A política não é para amadores. A frase, velha e batida,
nunca fez tanto sentido como nesses tempos. E é exatamente nesses tempos de “guerra”
política que ela se revela tão
verdadeira.
O que temos hoje no Brasil? Um partido que tem um projeto de
jamais deixar o poder e que, para tanto usa o dinheiro público para comprar
apoio e para enriquecer seus dirigentes e aliados. A compra desse apoio
comporta distribuir dinheiro público para vários setores da população de modo que
a distribuição garanta o apoio.
Os primeiros beneficiados desse esquema são, claro, os
políticos. Tanto os do próprio partido que ficam com uma parte do butim apenas
por ser do partido, como os dos partidos que apoiam o governo. Esses últimos se
vendem por quantias elevadas e cargos vários. Há inúmeras maneiras desta
distribuição acontecer. Um ministério ou uma estatal entregue ao partido de “porteira
fechada” (tudo que lucrar fica com o partido contemplado) ou de “meia porteira”
(alguns cargos e “recompensas” não serão do partido). Tudo, claro, é uma questão
de negociação e nela vale o poder do agraciado, quanto votos tem etc.
O segundo grande campo dos benefícios com o dinheiro público
são os sindicatos. Para tanto a entidade precisa estar filiada a uma central
amiga do PT e se dispor a mobilizar seus sindicalizados a fazerem passeatas a favor
do governo e a contribuírem com a campanha política do PT, via caixa 2, já que
sindicatos são proibidos de doar dinheiro a partidos políticos.
Para praticar esse segundo benefício o governo manteve o
imposto sindical (a CUT se diz contra!) e mudou as regras de sua distribuição.
Agora, grande parte dele (e são alguns bilhões arrecadados por ano), vai para
as centrais sindicais que não precisam prestar contas do que recebem, numa
afronta total às leis de gastos públicos do Brasil. Mas o PT só obedece às leis
que lhe favorecem. Em troca, a CUT gasta
boa parte dessa fortuna fazendo camisetas, balões, cartazes, faixas defendendo
o governo petista, além de garantir transporte, lanche e dinheiro para
contratar peões para as “passeatas” e atos a favor do governo.
Outros beneficiados são os artistas, seja lá de que ramo
forem. São contemplados com grandes patrocínios de estatais ou com renúncia
fiscal, quando o governo autoriza a arrecadação de um valor junto a empresas e
essas empresas descontam esse valor (integral) do imposto que têm a pagar. Dá
na mesma: ou o governo dá o dinheiro na
mão do artista ou o governo não recebe como imposto aquilo que autorizou o artista
tirar de empresas.
Contemplados políticos, sindicalistas e artistas, há também
que se comprar grande parcela do povo. Aí entra o Bolsa Família ou os
gigantescos programas de obras cujos números são sempre maiores dos que os que são
realmente executados.
O Brasil deve ser o único país do mundo cujo governo usa
como propaganda o fato de um benefício como o Bolsa Família ter aumentado o
número de participantes ao longo dos anos. Ora, isso significa que o programa
não está dando certo, já que sua finalidade é ajudar a sair da miséria e
colocar apenas na pobreza (duas refeições fracas por dia) a multidão sem futuro
do Brasil. Pobreza? Para não assumir que o benefício tira da miséria coloca na
pobreza, o governo mudou a escala social. Agora, quem recebe a partir de 290
reais mensais já é classe média (!!!).
Pois é. Tirando da miséria para não morrer de fome, o
dinheiro do benefício deveria ajudar a manter a saúde para procurar emprego, ou
para pagar uma prestaçãozinha de uma máquina de costura, de um tanquinho ou
algo parecido para a família conseguir alguma renda (costurando ou lavando pra
fora, por exemplo) ou para pagar a condução para ir a um curso gratuito que
desse ao beneficiado uma qualificação qualquer para conseguir um emprego e assim
ir melhorando a situação até não necessitar mais do programa.
Já os grandes projetos anunciados (como o Minha Casa Minha Vida,
a transposição do São Francisco, rodovias com centenas de quilômetros, BRTs...)
consistem geralmente no início da obra, com a imediata divisão dos valores superfaturados entre os profissionais de
sempre e na paralisação da obra, alguns meses depois, por falta de verbas. O
Brasil é um cemitério delas. E, no caso do Minha Casa, muitas obras são feitas
com material inferior ao contratado (sobre mais grana pra propina) e estão
caindo por aí. Um ministro chegou a dizer que são casas para durar 20 anos. E
não foi preso.
Assim, quando o governo petista enfrenta uma grande crise
por ter seus truques de maquiagem contábil e suas roubalheiras indiscriminadas
descobertos, essas tropas todas que vivem do dinheiro público são chamadas para
ajudá-lo a sair da encrenca, a fugir da Justiça para ser mais claro.
Dessa maneira, o PT vai se mantendo no poder, mas parece que
o fim está próximo. Governo mesmo, tal o gigantismo da crise, não há mais. O
próprio PT diminui a cada dia e deve desaparecer em breve. Está tudo parado à espera
das decisões do Supremo, do andamento do processo de impeachment e da próxima operação
da Lava Jato, essa última lutando heroicamente contra exércitos fanáticos que,
se pudessem, exterminariam fisicamente o juiz Sérgio Moro, a brava equipe de procuradores
e as turmas da Política Federal que estão cumprindo seus mandados.
Assim é o nosso país hoje, mostrando ao mundo que a frase de
Tom Jobim, dita há uns 30 anos – “O Brasil não é para amadores” – quando ele
próprio era vítima de uma inacreditável patrulha ideológica (de esquerda,
claro), é mais do que verdadeira.
São profissionais da política e da ideologia que hoje
vomitam mentiras diárias em rede nacional, mentiras amplificadas por uma legião
de jornalistas infiltrados nas redações a serviço do PT e centenas de blogueiros
sujos, sem honra alguma que espalham os
falsos discursos pelas redes de computadores.
A saída? Ela pode ser – e espero que seja – constitucional.
O processo de impeachment tem o apoio de mais de 80% da população e, através
dele, o Brasil pode se livrar dessa imensa quadrilha que vem nos assaltando há mais
de 13 anos.
Mas pode ser traumática também, caso os “exércitos” que os
chefes da quadrilha dizem ter, resolverem se manter no poder na base da força.
Tenho certeza de que há um limite para essa tentativa. Se houver um só ato
terrorista que aponte para organizações clandestinas com armas na mão, podemos
estar entrando numa guerra civil. Eu tenho certeza de que as forças oficiais
venceriam esses fanáticos, mas teríamos alguns milhares de cadáveres pelas ruas.
Seria o preço para manter a liberdade. Um preço elevado, mas que todo cidadão
que preza sua dignidade teria de pagar.
Eu estou cada dia com mais medo.Ver essa turma do PT pagando 300 reais por cabeça para ônibus irem para Brasília fazer passeata com bandeiras e camisetas vermelhas e ainda tirando sarro que são pagos para passear em Brasília, e claro com dinheiro do povo. Não dá para se acreditar que essa turma vai largar o "osso"
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