Pois é, entre votar um projeto de lei que reduz a
desoneração da folha de pagamentos de 56 setores da economia, ou seja, aumenta
novamente os impostos a esses setores que, obviamente, passarão esses aumentos
ao preço final que nós pagaremos, e outros dois que combatem a corrupção (fazem
parte daquele pacote de 19 de março, quatro dias depois das primeiras grandes
passeatas), a presidente decidiu retirar a urgência dos projetos anticorrupção
para apressar a votação do aumento dos impostos.
É que os dois projetos que tinham urgência – um tipificava o
crime de enriquecimento ilícito de servidores e agentes públicos, inclusive políticos
e o outro prevê a perda antecipada de bens provenientes da corrupção – teriam
que ser votados já, caso contrário trancariam a pauta da Câmara.
Só que Dilma inverteu a prioridade e vai retirar a urgência
dos projetos anticorrupção para que os que aumentam os impostos sejam votados
mais rapidamente.
Será que ela pensa que, com as denúncias do Petrolão, a
corrupção no Brasil acabou e leis mais rigorosas contra ao assaltos ao erário
podem esperar um pouco mais. Ou talvez esteja tentando proteger as quadrilhas petistas
todas, vai saber.
O fato é que vai pegar mal, muito mal para um governo que
diz ter como prioridade combater a corrupção (o que é uma deslavada mentira,
mas faz parte do pacote de propaganda enganosa) desmentir assim, abertamente, essa prioridade.
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