridícula na tentativa de que a oposição se sinta
intimidada e não convoque quem pode e deve ser convocado a partir das novas delações
premiadas que estão surgindo.
Hoje, quinta-feira, o PT anunciou em seu site que vai convocar
o presidente do PSDB, senador Aécio Neves e o líder do DEM, Agripino Maia.
Para justificar tais convocações, o PT, sem um fato
explícito de acusação, no âmbito da CPI, de qualquer um dos dois, esta
procurando chifre em cabeça de cavalo ou pelo em ovo.
Para convocar o senador tucano, os petistas alegam que ele
poderá responder àquela acusação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da
Costa, de que ele enviou R$ 10 milhões ao então presidente do PSDB, Sérgio
Guerra, para que ele barrasse uma CPI da Petrobras de 2009, que, de fato, não
vingou. À época, o PSDB alegou que o “rolo compressor” do governo – eram oito
membros governistas contra três oposicionistas – inviabilizaria qualquer investigação
que quisessem fazer.
Mas, digamos que o então presidente tucano tenha realmente pedido
ou aceitado a oferta da grana. Só duas pessoas sabem desse fato: o delator,
cuja palavra pode sim ser levada em consideração, mas perante a lei são
necessárias provas para esse tipo de acusação. E Costa, em seu depoimento,
disse que tomou providências para que o dinheiro chegasse ao senador, mas não
sabe se o dinheiro chegou ao destino. Ou seja, ele não tem prova alguma e o
fato pode muito bem ter sido plantado pelo PT, para que o ex-diretor acusasse
também o PSDB. O fato de ele acusar sem
provas é sinal de que a coisa toda é frágil. E a outra pessoa que poderia
responder à acusação, o próprio Sérgio Guerra, morreu em março do ano passado.
Resumindo: não há fato algum que Aécio possa esclarecer perante a CPI do
Petrolão.
A justificativa do PT para convocar o senador Agripino Maia,
do DEM, é mais absurda ainda. Dizem os petistas que ele deve esclarecer sobre o
possível recebimento de R$ 1 milhão que teriam sido repassados por um
empresário do Rio Grande do Norte para permitir um esquema de corrupção na
inspeção veicular, investigado pela Operação Sinal Fechado do MP do RN.
Tudo a ver com a Petrobras, certo? Pois além de ser um fato
fora da rota das investigações da CPI, a Procuradoria Geral da República já investigou
o assunto e arquivou o inquérito, sem qualquer acusação ao membro do DEM.
Como se vê, o PT quer porque quer que líderes da oposição
sejam submetidos à CPI do Petrolão, não com a intenção de trazer luz às
investigações e ajudar a se chegar aos verdadeiros chefes do esquema. O PT quer
depoimentos que nada podem acrescentar e que constranjam a oposição, numa tentativa
de dizer ao país que são todos iguais. Só que não, né? A corrupção praticada
pelo PT em todos os setores, não tem paralelo no Brasil e, quase com certeza,
nem no mundo.
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