O presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo, está querendo aumentar
de novo e em menos de um ano, as tarifas de água de Campinas. Já pagamos uma
das maiores do Brasil, mas parece que não é suficiente para saciar a fome
financeira da empresa.
Como já houve um aumento este ano, em janeiro - e de 11,8%, um percentual bem acima da inflação
- um novo aumento ainda neste ano seria uma bela contribuição do poder púbico
municipal para ferrar mais ainda o cidadão campineiro, que, como o brasileiro
em geral, já sofre com os desmandos todos do PT na área federal. A inflação está
mais alta e subindo, o desemprego está aumentando, os preços sobem sem parar, o
preço da energia elétrica está, pelo menos em Campinas, 62% mais alto do que
era em outubro passado e agora o governo municipal quer que paguemos ainda mais
pela tarifa de água.
A Sanasa já solicitou um estudo de reajuste da tarifa de
água para a ARES-PCJ – Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das
Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Duvido que ela não aprove mais
esse ataque ao bolso do cidadão campineiro.Se aprovar, a facada já entra em vigor em agosto.
O curioso é que ao mesmo tempo em que acena com mais um aumento
da tarifa num mesmo ano, a Sanasa lança uma campanha publicitária para o
consumidor gastar mais água. É isso mesmo, você e não leu errado: a Sanasa quer
que o consumidor consuma mais para que ela fature mais.
É esse o espírito da campanha lançada hoje, disfarçada de ação
de transparência, de “consumo com consciência”. Segundo a empresa, a intenção é
informar o público sobre a situação do Rio Atibaia. A informação será dada
através do Boletim Sanasa Campinas, que vai utilizar cores verde, amarela e
vermelha, para indicar a situação. Se o boletim estiver verde, o Atibaia estará
a plena vazão e ninguém, precisa economizar. Se estiver amarelo, é bom fazer
uma reserva. E vermelha é sinal de que a coisa está feia, que pode até haver
racionamento.
Pois bem, o grande erro dessa campanha está em sinalizar que
a situação está boa, através da cor verde e que, com isso, pode-se manter o consumo
normal de água. Ora, a economia de águia não deve ser feita apenas e tão
somente pelo fato de ela estar faltando por ausência de chuvas. E sim porque se
trata de um bem precioso e que está sofrendo ações negativas da civilização e
pode se tornar rara se o consumo aumentar muito e houver necessidade de aumentar
a captação, por exemplo.
E não é só. O Brasil está entrando numa crise brava, com
mais desemprego e inflação alta. Economizar água também faz parte da economia doméstica,
que deve ser feita para diminuir os gastos mensais, para que eles caibam num
orçamento cada vez mais apertado pela alta dos preços em geral.
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